No Campus com Helder Coelho

Olhem para os Dados

Helder Coelho

Os três termos “Big Data”, “Deep Learning” e “Social Analytics” tornaram-se populares nos meios da comunicação social, graças à Google e ao Facebook. Antes falava-se mais de Aprendizagem (“Machine Learning”), Redes Neuronais (“Neural Nets”), Algoritmos Genéticos (“Genetic Algorithms”), ou de Programação Evolucionária (“Evolutionary Programming”), embora o alvo nem sempre fosse o mesmo.

Com o avanço da velocidade de processamento, da facilidade de armazenamento e do paralelismo computacional não teria sido possível construir o filme Avatar, em 2009. James Cameron, o seu realizador, falou dos 10 anos em que lutou para obter recursos computacionais, para a feitura da batalha final, em computador.

Desde o início deste século que se lamentava e sentiam as montanhas dos dados e a dificuldade em fazer algo com eles (por exemplo, descobrir padrões com a Análise de Dados, (“Analytics”), principalmente em Economia, Urbanismo, e nas Ciências Sociais e Políticas. No MIT, nomeadamente no Media Lab, Alex Pentland, e os seus alunos, vinham desbravando os caminhos para abordar o comportamento humano (veja-se o livro recente “Social Physics” de 2014) e pensar a empresa ou a cidade de forma a torná-la atraente (esperta), agradável e cómoda para os seus habitantes, graças a políticas que levassem em consideração os seus desejos e necessidades. Em Lisboa quanto tempo se perdeu, com discussões sem fim quanto à articulação dos seus transportes públicos e para retirar os automóveis do seu centro? Ou seja, resolver os problemas organizacionais e sociais pode ser estimulante (graças à Simulação Social), e mais interessante do que se pensava, sobretudo se isso facilitar depois a atração de criativos e inovadores!

O que é a Física Social, avançada por Pentland, e assente na proposta de Auguste Comte, um sociólogo do século XIX? Apenas uma nova disciplina que visa a compreensão, a previsão e a influência do comportamento humano recorrendo a equações matemáticas e à computação. Claro que há algo mais como a análise do acompanhamento das comunicações entre as pessoas (numa rede social), o recurso a sensores para capturar dados, e a exploração das ligações sociais (Teoria das Redes). E, ainda as consequências benéficas, tais como tornar as organizações mais produtivas, os governos mais eficazes quanto ao bem-estar público (veja-se o indicador “well being” (o da felicidade) dos países da OCDE introduzido há poucos anos). Os seres humanos são entidades sociais e os seus hábitos estão ligados via a coordenação dos seus grupos. As ideias fluem através das redes sociais e viram em ações e depois, mais tarde, em comportamentos, que acabam por nos afetar a todos.

Uma câmara municipal tem de prever o que irá passar-se nos próximos anos (demografia, transportes, cultura, ciência, inundações) sob pena de não se pensarem os riscos e evitar os desastres, criando políticas para acomodarem possíveis mudanças. Viver com tantos dados significa também que existem negócios (interesses da Defesa, de empresas) que farão pressões para se violar a privacidade de uma série de pessoas, o que implica uma nova consciência de cidadania que forçosamente exigirá que todos nós procuremos compreender em que mundo queremos de facto viver.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências
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Foi com a entrega dos insubstituíveis diplomas que terminou a 11 de julho mais uma edição do programa didático Verão na ULisboa no Campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS). Durante duas semanas, 170 alunos do ensino básico e do ensino secundário lançaram mãos a experiências, desafios e explicações de princípios científicos com o propósito de conhecer o mundo que os rodeia e eventualmente novas vocações profissionais. 

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