Grande Prémio Ciência Viva 2021

Entrevista com… Maria Amélia Martins-Loução

Maria Amélia Martins-Loução

Maria Amélia Martins-Loução é doutorada em Biologia e agregada em Ecologia e mais recentemente concluiu o mestrado em Comunicação de Ciência

ACI Ciências ULisboa

Salvar a biodiversidade: ainda vamos a tempo?

Em setembro passado a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), durante a Feira do Livro de Lisboa, organizou uma sessão de apresentação do livro “Riscos Globais e Biodiversidade”, da autoria de Maria Amélia Martins-Loução, acompanhada do debate “Salvar a biodiversidade: ainda vamos a tempo?”. Questionada com igual pergunta, Maria Amélia Martins-Loução responde: “Eu sou otimista por natureza por isso julgo - e acredito - que sim. Não a totalidade, mas também isso seria impossível tendo presente o conhecimento sobre a evolução e adaptação das espécies”.

A obra com uma tiragem de 5000 exemplares e preço de capa 3,5€ tem como público alvo a sociedade em geral, especialmente estudantes a partir do ensino secundário. Maria Amélia Martins-Loução ficou muito contente por ter sido convidada pela Fundação e acha que estes temas são importantes em termos de difusão do conhecimento.

Para António Araújo, diretor de Publicações da FFMS, trata-se de uma obra que integra a coleção de Ensaios, uma iniciativa própria da Fundação, que entendeu ser essencial abordar a temática das alterações climáticas e da biodiversidade, convidando para o efeito uma das mais conceituadas especialistas na matéria. “A urgência do problema e a sua magnitude farão, aliás, com que este não seja o último livro da FFMS sobre riscos globais, existindo até o firme compromisso de, no próximo ano, as alterações climáticas se converterem numa das linhas prioritárias da ação da Fundação Francisco Manuel dos Santos”, conclui.

Para Maria Amélia Martins-Loução, o título deste livro pretende realçar a ligação entre diferentes riscos globais e a biodiversidade, como ferramenta para minimizar os presentes problemas ambientais. “Este livro aborda as causas e consequências de muitos dos riscos globais atuais, através das lentes do metabolismo energético, da necessidade de alimentar uma população que aumenta exponencialmente e, por consequência, da sobre-exploração dos recursos naturais. Na primeira parte, intitulada ‘Riscos das Alterações climáticas’, tratam-se alguns conceitos sobre o metabolismo energético e as alterações climáticas, profundamente ligados à dependência energética dos seres vivos. Todos os processos metabólicos necessitam energia e todo o ecossistema está dependente de fluxos energéticos contínuos. A complexidade de formas de vida, o aparecimento do Homem e o crescimento e desenvolvimento social daí inerente, aumentou a necessidade de mais energia, da sua exploração e diversificação de consumo. Toda a utilização de fontes de energia traz desperdícios. Enquanto nos ecossistemas naturais os fluxos energéticos tendem para o equilíbrio através dos ciclos de nutrientes, nos sistemas urbanos os desperdícios perdem-se no ambiente alterando a atmosfera, a qualidade da hidrosfera e a diversidade funcional do solo. O ‘Risco inerente à produção de alimento’ é abordado na segunda parte. Quando se fala nos riscos devido às alterações climáticas explicam-se que advêm, sobretudo, da dependência dos combustíveis fósseis, para produção de energia e na mobilidade. Mas o aumento de população pressupõe e exige aumento de alimento. Alimento que é simultaneamente fonte e gasto de energia. Esta parte procura mostrar os atuais desafios da ciência muito ligados ao modo como se pode aumentar a produção, minimizando os impactes através da diversificação de sistemas agrícolas e da alteração de hábitos alimentares. A terceira e última parte deste livro aborda os ‘Riscos da Perda de Biodiversidade’. Mais do que alterações climáticas assiste-se a uma alteração global profunda do planeta em resultado da escassez de reservas e do excesso populacional. A perda de biodiversidade é, sobretudo, o resultado da alteração no uso da terra, principalmente a conversão de ecossistemas nativos em sistemas agrícolas para alimentar o mundo, e da sobre-exploração dos oceanos. A minimização dos riscos e dos subsequentes impactes pode ser realizada através do desenvolvimento de projetos de restauro ecológico com vista a repor e assegurar os serviços do ecossistema”, conta.

O Grande Prémio Ciência Viva 2021 distinguiu Maria Amélia Martins-Loução pela sua “ação notável na promoção da cultura científica enquanto professora, bióloga e divulgadora na área da Ecologia”.

