No Campus com Helder Coelho

Pensamento e raciocínio

Helder Coelho

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

Antes de avançarmos com uma resposta é bom não esquecer Yoav Shoham que defendeu, “no início, o objetivo era não só compreender os computadores (e como eles podem ajudar, por exemplo na batalha contra o cancro e pela nossa sobrevivência), mas também conhecer mais dos seres humanos” (e dos animais que nos cercam). Assim, é relevante todo o esforço nas ciências do cérebro sobre como fazemos uma série de coisas que não conhecemos. Por exemplo, como o cérebro reconhece o que os olhos veem? Uma resposta vinda do Salk Institute, (Rowekamp e Sharpee) abre uma janela sobre como o cérebro faz (processo visual), e isso será essencial para os carros sem condutor serem viáveis no futuro.

Ao olharmos para como o raciocínio se desenvolve, podemos sentir o senso comum, que está sempre presente nas nossas conversas, e acompanhar uma máquina de jogar connosco (Go ou Poker). No caso, de sermos surpreendidos,  como em 1997, entre o DeepBlue da IBM e Gary Kasparov, o qual jamais o esqueceu (veja-se o New Scientist de 3 de junho de 2017, e o artigo “Endgame? It is just the beginning”). Ele afirma agora “sou também realista, pois para cada tarefa discreta, incluindo jogar xadrez, as máquinas inevitavelmente ultrapassarão mesmo o homem-mais-a-máquina”. Ou seja, não devemos ter medo das máquinas, e é melhor exigir dos cientistas e dos empreendedores que são os benefícios que mais nos interessam: viver com qualidade e, eventualmente, trabalhar menos!

Ao olhar para a inteligência como computação (uma definição da IA segundo Patrick Hayes, avançada ainda nos anos 70), os cientistas pretendem fugir do lado tecnológico (dominado pelo volume dos dados) e abraçar a direção intelectual, que se centra mais na inteligência e na nossa capacidade de apreender sobre os aspetos do mundo e que jazem bem distantes da experiência direta, através das expressões de língua natural.

Na DeepMind, em Londres, David Raposo (ex-aluno da FCUL) trabalha com o raciocínio relacional (através das redes neuronais), que estamos sempre a explorar (ao ler um livro de Agatha Christie, juntamos as peças da evidência de um crime, e ao olharmos o mundo, à nossa volta, reconhecemos as relações (e as redes) entre as coisas (entidades e propriedades) e fazemos perguntas-respostas), interessados em compreender melhor os desafios deste tipo de raciocínio.

A ideia de que o pensamento ocorre apenas na nossa cabeça foi, recentemente, posta em causa na King´s College University (Londres). Quando se resolvem problemas ou se tomam decisões, o ambiente que nos envolve é essencial, pois a escolha de ferramentas, do uso das mãos ou dos objetos em redor (recursos) podem estimular novos modos de pensar e de descobrir soluções. Por exemplo, a escolha do diagnóstico clínico e do tratamento de um doente é um processo cognitivo complexo que é influenciado por múltiplas variáveis. A precisão da tomada de decisão pode ser melhorada, adiando momentaneamente (fração de segundo) o disparo de uma ação. O exame de um aspeto, como o debate ou diálogo entre dois lados, ajuda as pessoas a aplicar raciocínios mais sofisticados e em maior profundidade (pensamento crítico), alargando as alternativas a considerar e as evidências a explorar. Muitas vezes, o modo estratégico de pensar (recorrendo a vários recursos) é importante para dirigir o esforço em direção a um alvo, ora através da atenção, da persistência operada ou mesmo da reflexão sobre o objetivo a atingir.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Encontra-se aberto concurso para bolsa de estágio na área de suporte aos laboratórios letivos e de investigação do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências.

Simulação de uma proteína

Quatro lições sobre proteínas.  As investigadoras Maria José R. Gomes e Patrícia Faísca apresentam quatro razões para não faltar à quinta iniciativa do projeto Ciência na UL.

