No Campus com Helder Coelho

Exercícios de interdisciplinaridade

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Trabalhar em Ciência é um exercício não linear

unsplash - Patrick Tomasso
Helder Coelho
Helder Coelho
Imagem cedida por HC

“Todo o conhecimento – passado, presente e futuro – pode ser derivado a partir de dados e através de um algoritmo simples e universal de aprendizagem.”
Pedro Domingues, The Master Algorithm, Penguin Book, 2015

A Ciência alargou-se, cresceu. O nosso conhecimento também. E, a ignorância foi desafiada. Muitos anotaram esses movimentos em torno dos mistérios (Morin, 2017), curiosos com as interligações e as infeções dos saberes.

Mas, donde vem o conhecimento? Primeiro da evolução, depois da experiência e cultura, e ainda dos computadores, capazes de nos ajudarem a descobrir novos recursos. Um dos meios é explorar as oportunidades graças à aprendizagem automática, capaz de identificar lacunas entre as partes do conhecimento.

A discussão da unificação, por exemplo na Ciência da Complexidade (a procura de uma Teoria Geral), ocupou os cientistas no Santa Fe Institute, durante alguns anos, embora os resultados tenham sido pobres. Do mesmo modo, a tentativa de encontrar um algoritmo mestre (Domingos, 2015), através da combinação de cinco vias de trabalho (raciocínio indutivo, conexionismo, computação evolutiva, teorema de Bayes e modelação analógica), também não produziu consequências palpáveis. Constituir “todos” coerentes, em que as “partes” se articulem harmonicamente parece uma demanda do Graal. A questão desafiadora é: “Poderão indivíduos (componentes) se juntar para construir coletivos coerentes e interventores?”, e, de tempos a tempos, essa pergunta regressa, tenta impor-se e convencer-nos que é uma solução tentadora. Por exemplo, no caso do cancro não basta descobrir as características únicas de uma multitude de doenças, sem vislumbrar que mecanismos se escondem por detrás.

Trabalhar em Ciência é um exercício não linear. Vai-se em frente e às arrecuas, com paragens durante o percurso. Não existe uma única linha a unir os encontros, as descobertas, a junção de saberes, ou mesmo os diálogos infindáveis sobre as contradições. Olhar para o conhecimento/ignorância é pouco: entre as duas palavras escondem-se mistérios e terrenos de confrontação como nas guerras. Não se espere que uma próxima batalha signifique o fim da luta, ou uma espera prolongada.

Alguns constroem grafos, tentando descrever conexões (redes) entre as disciplinas, por exemplo entre as Ciências da Complexidade e a Neurobiologia, a Linguística e a Inteligência Artificial (Compreensão do Texto), a Psicologia, a Antropologia e a Inteligência Artificial (Simulação Social), ou entre a Neurociência (Sistema Nervoso) e a Linguística, ensaiando pressentir contágios, intromissões ou mesmo importações de ideias (mecanismos). Este modo de cartografar ajudas para visualizar arranjos entre componentes (circuitos), capazes de imitar fragmentos de interações com significados criativos. Muitas vezes poucas disciplinas (2-3-4) convergem para recriar funcionamentos curiosos que num outro contexto ajudam a desenhar sistemas mais engenhosos.

O que faz que 2, 3, 4 ou 5 disciplinas se encontrem para dialogarem e colaborarem umas com as outras? Quando necessitamos de uma peça que faça a diferença? De facto, ao misturarmos várias obtemos algo que é capaz de realizar uma nova função, de fabricar um fenómeno, de aumentar uma capacidade ou de estabelecer uma ponte. Ao montarmos diversos elementos complicamos um resultado, e esse acrescento pode servir ou não para refazermos os propósitos de um organismo.

Neste exercício permanente de experimentar será que ganhamos uma impressão do que é uma Teoria Geral da Complexidade? Claro que obtemos sensibilidade às dinâmicas criadas, mas estamos ainda longe de ver a unificação das partes em presença. Explicar, prever ou sugerir políticas de encaixe aponta para uma palete de métodos prováveis [modelo físico, analogia (via simulação apoiada em agentes), ou mesmo a indução], e uma saída alternativa será fazer misturas. A busca de um algoritmo mestre segue essa via de recurso (Domingos, 2015).

Referências
Domingos, P. The Master Algorithm, Penguin Books, 2015
Morin, E. , Connaissance Ignorance Mystère, Fayard, 2017

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Está disponível a edição de 2014 do Journal Citation Reports (dados de 2013).

