No Campus com Helder Coelho

Ciência e Cinema

Helder Coelho

O filme “O Primeiro Encontro” (“Arrival”) de Dennis Villeneuve (2016) aborda a hipótese de Sapir-Whorf, de 1939, que diz que “a linguagem pode influenciar os nossos pensamentos”. Hoje em dia, a validade desta ideia está assegurada, graças às neurociências, e é possível afirmar que aprender uma língua permite estabelecer imensas ligações no cérebro, alterando a sua estrutura, e influenciando o modo de olhar para o mundo, e ainda moldando a personalidade.

O filme segue um conto curto do livro “Story of Your Life and Others”, com esse nome, de Ted Chiang de 1998 (Vintage, 2016), o qual aborda a chegada de 12 naves alienígenas à Terra e com o objetivo de pedir ajuda para algo que irá ocorrer um milhar de anos no futuro. A história do filme explora além daquela hipótese do professor Edward Sapir, e do seu aluno Benjamin Lee Whorf, mais quatro temas, a saber o determinismo, a linguagem (comunicação), a cultura e o tempo.

Será que podemos conhecer e prever o futuro, da mesma forma que conhecemos o passado, com a ajuda da memória (relembrando)? O filme afirma que sim, que isso é possível, graças à ferramenta da linguagem (das linguagens) que exploramos diariamente para comunicarmos uns com os outros, nas nossas relações sociais, e que nos fornece a aptidão para pensarmos.

Experimentar o futuro (viajar para a frente) não é tão habitual como experimentar o passado (viajar para trás, como nos sonhos), embora saibamos que algumas pessoas (bruxos, mães/pais de santo, feiticeiros, espíritas) afirmem que isso é possível, façam revelações e, nalguns casos, elas se verifiquem. Não existe nenhuma teoria científica capaz de nos explicar o porquê, porque a nossa compreensão do tempo está estropiada e as nossas mentes são incapazes de operar sobre algo que parece constante.

A história (“Story of Your Life”) é estruturada pela hipótese de Sapir-Whorf, de que quaisquer que sejam as linguagens que consigamos falar, elas serão capazes de alterar a nossa cognição e o modo como vemos o mundo que nos rodeia. Sabemos hoje que a linguagem ajudou a civilização, fez evoluir os nossos cérebros, e expandiu as nossas capacidades. Mas, será que alterou a nossa experiência do tempo até um grau em que possamos experimentar (lembrar) o futuro de forma semelhante à que fazemos com o passado? Embora tal ideia nos pareça duvidosa, o que se passa é que o passado, no modo como o percebemos nas nossas mentes, não é uma coisa fixa. E, as nossas memórias são profundamente irregulares (e deterioradas).

No conto de Chiang apresenta-se o conceito de percecionar o futuro apoiado na ideia de que as mudanças da cognição são ativadas pela linguagem. Albert Einstein acreditava que o futuro estava fixo, enquanto o tempo era uma ilusão (manteve uma discussão com Henri Bergson em 6 de abril de 1922, em Paris), e estas noções faziam parte do seu pensamento sobre o tempo que então defendeu, e convenceu todos (obtendo em seguida o prémio Nobel).

Independentemente da discussão sobre o verdadeiro significado do tempo (passado, presente, e futuro), o que importa realçar no filme são os modos como questionamos e confrontamos o que conhecemos acerca de nós próprios e como fazemos as escolhas, no que sabemos sobre os nossos passados e futuros. Na história, esta discussão/oposição de teses traduz-se no relacionamento de um casal, entre a linguista e o físico, e a sua separação (divórcio) ocorre naturalmente por causa da oposição das duas posições sobre a verdade.

Sabemos que somos limitados pelo tempo, e a ordem que a nossa mente constrói à nossa volta assegura só uma estabilidade relativa, e eventualmente necessária para a nossa vida fluir.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O livro "Mulheres na Ciência" editado pela Ciência Viva reúne mais de uma centena de retratos de investigadoras portuguesas, algumas delas de Ciências.

Resolver os problemas organizacionais e sociais pode ser estimulante, e mais interessante do que se pensava, sobretudo se isso facilitar depois a atração de criativos e inovadores!