O Dr. Rui Lopes ex-aluno do Departamento de Informática e investigador no LASIGE, actualmente a trabalhar na Google, foi um dos responsáveis da equipa de desenvolvimento do doodle de hoje (23 de Maio).

A Investigação dos Doutores de Amanhã

Lâmpada

"O objetivo é partilhar com os colegas das outras faculdades a experiência que tivemos, e estamos a ter, com a implementação do modelo de gestão por objetivos, assente na identificação dos processos", diz Ana Rocha, secretária-coordenadora da FCUL.

Vários círculos com várias cores

A reunião de entrada livre e sujeita a prévia inscrição inclui sessões plenárias e workshops sob o tema genérico “Prosseguir a excelência, promovendo as competências da UL”.

Produtos alimentares

“Partilhar o que se tem pode ser um convite a algum sacrifício – mas a solidariedade não pode ser só um sentimento, tem de ser um compromisso de ação”, refere Graça Vieira, professora aposentada da FCUL, a propósito da campanha "Vamos dar com o coração".

Plantas em vasos

Hoje é um dia fascinante. Dia de nos fascinarmos com as plantas, com a sua beleza, com o que nos dão, e nos possibilitam – a vida tal como a conhecemos.

Flor sujeita a tratamento para expressão de um gene

Nesta época do ano, não há nada que mais nos descanse o espírito como um campo repleto de cores: branco, amarelo, lilás, vermelho, com flores de diferentes tamanhos e odores.

Seminário do DF

Anúncio de Seminário do DF

Encontra-se aberto concurso para a atribuição de 1 (uma) Bolsa de Investigação, no âmbito do projecto de investigação “Erro de não-resposta nas sondagens telefónicas com telemóveis: causas, efeitos e correcçã

Para marcar uma visita ao novo lugar destinado ao estudos das ciências e das artes basta telefonar ou enviar um email.

Fascination of Plants Day - 18 de maio de 2012.

A reportagem multimédia realizada no âmbito da UL Open Night inclui declarações de Sofia Cruz, coordenadora do Núcleo de Comunicação da Reitoria da Universidade de Lisboa (RUL), Isabel Tadeu, coordenadora do Núcleo

A ação de voluntariado acontece entre 26 e 27 de maio. Inscreva-se até dia 18 de maio, através do site UL Alimenta esta Ideia.

 

Anfiteatro da FCUL

Miguel Yus, professor da Universidade de Alicante, recebe o galardão na primeira de cinco conferências proferidas pelo premiado em Portugal.

A Direção de Marketing e Comunicação da RTP oferece estágio remunerado na Área de Audiências e Estudo de Mercado a alunos recém licenciados ou mestrandos em Matemática A

A exposição "O Cálculo de Ontem e de Hoje" está, agora, disponível em versão itinerante.

De 3 a 28 de Maio está patente na "Academia Sénior da Cruz Vermelha Portuguesa-Delegação de Lisboa".

Seminário "Serendipity and The Ups and Downs of Synthesis", apresentado pelo Prof.

Olho verde

Palestras, visitas, exposições e muitas experiências são algumas das atividades previstas.

Pormenor da capa do livro

O livro está à venda pelo valor de €18,40, no Atendimento Geral, sito no edifício C5, piso 3.

Anfiteatro

"As Jornadas tiveram um balanço bastante positivo (...) elucidaram e esclareceram algumas dúvidas importantes para os estudantes (...) ", conclui a Comissão de Curso de Engenharia Geográfica.

Museu do Quartzo é inaugurado e recebe o nome de Galopim de Carvalho, professor jubilado do Departamento de Geologia.

Céu com nuvens escuras

As candidaturas à oficina de formação terminam a 21 de maio. As sessões realizam-se às terças e quintas-feiras, entre as 17h30 e as 20h30.

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