A professora aposentada com acordo de cooperação do Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade, investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), polo da Faculdade e presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia (Speco) “sempre fez aquilo que gostava de fazer” – disse-o à Ciência Viva antes da cerimónia de atribuição do prémio, num vídeo que passou durante o evento transmitido pelo YouTube, que contou com testemunhos, que a deixaram emocionada e salientaram a sua generosidade, sentido de responsabilidade, cidadania ativa e enorme alegria de aprender, marca dos grandes cientistas e comunicadores de ciência.

Nesta entrevista, publicada na área de notícias do site da sua Faculdade, partilha um comentário com os leitores: “Não parem nunca de querer saber. O conhecimento científico adquire-se aprendendo. Por isso, o esforço contínuo em inovar e cruzar saberes vale sempre a pena. Não para procurar distinções, mas por vocês, pelo puro prazer da aprendizagem e da transmissão do conhecimento”.

Estava à espera de ser distinguida com este prémio? Porquê?

Maria Amélia Martins-Loução (MAML) - Nunca esperei esta distinção. Aliás, todas as que tenho tido ao longo da minha vida, não faço nada por elas. Eu faço o que faço não para angariar louvores ou com ideias preconcebidas de valorização. Nunca fiz enquanto necessitava de fazer curriculum académico, muito menos agora. O que faço é por puro prazer, pela necessidade de divulgar, pela responsabilidade que sinto em continuar a transmitir o que sei aos outros.

Que comentário gostaria de deixar aos nossos leitores sobre esta distinção?

MAML - Não parem nunca de querer saber. O conhecimento científico adquire-se aprendendo. Por isso, o esforço contínuo em inovar e cruzar saberes vale sempre a pena. Não para procurar distinções, mas por vocês, pelo puro prazer da aprendizagem e da transmissão do conhecimento.  

Como analisa a cultura científica em Portugal?

MAML - Julgo que apesar do fraco investimento financeiro que ainda subsiste, o mundo académico tem tido a capacidade de mobilizar a juventude para o interesse genuíno em programas científicos, criando um caldo de cultura que tem crescido. Acho que as universidades sentem agora essa necessidade de se abrir à sociedade e de criar um élan de qualidade e novidade que motive e incentive os jovens a vir ter connosco. E isso é muito positivo.  Por outro lado os museus e centros de ciência estão muito pro-ativos levando até eles muito mais pessoas que, a pouco e pouco, vão levando a cultura científica e especialmente o interesse pela ciência a muito mais pessoas. Isto cria uma onda de atividades que se vai repercutindo e aumentando a cultura científica dos portugueses.

Que ações de promoção da cultura científica devem ser realizadas em Portugal e que fazem mais sentido para si nos tempos que correm?

MAML - Neste momento há ofertas diversificadas e em certos períodos do ano de tal modo elevadas que pode levar a um certo desinteresse. Por isso, há que desenvolver programas cada vez mais inovadores onde o público possa participar de forma ativa para se sentir envolvido na própria atividade. As tertúlias interdisciplinares, os world café são muito inspiradores e bem-sucedidos se forem bem conduzidos. E quando digo interdisciplinares digo mesmo isso, por exemplo, entre ciências e letras, à volta da ligação entre literatura e ciências ou arte e ciências ou mesmo entre Matemática e outras ciências. Eu fiz isso na exposição da Aventura da Terra no Ano da Matemática e foi espantoso como consegui levar diferentes matemáticos a interagir com biólogos, geólogos, físicos (é mais natural) e químicos de forma complementar e intuitiva. Tudo a propósito da evolução da Terra e da vida neste nosso planeta. Tudo isto foi organizado aos sábados de manhã e tivemos pessoas dos 15 aos 60, com formação em letras ou ciências. Que eu me lembre não houve adultos com o ensino secundário, apenas alguns jovens do 3.º ciclo e secundário. Infelizmente nunca tratei estes dados e devia!

Que planos tem para curto/médio prazo? 

MAML - Enquanto tiver saúde quero continuar a fazer o que tenho feito até aqui. Continuar a estudar, a ler todas as novidades científicas que surjam e a procurar transmitir o meu conhecimento aos jovens. Espero para o ano começar a implementar os cursos curtos para estudantes universitários dentro da área da Ecologia, cursos de formação de professores e conteúdos educativos para disponibilização online. E escrever… e é melhor não prometer mais nada porque são tantos os projetos que tenho em mente que já nem sei quais são os de curto e os de médio prazo.