No dia 7 de março de 2016, a partir das 16h00, realiza-se no edifício C6, na sala 6.2.56, a Sessão de Apresentação dos Trabalhos dos alunos do Curso Livre de Ciências “Entender o Mundo no Século XXI”, que terminará com a entrega de diplomas e um jantar convívio.

A partir de abril, o espaço que até agora tinha sido ocupado pelo restaurante O Mocho será transformado num restaurante da cadeia 100 Montaditos, um conceito de restauração original, inspirado nas tradicionais tabernas espanholas e

A próxima sessão da Cicloficina realiza-se a 7 de março de 2016, pelas 17h00, no parque de bicicletas do C5.

O “Workshop Corpora and Tools for Processing Corpora”, coorganizado pelo projeto QTLeap, realiza-se a 12 de julho de 2016, em Tomar, no âmbito do “PROPOR 2016 – Intern

Campus da Faculdade

O exercício de evacuação do edifício C2 aconteceu durante a manhã de 26 de fevereiro e contou com a presença da Proteção Civil de Lisboa, do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e da Polícia Segurança Pública - Esquadra do Campo Grande. 

“Estatística no Ensino Secundário” é o tema do próximo Curso Livre de Ciências, organizado pelo Departamento de Matemática (DM) de Ciências. Neste ano letivo cerca de 50 professores participaram nos quatro Cursos Livres de Ciências organizados por Carlota Gonçalves, professora do DM de Ciências.

O 7.º artigo mais lido entre janeiro e março de 2015, na categoria Earth and Planetary Sciences, na revista Precambrian Research é da autoria de dois professores do Departamento de Geologia e investigadores do IDL, Telmo Santos e Paulo Fonseca.

O projeto QTLeap organiza o SedMT2016 e é o patrocinador do Prémio para Melhor Artigo atribuído no âmbito deste workshop.

Quando me desloco, pelas ligações (veredas) do campo da ULisboa, faço uma escolha de um tema para meditar sobre o seu interesse, enquanto ando a pé. Quase sempre consigo dividi-lo em pedaços, para depois os analisar.

Aproximadamente 213 alunos da ULisboa já frequentaram o INOV Contacto, segundo dados transmitidos pela AICEP. Em 2015/2016 foram atribuídos a nível nacional 280 estágios, 24 deles a diplomados da ULisboa, desses oito são recém-graduados de Ciências.

O artigo “Critical fragmentation properties of random drilling: How many random holes need to be drilled to collapse a wooden cube?” foi capa do volume 115 da Physical Review Letters, publicada a 5 de fevereiro de 2016.

Os três eixos estratégicos – Learning, Selection e Evolution – apoiam de forma estruturada a transferência do conhecimento em Ciências ULisboa e incentivam a criação de spin-offs ou o licenciamento de tecnologias.

​“Born small, die young: Intrinsic, size-selective mortality in marine larval fish” foi publicado online na Scientific Reports.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências?

Bolhas de ar e películas líquidas são de grande importância em áreas tão diversas como as indústrias mineira, transformadora e alimentar e a segurança de materiais, tendo ainda aplicações potenciais em micro e nanotecnologias.

Os estágios irão ocorrer na Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América, França, Moçambique e Suécia.

O “Contact Making Event - Farming With Young People" superou as expectativas que levávamos na bagagem. Para além das importantes ferramentas que descobrimos (Erasmus+, dinâmicas de grupo…) e dos novos contactos que fizemos, as éticas e os princípios da Permacultura foram partilhados com todos.

O Arquivo.pt é uma nova ferramenta de suporte à investigação em diversas áreas científicas, como a Sociologia, História ou Comunicação.

A iniciativa foi dinamizada pela professora Suzana Nápoles e contou com a presença de 22 alunos do ensino básico.

O sismo foi registado pelas estações sísmicas do Instituto Dom Luiz.

Anualmente são analisadas pelo Núcleo de Planeamento, Avaliação e Gestão da Qualidade cerca de 800 disciplinas, dos vários cursos da nossa Faculdade.

O mestrado em Microbiologia resulta de um consórcio entre quatro escolas da ULisboa.

Ana Bastos, pós-doutorada no Laboratoire des Science du Climat et de L’Environement, em França, começou a investigar este tema durante o doutoramento em Ciências ULisboa.

Páginas