Marta Aido
O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de junho é com Marta Aido, que trabalha no Instituto Dom Luiz (IDL).
Quando era criança já sabia que profissão gostaria de ter no futuro?
Marta Aido (MA) - Não, não sabia. Agora que colocam a questão, associo as atividades às quais dedicava mais tempo com as minhas primas na infância ao que faço agora: fazer programas de rádio (para quem ainda conhece o termo, em cassetes), escrever jornais de família e argumentos para peças de teatro.
Qual foi o 1.º emprego?
MA - O meu primeiro emprego, que coincidiu com a realização da minha tese de mestrado, foi como estagiária na Philips Research na Holanda.
Como surgiu a hipótese de trabalhar em Ciências?
MA - Ainda em Berlim (onde vivi durante alguns anos), andava à procura de oportunidades, que me permitissem mudar de rumo profissional e dedicar-me à comunicação de ciência. Encontrei o anúncio para uma posição nessa área no IDL e candidatei-me. O que mais me cativou foi a possibilidade de trabalhar em comunicação em áreas tão relevantes para a sociedade, como são as áreas de investigação do IDL. Também gostei da simpatia, disponibilidade e abertura das pessoas que me entrevistaram.
Há quantos anos trabalha na Faculdade?
MA - Desde janeiro de 2016.
O que começou por fazer quando aqui chegou?
MA - No meu primeiro dia de trabalho, o Miguel Centeno Brito, que me orienta, disse que a minha primeira tarefa no IDL era almoçar e tomar cafés com o máximo número de pessoas. Não consegui conviver à volta da mesa com todos os membros do IDL ou da Faculdade, mas tentei conhecer o máximo de pessoas, bem como o seu trabalho.
E agora como é o seu dia-a-dia?
MA - É preenchido. Entre outras coisas, coordeno as atividades de outreach do IDL, visitas e projetos de cooperação com escolas e outras instituições; faço cobertura de eventos, em formato de notícia, fotografia e/ou vídeo; redijo comunicados de imprensa; faço a gestão da página de Facebook e o website do Instituto. Todo este trabalho visa não só melhorar a comunicação entre os membros do IDL, mas também contribuir para a participação do Instituto na vida civil e na construção de uma sociedade mais informada e democrática.
O que é que mais gosta de fazer na unidade onde está inserida?
MA - O que mais gosto de fazer é “dar a conhecer” e despertar curiosidade nas pessoas.
Há alguma coisa que não aprecia na sua rotina profissional?
MA - Os investigadores do IDL são muito dinâmicos e há, regularmente, muitas coisas a acontecer ao mesmo tempo, o que é excelente. No entanto, por vezes, torna-se difícil gerir tantas notícias e eventos com tão poucos recursos humanos.
Na sua opinião o melhor da Faculdade é…?
MA - Ter muita gente jovem. Acredito que estar inserida neste ambiente me dá muita energia.
E o melhor da Administração Pública, o que é?
MA - É ser recreativa, “um puzzle com muitas peças”, e nela haver pessoas com vontade de ajudar a construí-lo.
Se tivesse que escolher um adjetivo para se descrever, qual seria a palavra escolhida?
MA - Fixe.
Porquê?
MA - Porque me “obrigaram” a escolher um adjetivo.