Lançamento dos filmes LTER Portugal ocorreu na Faculdade

Maria Amélia Martins-Loução deu as boas-vindas e acompanhou todos aqueles que participaram na sessão de lançamento dos filmes LTER Portugal, ocorrida no passado dia 23 de novembro, no campus da Faculdade. Durante a iniciativa organizada pela Speco foi possível assistir aos quatro filmes produzidos e realizados por Miguel Cortes Costa e Carolina Castro Almeida e que retratam o trabalho de décadas de investigação dos ecossistemas portugueses de norte a sul do país. A Rede Nacional de Sítios e Plataformas de Investigação Ecológica de Longo-Prazo (LTER) tem uma escala espacial muito vasta e nela é realizada investigação a longo prazo. Margarida Santos-Reis, coordenadora da LTER Portugal e do LTsER Montado, foi uma das oradoras do acontecimento.

Maria Amélia Martins-Loução é doutorada em Biologia e agregada em Ecologia e mais recentemente concluiu o mestrado em Comunicação de Ciência. É autora de mais de 250 títulos, entre capítulos, livros, artigos e textos de divulgação.

Ana Subtil Simões, Área Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Entrevista com… Rui Agostinho
Biblioteca do IDL

A visita de Sang-Mook Lee a Portugal tem como objetivo científico a magnetometria em furos de sondagens e contempla passagens pelo campus de Aljustrel do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Almina, Minas de Aljustrel e Mina de Ciência - Centro Ciência Viva do Lousal.

Primeira imagem de um buraco negro, localizado no centro da galáxia Messier 87

A primeira imagem direta de um buraco negro foi divulgada esta quarta-feira, dia 10 de abril, em sete conferências de imprensa simultâneas, pela iniciativa internacional Event Horizon Telescope.

Grupo de Transição Energética do IDL Ciências ULisboa

Raquel Figueiredo, estudante de doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia, é a primeira autora do artigo que será publicado na edição de junho do Journal of Cleaner Production e que avalia alternativas renováveis às centrais de carvão em Portugal.

"Torna-se urgente e imperativo travar e reverter todo este processo de destruição. Amemos ou odiemos os insetos, o certo é que será difícil sobrevivermos sem eles", escreve o cientista José Alberto Quartau.

Edição 2018 da Jobshop Ciências

A feira de emprego de Ciências já vai na X edição e todos os anos mais empresas estão presentes assim como mais estudantes participam na iniciativa.

livros

Henrique Leitão, investigador do Departamento de História e Filosofia das Ciências e do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia de Ciências ULisboa ganhou uma European Research Council (ERC) Advanced Grant 2018, no valor de dois milhões de euros, no âmbito do projeto “Making the Earth Global: Early Modern Nautical Rutters and the Construction of a Global Concept of the Earth”.

Cérebro

Cláudio Gomes, professor no Departamento de Química e Bioquímica de Ciências ULisboa e investigador no BioISI, apresenta dia 28 de março o mais recente trabalho do seu laboratório sobre um novo mecanismo bioquímico nas células nervosas que retarda a formação de agregados de proteína no cérebro, causadores da doença de Alzheimer, na 14ª Edição daAD/PDTM - Conferência Internacional de Doença de Alzheimer e Parkinson.

Maria José calhorda

O Prémio Ferreira da Silva 2018 da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) é atribuído a Maria José Calhorda, professora do Departamento de Química e Bioquímica de Ciências ULisboa, e será entregue durante o XXVI Encontro Nacional da SPQ, a ocorrer no Porto, de 24 a 26 de julho de 2019.

Participantes da missão oceanográfica a bordo do RV METEOR

Resultados preliminares da missão oceanográfica a bordo do RV METEOR parecem confirmar a presença de eventos catastróficos e que afetaram a costa portuguesa ao longo dos últimos 12 mil anos.

ASSISIbf

"Robots mediating interactions between animals for interspecies collective behaviors" da autoria de Frank Bonnet, Rob Mills, Martina Szopek, Sarah Schönwetter-Fuchs, José Halloy, Stjepan Bogdan, Luís Correia, Francesco Mondada e Thomas Schmickl é um dos artigos da Science Robotics, publicado a 20 de março de 2019.

Direção Ciências ULisboa

A Direção da Faculdade visitou em fevereiro e março os dez departamentos de Ciências ULisboa. “Acho que foi muito positivo”, comenta Luís Carriço, diretor de Ciências ULisboa mencionando ainda que as reuniões permitiram a apresentação e discussão de ideias muito interessantes.

Margarida Amaral

Margarida Amaral, diretora do BioISI e professora no Departamento de Química e Bioquímica de Ciências ULisboa, proferiu duas palestras na Johns Hopkins University School of Medicine em Baltimore, nos EUA, sobre terapêutica personalizada da Fibrose Quística, nos passados dias 6 e 7 de março de 2019.