COST

Participação no programa COST a partir de 3 Julho de 2014.

FA1403: Interindividual variation in response to consumption of plant foods bioactives and determinants involved.

IMSF

A decorrer de 24-29 de Agosto na Suíça.

Consulte o evento em http://www.imsc2014.ch/

Encontram-se abertas candidaturas para 77 estágios profissionais para o grupo Portucel Soporcel, com a duração máxima de 12 meses, remunerados com uma bolsa de est&aac

A Companhia de Seguros Generali , procura Actuário Júnior para integrar na sua equipa.

Pela primeira vez o Departamento de Matemática de Ciências realiza ações de formação parcialmente à distância.

Príncipe de Girona

O objetivo do meu trabalho é entender alguns dos processos moleculares e celulares que ocorrem durante o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos”, explicou o antigo aluno de Ciências.

Príncipe Girona - Rui Benetido

Rui Benedito já trabalhou com estudantes de Biologia vindos de Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha, a avaliação que faz é a de que “os estudantes saem muito bem preparados da FCUL. Os alunos de Ciências portugueses são muito apreciados no estrangeiro”. Por isso, deixa o convite: “tenho posições disponíveis no meu laboratório para estudantes portugueses!”.

Candidatura GeoFCUL ao X CNG 2018

O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da ULisboa organizou a segunda sessão do CNG, em 1986, e candidatou-se a organizar o X CNG em 2018, durante o IX Congresso Nacional de Geologia, que decorreu em julho no Porto.

Cinquenta e cinco jovens experimentam a realidade da investigação científica na Faculdade de Ciências da ULisboa. O desafio começa esta segunda-feira, dia 21 de julho e prolonga-se até quinta-feira, dia 24.

Biologia 2014/2015

Para Ana Rita Ruivo, do 12.º ano da Escola Secundária Quinta do Marquês, passar alguns dias do seu verão em Ciências foi importante porque a ajudou a “clarificar que [assuntos] correspondem aos [diferentes] cursos” e também porque lhe permitiu “[ter contacto com] experiências que nunca tinha feito”.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, é o coordenador do QTLeap, um projeto europeu de investigação para a tradução automática.

“É a primeira vez que tenho contacto com este ambiente. Gosto de programação e o curso que quero seguir é Engenharia Informática. Aqui, vou ganhar alguns conhecimentos”, referiu o aluno do 11.º ano da Escola Secundária da Amadora, Miguel Almeida, um dos participantes do FCUL Rally Pro.

Coleção de culturas

Este é um exemplo de como as coleções biológicas, enquanto infraestruturas científicas, podem ser instrumentais para o avanço da ciência e no potenciar e estreitar de parcerias transversais.

 A Exigo Consultores, empresa de consultoria em actividade desde 2001, focada na consultoria para o sector de saúde, principalmente a consultoria em economia da saúde, epidemiologia, análise matemática e estatística, procura

Parabéns ao aluno Pedro Lencastre, da edição de 2012/2013 do mestrado em Matemática Financeira da Faculdade de Ciências da ULisboa e do ISCTE-IUL, que ganhou uma bolsa da Global Association of Risk Professionals (GARP) para a elaboração da sua tese de mestrado na área de riscos financeiros.

alumna de Ciências e investigadora da ULisboa, galardoada este ano com o Portuguese Young Chemists Award, procura descobrir um fármaco que venha a ser útil à sociedade.

No âmbito de uma parceria estabelecida entre a Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (FCUAN) e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), teve início em abril de 2014 o Mestrado em Microbiologia Aplicada da FCUAN

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A segunda edição do FCUL Rally Pro realizou-se na tarde de 2 de julho.

De 7 de julho a 5 de setembro de 2014 as bibliotecas do C4 e do C8 têm alteração no horário de funcionamento.

Pedro Garret, Investigador de Ciências

A informação com possíveis cenários climáticos até ao final do século já está disponível para consulta de autarquias, responsáveis por licenciamentos de obras, proprietários que queiram construir e autoridades de proteção civil.

Alunos no campus de Ciências

“Quem não gostaria de gerir uma empresa sem o verdadeiro risco mas, ainda assim, de uma forma bastante realista?”, questiona João Guilherme Rodrigues, aluno de Ciências e um dos 21 concorrentes da Faculdade ao Global Management Challenge (GMC).

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