No Campus com Helder Coelho

Educação: Medir o que se Aprende

Sala de aulas

Parece razoável inferir que queremos ter estudantes que saibam como aprender e que conheçam como descobrir a informação que precisam a partir de uma variedade de fontes

Ciências
Rosto de Helder Coelho
Helder Coelho

“Não tenho nenhum talento. Sou apenas um apaixonado curioso.”
Albert Einstein

Na Educação (primária, secundária, superior) estamos atentos a conferir se o ensino (transmissão) é bem aproveitado e em medir o que os alunos retêm (interiorizaram, aprenderam) através de exames (testes). Será que o streaming dos professores para os alunos, onde existem grandes perdas (reprovações/rendimento baixo), é efetivo? Por vezes, somos levados a contestar aquele método clássico, virando a pergunta para “o que os estudantes são capazes de fazer com o conhecimento que memorizaram” (Cerf, 2017). O que queremos, de facto, descobrir é o que eles ficaram a saber para a ação (futura vida profissional) e se o esforço de ensinar valeu mesmo a pena.

De facto, no século 21, temos uma multitude de modos para sabermos o que queremos. Porque não ir à procura de informação quando necessitamos mesmo dela? Existem escolas (como a Montessori) que privilegiam a via de aprender por exploração e experimentação, ou seja pelo fazer, outras que estão mais centradas no uso da memória, e ainda as que acham que a autoridade do professor é uma qualidade. Claro, que também podemos aprender com os nossos erros (mais do que com os êxitos). E, este é o caminho que a ciência adota (tentativa e erro).

É interessante lembrar que é costume usarmos a ideia de que podemos chegar aos mesmos resultados recorrendo a diferentes métodos. Ou seja, nem sempre a computação é a única via (muito habitual hoje em dia), e o que é de facto importante é compreendermos a própria natureza da computação. Em Matemática, os estudantes são muitas vezes solicitados a mostrar o seu trabalho, isto é o raciocínio, para determinarmos os modos como absorveram os conceitos básicos da disciplina. Um outro exemplo da avaliação, da profundidade do conhecimento, consiste em perguntar a um aluno se ele é capaz de estimar a grandeza da resposta que está à espera em obter.

Será que é idêntico obter um resultado correto ou compreender como se obterá?

Parece razoável inferir que queremos ter estudantes que saibam como aprender e que conheçam como descobrir a informação que precisam a partir de uma variedade de fontes. Tais estudantes quando forem mais tarde profissionais conseguirão, ao longo de algumas décadas, adaptar-se às mudanças (por exemplo, das tecnologias) sem maiores dificuldades. O mesmo se pode dizer da adaptabilidade de um professor, capaz de passar do ensino cara a cara (presencial) para as situações online (à distância), recorrendo a uma plataforma "a correr" no seu computador, e capaz de aceder a uma espécie de “quadro preto”, onde pode escrever ou colocar os slides. E, tudo isto disponível também nos computadores dos alunos (à distância).

Vários métodos implicam outros erros e nem sempre o que seria o melhor para um certo período da história das nossas sociedades. Por exemplo, testar o conhecimento era a norma preferida no passado, mas isso conduziu ao comportamento como “ensinar para o teste”, o qual dá bons resultados, o que não é o mesmo que uma boa compreensão das matérias através, eventualmente, da sua criação. E, o que de facto desejamos agora no século 21? A resposta é: alunos que saibam como aprender  e como encontrar informação através de uma diversidade de fontes. Isto demonstra ser importante para as crianças que crescem para serem adultos, e que experimentam carreiras de trabalho mais longas, ao longo de décadas. Estes adultos necessitam de aprender novas coisas que permaneçam hábeis, enquanto a tecnologia continua o seu ritmo de evolução. Adaptação à mudança parece ser uma aptidão cada vez mais imprescindível para as carreiras profissionais mais longas dos nossos dias. E, o que fazer com a curiosidade? Obviamente, potenciá-la, pois a inovação e a criatividade vão continuar a ser indispensáveis para termos vantagens competitivas com os nossos concorrentes.

