No Campus com Helder Coelho

Sobre a Inovação Disruptiva

Helder Coelho

De repente, uma inovação tecnológica provoca uma rutura, cria um novo mercado e uma rede de valor diferente, deslocando e afastando os líderes anteriores e os seus aliados mais próximos (Christensen et al., 2015). Esta situação passou-se com a empresa DEC (e com a Prime, Data General, Honeywell, Wang), que vendia os computadores VAX (de médio porte, muito populares nos anos 70 e 80) para universidades e laboratórios de investigação, acessíveis em tempo partilhado, os quais foram depois substituídos pelos PC, dos desktops até aos portáteis e móveis, graças a novas tecnologias que permitiram um enorme aumento não só da velocidade do processamento, mas também da capacidade de armazenamento dos dados.

O termo (e a teoria) inovação disruptiva foi inventado pelo professor Clayton Christensen da Universidade de Harvard, em 1995, o qual considerou a Uber (em 450 cidades, 72 cidades) não disruptiva, e deu os exemplos da Internet e da Netflix (Fortune, November 17, 2015) como duas tecnologias que afetaram o funcionamento dos mercados. O termo descreve um processo no qual um produto ou serviço surge, inicialmente, em aplicações simples, na parte inferior de um mercado e depois, lentamente começa a subir nesse mercado, substituindo os concorrentes já estabelecidos. Estas inovações são sustentáveis pois procuram consumidores que anteriormente pagavam mais caro por esses produtos ou serviços sem que a sua qualidade o justificasse.

A descentralização da computação (vulgo tempo partilhado ou time sharing, e que veio a seguir à informática apoiada em batch) foi substituída pela distribuição e mobilidade crescente. O mesmo ocorreu à empresa Kodak, que viu o seu valor diminuir, enquanto assistia impotente ao fim da fotografia tradicional analógica, em papel, e ao aparecimento das máquinas de fotografar digitais e ainda aos telemóveis com câmaras fotográficas. E, os discos magnéticos (Disk Drives) para memória e armazenamento de informação (e dados) foram também afastados do circuito comercial por outros produtos que atraíram os consumidores de informática num instante (cassettes, diskettes, pen drives).

Será que na educação se irá passar algo de idêntico? Os MOOC (Massive Open Online Courses) que surgiram em 2011, nas universidades norte-americanas (Stanford, Berkeley, MIT), ajudados pelas plataformas mais populares (Coursera, Udacity e edX) atingiram no fim de 2015 números impressionantes: 550 universidades envolvidas, 4200 cursos e 35 milhões de alunos (a previsão tinha sido de 17 milhões para 2015)! Note-se que a percentagem de cursos de Informática cresceu mais de 10% (veja-se o sítio Class Central que listou 626 cursos de ciências), e, por exemplo, o curso online Introduction to Complexity, um dos referidos nessa lista, da professora Melanie Mitchell (Santa Fe Institute) em 16 semanas, "oferecido" desde 2013, teve até agora 23.000 inscritos e uma taxa média de realização (frequência e aprovação) de 13.1% (um dos primeiros cursos, Artificial Intelligence, teve na 1.ª edição 160.000 inscritos, e uma taxa muito mais baixa).

Nos últimos anos, sobretudo nos EUA, a discussão sobre a oportunidade dos MOOC tem sido feita nas universidades e nos meios de comunicação social, em tom muito crítico devido às baixas percentagens de aprovação e ao elevado número de desistências dos inscritos. Um outro tema é a possibilidade dos professores se tornarem redundantes, e poderem ser dispensados. O recurso a situações híbridas foi imediato, onde os cursos passaram a ocupar um papel secundário para ajudar os alunos a terem as aulas disponíveis como recursos (a exemplo da televisão por cabo que permite durante a semana a visão dos programas já apresentados mais do que uma vez) e os professores a ter um papel diferente da habitual exposição: tutoria, aconselhamento, discussão e explicação. Desta forma, o ensino começa a jogar com a aprendizagem, exigindo um trabalho inicial ao aluno (aprendiz), para que na interação com o professor se possa obter mais valor sobre o conhecimento. O jogo consiste, verdadeiramente, em o professor desafiar o aluno a explorar (pensar) novos problemas.

No ensino universitário normal o aproveitamento/rendimento escolar é também motivo de preocupação em muitos países europeus, embora existam países onde esse rendimento se aproxima dos 100%. Em termos económicos, facilmente se percebe que quanto maior for a taxa de aprovação dos alunos, menor a desistência e a reprovação, mais justificadas estão as verbas públicas  (provenientes dos impostos) que o Estado investiu no sector da educação.