ETAR de Faro Noroeste

Uma equipa de Ciências ULisboa e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil foi distinguida com o Prémio WEX Global 2019 “Inovação em Tecnologia” pela produção sustentável de novos carvões ativados a partir de cascas de pinhão e sua aplicação na remoção de compostos farmacêuticos em estações de tratamento de águas residuais urbanas.

Mohan Munashinghe em Ciências ULisboa

O Prémio Nobel da Paz em 2007 – Mohan Munashinghe - na época vice-presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), das Nações Unidas -, esteve em Ciências ULisboa no passado dia 15 de março.

Tarifa, sul de Espanha, província de Cádiz

“Recomendamos que as autoridades reconheçam este impacto alargado da produção de energia eólica e estabeleçam novas medidas reguladoras a aplicar em áreas importantes para a migração de aves planadoras que permitam conciliar a produção de energia eólica com a conservação da vida selvagem”, diz Ana Teresa Marques, estudante de doutoramento em Biodiversidade, Genética e Evolução e primeira autora do artigo “Wind turbines cause functional habitat loss for migratory soaring birds”, publicado no Journal of Animal Ecology.

Nélson Pinto

A Glintt - Global Intelligent Technologies conta já com mais de 1050 colaboradores, entre eles alguns ex-alunos de Ciências ULisboa, como é o caso de Nélson Pinto, licenciado em Engenharia Informática e mestre em Engenharia Informática, especialização em Sistemas de Informação. Leia o seu testemunho, fique a par das vantagens do curso e de como é que é trabalhar nesta empresa, que opera a partir de dez escritórios, sediados em seis países - Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Angola e Brasil.

IEEE

​Nuno Neves, professor do Departamento de Informática de Ciências ULisboa, foi eleito vice-presidente do IEEE Technical Committee on Dependable Computing and Fault Tolerance (TCFT). A tomada de posse ocorreu este mês e o mandato tem a duração de dois anos. Na sequência desta eleição, Nuno Neves tomará posse como presidente do IEEE TCFT em 2021, por um período de dois anos.

Pavilhão do Conhecimento

A Ciência Viva volta a homenagear as mulheres cientistas portuguesas, destaque para as personalidades de Ciências ULisboa - Cristina Branquinho, Cristina Máguas, Diana Prata, Margarida Santos-Reis, Margarida Telo da Gama,Maria Ivette Gomes e Vanda Brotas.

Lucanus cervus macho

Pela primeira vez em Portugal continental realiza-se um plano de inventariação sistemática de insetos. Um grupo de entomólogos iniciou a 9 de março, o primeiro trabalho de campo, na costa sudoeste e barlavento algarvio. A primeira sessão pública ocorre no dia 24 de março, na Estação de Biodiversidade de Mértola.

tabela periódica

Vinte e duas escolas do ensino secundário da zona da grande Lisboa participam na semifinal das Olimpíadas de Química Mais (OQ+) em Ciências ULisboa.. Os participantes das OQ+ têm a chance de se qualificar para a 53ª Olimpíada Internacional de Química e para as Olimpíadas Ibero-americanas de Química.

Anfiteatro Ciências ULisboa

Cerca de 70 alunos do 9.º ano da Saint Dominics' International School participaram numa mesa-redonda e ficaram a saber um pouco mais sobre as áreas de Matemática, Matemática Aplicada, Estatística Aplicada, Informática, Engenharia Geoespacial e Bioquímica.

C7

Após o evento de 12 de fevereiro, que antecedeu o Flash Mob Tabela Periódica Humana de Ciências ULisboa estão programadas duas tertúlias sobre a tabela periódica com os cientistas Raquel Gonçalves Maia e Miguel Castanho, respetivamente nos dia 10 de abril e 9 de maio.

Cruz

Fernando Roldão Dias Agudo, jubilado de Ciências ULisboa desde o ano de 1996, faleceu no passado dia 23 de fevereiro. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas de Fernando Roldão Dias Agudo.

Reitoria ULisboa

Em 2018 os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos foram atribuídos aos investigadores de Ciências ULisboa Cristina Branquinho, Francisco Couto, Nuno Araújo e Pedro Antunes. A edição de 2018 do Prémio Científico ULisboa/ Santander Universidades também distinguiu a professora Carla Silva.

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Sentiu o sismo de 28 de fevereiro de 1969? Conhece relatos desse acontecimento? Se as respostas forem afirmativas, então responda ao inquérito macrossísmico nacional por ocasião dos 50 anos sobre o grande sismo de 1969, lançado este mês pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera,Instituto Superior Técnico, Ciências ULisboa e Instituto Dom Luiz.

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