Opinião

Será que vamos mesmo de férias?

“Vou só ver o email...”

Comunicar pelo telemóvel

Estamos em constante ligação ao “mundo” através dos famosos gadgets

Clem Onojeghuo, Unsplash

Inúmeras são as expressões de desejo por aquele período do ano chamado férias: “estou mesmo a precisar de férias!”, “finalmente de férias!”. Todos nós precisamos daquele período justo de descanso reparador. O que aqui gostaria de refletir é precisamente esta definição central de férias o “descanso reparador”, um desligar do trabalho das preocupações, das novidades, das notícias, da vida dos outros, das exigências que somos submetidos ao longo do ano.

Acredito que cada vez menos conseguimos esse descanso, com a nossa constante ligação ao “mundo” através dos famosos gadgets.

Não é difícil encontrar alguém no meio de um grupo de amigos com um telemóvel com ligação à Internet, o que tem claramente as suas inúmeras vantagens, contudo esta acessibilidade faz com que não haja momentos em que estejamos desligados do mundo, das preocupações, do trabalho. O ir “só ao email”ou postar alguma coisa no Facebook é uma porta de entrada para o mundo das preocupações e mais, uma porta para que os outros: familiares, amigos e colegas considerem que estamos sempre acessíveis.

Para além deste “não descansar total” soma-se outra questão, parece que estamos cada vez menos habituados, e por consequência com maior dificuldade em estarmos connosco ou com os outros sem os mediadores tecnológicos.

Por último: a ameaça da perda do significado conviver. É frequente ver e estar num grupo de pessoas em que cada um está a ver “coisas” no telemóvel sem que haja uma troca de palavras, vivem-se experiências individuais sem que haja partilha de uma experiência comum. Neste sentido, resgatar a dimensão humana das relações, onde se possa estar no aqui e no agora, connosco, é um elemento muito importante para a sensação de descanso.

Andreia Santos, Gabinete de Apoio Psicopedagógico da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

“Estes programas de bolsas e estímulos são muito importantes para os alunos que, como eu, ambicionam tornar-se investigadores”, declara o aluno de Ciências, um dos vencedores da edição 2016/2017 do prémio Novos Talentos em Matemática, da Fundação Calouste Gulbenkian.

Páginas