Uma das mais recentes tecnologias para a construção de modelos 3D baseados em informação geoespacial têm sido os scanners a laser – LiDAR (Light Detection And Ranging) terrestres ou aéreos, os quais permitem o registo de milhões de pontos por segundo e a consequente obtenção de nuvens de pontos, com coordenadas planimétricas (X,Y) e altitude (Z), muito densas.

O modelo digital assim obtido é posteriormente processado juntamente com as imagens do objeto adquiridas simultaneamente para se obter uma representação muito realista, a partir da qual se pode extrair toda a informação geométrica necessária à obtenção de um modelo tridimensional convencional.

Em alternativa, a tecnologia Mobile Laser Scanning (MLS) é utilizada em projetos de engenharia civil tais como o planeamento de tráfego e modelação 3D urbana (por exemplo, Street View, Google Maps).

O sistema montado num veículo, constituído por um scanner laser, sensores GNSS, uma unidade IMU (Inertial Measurement Unit) e câmaras de recolha de imagem, permite a obtenção rápida de nuvens de pontos de elevada densidade e exatidão ao longo do percurso descrito pelo veículo.

Esta tecnologia está operacional para aplicação na reconstituição de superfícies e de objetos desde meados de 1990, verificando-se um desenvolvimento contínuo a nível da capacidade dos sensores (taxas de emissão de impulsos mais altas, maior exatidão, maior alcance, extração de propriedades dos objetos), da diversificação de aplicações (desde a preservação da herança cultural, vias de comunicação, silvicultura, arribas costeiras, levantamento de obras de arte, tais como pontes, indústria automóvel, efeitos de sismos, etc.) e do processamento dos dados.

Os modelos digitais de elevação (DEM) gerados por LiDAR aéreo têm sido amplamente utilizados em diversas áreas, desde a avaliação de risco, o planeamento urbano, o planeamento de redes de telecomunicações e energia, a gestão agrícola e florestal, entre outras.