Dictum et factum

Manuela Perdigão

Manuela Perdigão

Manuela Perdigão

ACI Ciências ULisboa

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de agosto é com Manuela Perdigão, técnica superior do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços (GOME) da Área de Serviços Técnicos de Ciências ULisboa.

Quando era criança já sabia que profissão gostaria de ter no futuro?

Manuela Perdigão (MP) - No meu tempo de criança, não conhecia muitas profissões e como vivia numa aldeia considerava que ser professora seria o máximo! E se fosse professora de História então ainda mais!...

Qual foi o 1.º emprego?

MP - O meu primeiro emprego foi numas férias escolares, durante dois meses ou pouco mais, numa fábrica de montagem de cassetes nas Caldas da Rainha.

Como surgiu a hipótese de trabalhar em Ciências?

MP - Vi o anúncio no Diário de Notícias para dois colaboradores com um contrato de três anos, respondi e fui aceite. Como estava desempregada, foi ótimo ter a oportunidade de vir trabalhar para a Faculdade. Na altura, já era muito falada lá em casa, o meu filho tencionava estudar Biologia, e foi assim, entrámos os dois no mesmo ano, eu para trabalhar e ele para estudar!

Há quantos anos trabalha na Faculdade?

MP - Desde 10 de janeiro de 2001, portanto já fez 17 anos e seis meses.

O que começou por fazer quando aqui chegou?

MP - Vim trabalhar para a então Divisão Financeira, onde fazia diversas tarefas da área da despesa. Uma das coisas que me recordo bem, é da grande quantidade de cheques que era preciso emitir semanalmente para pagamento a fornecedores e outras entidades.

E agora como é o seu dia-a-dia?

MP - No meu dia-a-dia, a área de trabalho é bastante diversificada e abrange praticamente toda a gestão administrativa do GOME, como processos de aquisição de bens e serviços a enviar para a Área Financeira, gestão do fundo de maneio, ativação de cartões de estacionamento e gestão informática, elaborar os orçamentos e gestão inerente dos espaços para realização de eventos e outras atividades na Faculdade, etc., etc..

O que é que mais gosta de fazer na unidade onde está inserida?

MP - Gosto da maioria do trabalho que faço, mas fundamentalmente daquele que permite a interação com as pessoas.

Há alguma coisa que não aprecia na sua rotina profissional?

MP - O que menos aprecio é a grande dispersão de pequenas coisas a fazer no dia-a-dia, que por vezes conduzem outros trabalhos a serem tratados de uma forma mais superficial e haver assim um menor investimento numa ou outra área de trabalho mais importante.

Na sua opinião o melhor da Faculdade é…?

MP - O melhor da Faculdade é toda a envolvência que aqui se respira, num ambiente saudável de várias gerações com diferentes interesses, com diferentes atributos, com diferentes papéis, mas que se unem todos para um objetivo comum.

E o melhor da Administração Pública, o que é?

MP - É o que o nome indica… Pública! É podermos dar o nosso contributo para o bem de todos, para uma sociedade mais justa e equilibrada de modo a que todos possam usufruir das mesmas oportunidades (apesar de ainda estarmos longe…), e neste caso específico, contribuir para o sucesso dos nossos alunos.

Se tivesse que escolher um adjetivo para se descrever, qual seria a palavra escolhida?

MP - Tolerante.

Porquê?

MP - Porque não gosto da intolerância em relação aos outros, acho que as pessoas são muito críticas (pela negativa). Nem todos são aquilo que os outros pensam e nem sempre somos aquilo que pensamos ser, por isso, não se deve julgar inadvertidamente.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O décimo Dictum et factum é com Fernando Lopes, coordenador do Gabinete de Apoio à Investigação da Direção de I&D de Ciências.

Com o objetivo de sensibilizar e preparar para o risco sísmico e melhorar a qualidade de ensino da Sismologia e das Ciências da Terra em Portugal, Susana Custódio, Graça Silveira, Luís Matias e Catarina Matos desenvolveram um estudo sobre a educação para os sismos, adaptado à realidade de Portugal e a diferentes grupos etários e que foi capa de uma das edições deste ano da revista “Seismological Research Letters”.

O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

“Geography and major host evolutionary transitions shape the resource use of plant parasites” da autoria de Joaquín Calatayud, José Luis Hórreo, Jaime Madrigal-González, Alain Migeon, Miguel Á. Rodríguez, Sara Magalhães e Joaquín Horta salienta a necessidade de estudos mais globais em Ecologia.

Aos alunos deixo uma sugestão: aproveitarem as unidades curriculares para experimentarem as suas ideias e terem projetos de novas apostas tecnológicas (em Salvador, Brasil, no campus de Ondina da UFBA existe um enorme espaço, com equipamentos informáticos e professores, para que os alunos possam ser ajudados a experimentar ideias). E, com um portefólio de exemplos vem um passo seguinte: usarem pós-graduações (por exemplo, mestrados) para construírem protótipos que se vejam em feiras e exposições. As empresas vêm em seguida.

A estudante de doutoramento em Paleontologia do Departamento de Geologia de Ciências e a equipa multidisciplinar que assina “A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” preparam-se para apresentar os resultados deste artigo no próximo congresso anual da Society of Vertebrate Paleontology e que ocorrerá em outubro na cidade de Salt Lake City, nos Estados Unidos da América.

“A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” da autoria de Elisabete Malafaia, Pedro Mocho, Fernando Escaso e Francisco Ortega descreve um exemplar ainda juvenil de um dos grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico, com cerca de 150-145 milhões de anos, e foi publicado este mês na revista “Historical Biology”.

"É curioso, constatar que todas as teorias da ciência não são sobre a forma, mas sim sobre a função. Isto é, são sobre como as coisas se desenvolvem e mudam. São acerca de processos."

A primeira entrega dos dados (data release) da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) ocorreu esta quarta-feira, 14 de setembro, quase três anos depois do seu lançamento e foi transmitida online pela ESA. De acordo com o comunicado de imprensa emitido por Ciências, o consórcio internacional inclui investigadores e engenheiros de quatro universidades portuguesas.

O Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências foi distinguido com o 2.º Prémio Nacional na Categoria de Promoção do Espírito de Empreendedorismo dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma iniciativa da Comissão Europeia gerida em Portugal por IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, e cuja cerimónia de entrega dos prémios ocorreu no Museu do Oriente, em Lisboa, a 8 de setembro.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O nono Dictum et factum é com Carla Romero, técnica superior do Gabinete de Estudos Pós-graduados da Unidade Académica de Ciências.

Páginas