Research & Innovation Day 2024: O Tempo da Ciência é em CIÊNCIAS

Sessão de Posters CIÊNCIAS Research & Innovation Day 2024
DCI

Centenas de participantes, entre investigadores e comunidade académica, juntaram-se no Grande Auditório para debater o tempo da Ciência e a Ciência do tempo. Salvatore Capozziello, keynote speaker, confirmou que as teorias sustentam a possibilidade de viagens no tempo.

 

CIÊNCIAS organizou no dia 22 de outubro a 6.ª edição do Research & Innovation Day.  A edição deste ano foi dedicada ao tema do TEMPO, nas suas mais variadas manifestações na investigação científica e na sociedade. Durante cerca de cinco horas, investigadores, comunidade académica e público em geral juntaram-se para falar sobre a forma como este se interlaça com a investigação e qual é o seu impacto na Ciência e nos desafios do dia a dia.

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Para debater esta temática, CIÊNCIAS convidou o Professor Catedrático de Relatividade Geral e Cosmologia da Universidade de Nápoles 'Federico II': Salvatore Capozziello, que levou a audiência numa viagem pela história do pensamento científico sobre o tempo, desde a distinção entre conceção e perceção, até às noções de espaço-tempo e relatividade. Com uma abordagem irreverente, o cosmólogo deixou claro que as teorias estão certas: mais tarde ou mais cedo, as máquinas do tempo haverão de chegar. É à engenharia que agora cabe o desafio de criar máquinas que confirmem aquilo que as teorias preveem. Será tal possibilidade alcançável nas próximas décadas? Apenas o tempo o dirá.

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Mas nem só de tempo se falou durante este dia. A sessão da manhã, realizada com o apoio da FCiências.ID, foi dedicada a debater o tema do financiamento para a investigação científica. Margarida Santos-Reis, Vice-Diretora de CIÊNCIAS para a Investigação e Inovação, e José Manuel Rebordão, Presidente do Conselho de Administração da FCiências.ID,  deram início à sessão falando sobre a importância do posicionamento da Faculdade na captação de investimento e destacando o papel da FCiências.ID. De seguida, subiram ao palco um conjunto de oradores convidados, que abordaram temas desde a captação de fundos à inovação em ambiente universitário.

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Sofia Azevedo, da Agência Nacional de Inovação (ANI), explicou de que forma CIÊNCIAS pode captar mais fundos do programa Horizon Europe; Inês Cristóvão, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), apresentou o programa de financiamento LIFE Portugal, voltado para o ambiente e a ação climática; Emiliano Gutiérrez, CEO da Raiz, apresentou o trabalho inovador desta start-up que produz hortas verticais urbanas e abordou ainda a recente parceria com CIÊNCIAS; Filipe Ribeiro, do MARE, abordou o seu percurso como investigador dando enfase à captação de fundos para projetos de investigação; por fim, Miguel Magalhães, da The Next Big Idea, falou sobre como criar start-ups em ambiente universitário.

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Seguiu-se a inauguração de uma sessão de posters científicos representativos das várias áreas de investigação de CIÊNCIAS. A exposição, que vai estar em exibição no átrio do Edifício C3 até dia 25 de outubro, conta com mais de 80 posters selecionados pelos Centros de Investigação & Desenvolvimento (I&D) da Faculdade. Após uma pausa para almoço e networking, os investigadores voltaram a sentar-se para se debruçarem novamente sobre a investigação do tempo.

A tarde iniciou-se com breves palavras do Diretor da Faculdade, Luís Carriço, que destacou as diferentes conceções de tempo, de acordo com as mais variadas disciplinas. Foi então tempo de revisitar os destaques alcançados pela comunidade de CIÊNCIAS ao longo do último ano, no que respeita investigação e inovação, duas áreas em que a instituição se tem destacado a nível nacional e internacional.

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O sucesso dos investigadores de CIÊNCIAS, patente nas métricas mais recentes, foi comprovado durante a tarde num conjunto de flash talks, que se seguiram à apresentação de Salvatore Capozziello. Bárbara Henriques, do BioISI, falou sobre a a importância do tempo no diagnóstico de Doenças Metabólicas Raras; Catarina Frazão Santos, do MARE, chamou a atenção para a urgência do ordenamento do espaço marinho (OEM) de forma inteligente do ponto de vista climático; João Duarte, do Instituto Dom Luiz (IDL), explicou como as fissuras das placas tectónicas da antiga Pangeia explicam os sismos da atualidade; José Manuel Rebordão, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), falou sobre a medição do tempo do ponto de vista da Mecânica Quântica; Jorge Buescu, do CEMS.UL (anterior CMAFcIO) demonstrou que na perspetiva da Matemática, os wormholes são sobretudo problemas da Física; Vinicius Vielmo Cogo, do LASIGE, abordou os desafios temporais da cibersegurança e partilha de dados; e Henrique Leitão, do CIUHCT, levou a audiência a considerar de que forma o tempo escolhido pela historiografia afeta a perceção dos eventos narrados e da própria atividade científica.

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De seguida, era chegada a hora de entregar os Prémios de Mérito de Ciência e Inovação de 2023. António Branco, do NLX, ganhou o Research Funds Merit Award 2023; Fernando Antunes, do CQE,  recebeu o Innovation Merit Award 2023; por sua vez, Pedro Matos Soares, do IDL, venceu o Scientific Merit Award 2023. Foram ainda distinguidos cientistas pela investigação na sua área: Bernardo Duarte, do MARE, obteve a distinção nas Ciências da Vida; Paulo J. Costa, do BioISI, recebeu a de Ciências e Tecnologia Química; Sara Silva, do LASIGE, ganhou a de Ciências e Engenharia Computacional; Nuno Araújo, do CFTC, obteve a de Ciências e Engenharias Físicas; Ignacio García-Pereda, do CIUHCT, conseguiu a de História e Filosofia das Ciências; e Pedro Duarte, do CEMS.UL, venceu a de Matemática.

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Por fim, a sessão contou ainda com um breve discurso do Magnífico Reitor da ULisboa, Luís Ferreira, que agradeceu e congratulou a investigação feita em CIÊNCIAS, chamando a atenção para a importância do “tempo lento” e da paciência na realização da grande Ciência. Antes do evento de networking que se seguiu, a sessão contou ainda com o discurso final de Pedro Almeida, Vice-Diretor de CIÊNCIAS para a Comunicação e as Relações Externas, que falou sobre a natureza emocional do tempo, convidando a audiência a deixar-se percorrer, como um rio, pela peça musical do pianista sul-coreano Yiruma, River Flows in You. A plateia fechou os olhos e deixou-se levar pelo rio do tempo. Era hora de concluir a sessão.

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Reveja aqui as sessões:

MANHÃ: Funding for Research and Innovation Powered by FCiências.ID

 

TARDE: TIME at the forefront of Research


Veja as entrevistas aos vencedores dos Prémios de Mérito de Ciência e Inovação:


CIÊNCIAS Research & Innovation Day 2024 nos média:

Marco Matos com João Carlos Silva, DCI CIÊNCIAS
mmomatos@ciencias.ulisboa.pt

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

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