Referência
Christensen, C. M., Raynor, M. E. e McDonald, R. What is Disruptive Innovation, Harvard Business Review, December 2015

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O quadrado design-ideias-tecnologia-negócios tem vindo a marcar os últimos anos das start-ups, as suas perspetivas e novas possibilidades, com uma inovação extraordinária que atrai os consumidores e faz crescer o valor de uma empresa.

“Todos chegaram ao final com um projeto, um protótipo como se pretendia e com algumas ideias bem interessantes!”, comenta Bernardo Tavares, um dos organizadores do primeiro Lisbon Green Hacakthon.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa?

Ciências participa no dia 19 de março de 2016 nas Masterclasses Internacionais em Física de Partículas.

Oficina das Energias - um grupo de alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente Ciências - organiza pela primeira vez em Portugal o Lisbon Green Hackathon.

Jorge Relvas, professor do Departamento de Geologia de Ciências, é o novo presidente da Society for Geology Applied to Mineral Deposits. 

A HortaFCUL, como projeto que tenta procurar e experimentar soluções para os atuais problemas socioeconómicos, tem vindo a incorporar nas suas práticas a Economia da Dádiva.

O livro "Mulheres na Ciência" editado pela Ciência Viva reúne mais de uma centena de retratos de investigadoras portuguesas, algumas delas de Ciências.

Resolver os problemas organizacionais e sociais pode ser estimulante, e mais interessante do que se pensava, sobretudo se isso facilitar depois a atração de criativos e inovadores!

No dia 7 de março de 2016, a partir das 16h00, realiza-se no edifício C6, na sala 6.2.56, a Sessão de Apresentação dos Trabalhos dos alunos do Curso Livre de Ciências “Entender o Mundo no Século XXI”, que terminará com a entrega de diplomas e um jantar convívio.

A partir de abril, o espaço que até agora tinha sido ocupado pelo restaurante O Mocho será transformado num restaurante da cadeia 100 Montaditos, um conceito de restauração original, inspirado nas tradicionais tabernas espanholas e

A próxima sessão da Cicloficina realiza-se a 7 de março de 2016, pelas 17h00, no parque de bicicletas do C5.

O “Workshop Corpora and Tools for Processing Corpora”, coorganizado pelo projeto QTLeap, realiza-se a 12 de julho de 2016, em Tomar, no âmbito do “PROPOR 2016 – Intern

Campus da Faculdade

O exercício de evacuação do edifício C2 aconteceu durante a manhã de 26 de fevereiro e contou com a presença da Proteção Civil de Lisboa, do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e da Polícia Segurança Pública - Esquadra do Campo Grande. 

“Estatística no Ensino Secundário” é o tema do próximo Curso Livre de Ciências, organizado pelo Departamento de Matemática (DM) de Ciências. Neste ano letivo cerca de 50 professores participaram nos quatro Cursos Livres de Ciências organizados por Carlota Gonçalves, professora do DM de Ciências.

O 7.º artigo mais lido entre janeiro e março de 2015, na categoria Earth and Planetary Sciences, na revista Precambrian Research é da autoria de dois professores do Departamento de Geologia e investigadores do IDL, Telmo Santos e Paulo Fonseca.

O projeto QTLeap organiza o SedMT2016 e é o patrocinador do Prémio para Melhor Artigo atribuído no âmbito deste workshop.

Quando me desloco, pelas ligações (veredas) do campo da ULisboa, faço uma escolha de um tema para meditar sobre o seu interesse, enquanto ando a pé. Quase sempre consigo dividi-lo em pedaços, para depois os analisar.

Aproximadamente 213 alunos da ULisboa já frequentaram o INOV Contacto, segundo dados transmitidos pela AICEP. Em 2015/2016 foram atribuídos a nível nacional 280 estágios, 24 deles a diplomados da ULisboa, desses oito são recém-graduados de Ciências.

O artigo “Critical fragmentation properties of random drilling: How many random holes need to be drilled to collapse a wooden cube?” foi capa do volume 115 da Physical Review Letters, publicada a 5 de fevereiro de 2016.

Os três eixos estratégicos – Learning, Selection e Evolution – apoiam de forma estruturada a transferência do conhecimento em Ciências ULisboa e incentivam a criação de spin-offs ou o licenciamento de tecnologias.

​“Born small, die young: Intrinsic, size-selective mortality in marine larval fish” foi publicado online na Scientific Reports.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências?

Bolhas de ar e películas líquidas são de grande importância em áreas tão diversas como as indústrias mineira, transformadora e alimentar e a segurança de materiais, tendo ainda aplicações potenciais em micro e nanotecnologias.

Os estágios irão ocorrer na Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América, França, Moçambique e Suécia.

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