Referência
Cerf, V. G. Six Education, Communications of the ACM, Vol. 60, Nº 10, October, 2017

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Parabéns a Alexander Usvyatsov, investigador FCT do CMAF, pelo seu recente prémio de artigo expositório em lógica:

Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o Programa tem neste momento candidaturas abertas para:

Programa de Estágios em Investigação na Carnegie Mellon University (Undergraduate Internships Program)

O livro é apresentado durante a sessão inaugural do programa doutoral Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade.

O livro editado pela Âncora Editora é apresentado por José Barata-Moura.

“Work in Flanders” realiza-se nos próximos dias 29 e 30 de Setembro, em Lisboa (serviços centrais do IEFP em Xabregas).

Amália Uamusse

A pós-graduação em Biologia Aquática e Ecossistemas Costeiros da universidade moçambicana é uma das formações que tem recebido o apoio de docentes do Departamento de Biologia de Ciências. Em 2015, dois alunos daquele país vão ser recebidos no Departamento de Química e Bioquímica de Ciências.

A Marinha disponibiliza, todos os anos, às instituições de ensino/formação um conjunto de possibilidades de estágios curriculares constantes não remunerados em diversas áreas da instituição.

O INPE – Centro Regional da Amazônia está contratando doutores, com experiência em geotecnologias, estatística, modelagem, dinâmica de uso e cobertura da terra da Amazônia, para trabalhar no Projeto TerraClass.

Campus de Ciências

Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia participa na cerimónia.

Pormenor da capa do livro

A Coleção Textos de Matemática foi lançada em 1993 pelo Departamento de Matemática de Ciências e conta neste momento com 24 títulos. O último título publicado é "Análise Matemática I", de Armando Machado.

 

O Programa Prós e Contras de 15 de Setembro de 2014 foi dedicado à recente proposta do governo para taxar a cópia privada, a qual vai implicar um aumento dos preços dos telemóveis, tablets, computadores e outros equipamentos eletrónicos.

A TESE - Associação para o Desenvolvimento promove o evento "FAZ-TE AO MERCADO" dedicado à empregabilidade jovem.

"Antigamente, ligavam-se fios para programar; Hoje, a tecnologia da inteligência artificial inspira-se no funcionamento do organismo humano". O Prof.

A matrícula e inscrição dos alunos colocados no âmbito dos regimes especiais de acesso e ingresso em Ciências ocorreram nos dias 11 e 12 de setembro.

Alunos de Ciências

A 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público termina a 19 de setembro. Os resultados são divulgados a 25 de setembro.

Encontram-se abertos vários concursos para atribuição de bolsas de gestão de ciência e tecnologia para o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Acesso a texto integral de artigos

Campus de Ciências

Pedro Lencastre é do Porto e agora estuda em Lisboa. A mudança proporcionou-lhe novos conhecimentos. “As pessoas com as quais trabalho neste momento são para mim um importante modelo como cientistas e pessoas”, conta.

Encontram-se abertas as candidaturas para o Programa Trainee Volkswagen Autoeuropa.

Pedro Lencastre

Pedro Lencastre estuda método matemático que possa aferir objetivamente a fiabilidade das avaliações de rating.

O Évoa - Espaço de Visitação e Observação de Aves encontra-se a recrutar guias para o seu projeto de turismo da natureza e de educação ambiental.

Entrevista de Paulo Veríssimo em destaque na edição de dia 8 do jornal diário Público.

A Randstad Professionals procura Fixed Income Quantitative Analyst. Para mais informações contactar 

A LPN encontra-se a recrutar técnicos para vários cargos.

Para consultar os editais, aceda a www.lpn.pt

Data limite de candidatura: 10 de setembro de 2014

Desejamos as boas vindas aos novos alunos do Departamento de Informática.

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