Projeto Empresarial

FCUL prepara jovens empreendedores

Testemunhos do grupo “ANTIOXIDin”

“Sinto-me, naturalmente, mais sensibilizada para a realidade empresarial e fiquei com mais vontade de aprender e conhecer tudo o que esteja relacionado com a gestão de um projeto científico. É muito importante para um investigador ter noções do que é um plano de negócios porque é este plano que decide se a ideia e, consequentemente, se o seu produto tem ‘pernas para andar’ e possibilidade de entrar para o mercado”, Inês Lima, FCUL

“Foi uma ideia que no início não passava disso mesmo, uma ideia, algo abstrato, que se tornou por nosso próprio esforço em algo palpável, algo em que se pode acreditar com valores e conclusões calculadas”, Tânia Amorim, ISCTE-IUL

“Muitos dos conceitos que aprendi ao longo do curso, não passavam disso mesmo: conceitos. Quando me vi ‘obrigada’ a pô-los em prática, senti que estava a aprender uma realidade completamente diferente”, Inês Pereira, ISCTE-IUL

“Este tipo de experiências é muito importante pois obriga-nos a desenvolver novas competências que serão importantes no nosso futuro profissional”, Ana Tomé, ISCTE-IUL

“Quem queira testar as suas capacidades como empreendedor tem aqui uma ótima oportunidade para o fazer, num ambiente misto que conjuga a dupla vantagem de tanto ter um apoio de uma equipa experiente, que irá ‘aparando as pontas soltas’, como também terem a oportunidade de acesso a financiamento. Mais ainda, ficarão com as bases que necessitam para a transformação de uma qualquer ideia num plano de negócios”, João Malaquias, FCUL

Há sete anos que a FCUL e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) cooperam no mesmo sentido: procurar fomentar o empreendedorismo entre os jovens estudantes do ensino superior, através do trabalho de equipa, de que é exemplo a unidade curricular Projeto Empresarial e que reúne estudantes e docentes das duas faculdades na conceção de modelos de negócio.

Na FCUL, a unidade curricular toma a forma de cadeira optativa, valendo seis ECTS, podendo ser frequentada por estudantes do 2.º ciclo ou de um dos dois anos finais dos mestrados integrados. Quanto ao ISCTE-IUL, assume-se como parte integrante do curso de Finanças e Contabilidade, no 2.º semestre do 3.º e último ano do curso.

Rui Ferreira, coordenador da unidade curricular e ex-diretor geral do Audax, um Centro de Apoio ao Empreendedorismo e às Empresas Familiares, constituído em julho de 2005 como associação sem fins lucrativos, e que tem como associados institucionais fundadores o Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Empresarial (INDEG) do ISCTE-IUL e a Fundação da FCUL, reforça a importância deste plano de estudos: “Para além de se tratar de uma unidade curricular integradora de conhecimento para os alunos, o principal objetivo é precisamente sensibilizar os alunos para a realidade empresarial, em concreto para os aspetos teóricos e práticos subjacentes à elaboração de um plano de negócios de natureza tecnológica”.

No total, entre os alunos da FCUL e do ISCTE-IUL, já frequentaram a unidade curricular cerca de 300 pessoas. Na FCUL, contabilizam-se 161 inscrições a partir da sua implementação.

Nesta partilha de ensinamentos e experiências empresariais, os alunos de Ciências contribuem com a substância das ideias e os alunos do ISCTE-IUL com as vertentes de gestão relativas ao desenvolvimento de um modelo de negócio. O resultado do trabalho conjunto traduz-se nos projetos desenvolvidos nesta unidade curricular, até agora 35.

“A unidade curricular Projeto Empresarial deverá constituir um elemento muito importante para a formação dos diplomados em Ciências. Em primeiro lugar, confere-lhes uma compreensão dos princípios básicos e dos conceitos fundamentais da Gestão.  Acresce a isto, a possibilidade de desenvolvimento das competências próprias, nomeadamente a possibilidade de integrar equipas multidisciplinares, a exemplo do que ocorre no quotidiano das empresas”, reforça o diretor da FCUL, J. M. Pinto Paixão.

A prestar apoio aos jovens empreendedores que queiram implementar os projetos empresariais desenvolvidos na disciplina estão as entidades Audax e o Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia, uma associação privada sem fins lucrativos, fundada em 1989 como unidade de transferência de tecnologia da FCUL e dinamizada recentemente pela criação da marca "tec labs - Centro de Inovação.

O Audax, cuja missão é “construir comunidades empreendedoras no mundo de acordo com os valores da audácia, honestidade e compromisso”, como refere Ana Fonseca, diretora Financeira e de Comunicação daquele organismo, realiza todos os anos o “Concurso de Ideias”. Tratando-se de um reconhecimento público do melhor projeto desenvolvido em cada ano letivo na disciplina de Projeto Empresarial, valoriza o empenho dos grupos mistos interessados em levar a cabo ideias sustentáveis. O concurso, existente desde 2006, distinguiu até ao momento sete projetos, um por cada ano de existência da disciplina.

O prémio atribuído aos projetos vencedores traduz-se num apoio de coaching dado por consultores do Audax durante um ano, sem qualquer custo para os alunos, com o objetivo de os apoiar na implementação do projeto e na consequente angariação de fontes de financiamento e parceiros estratégicos. Para Rui Ferreira, este apoio revela-se “essencial para garantir o sucesso na implementação real do projeto e sobretudo para dar credibilidade na angariação de financiamentos e parceiros estratégicos, quando os promotores de uma start-up normalmente evidenciam um fraco poder negocial”.

A “Science4You”, é um dos casos de sucesso proveniente da disciplina e participante neste Concurso. Não tendo sido o projeto premiado no ano letivo respetivo, conseguiu vingar no mundo empresarial tornando-se uma empresa de referência no mercado dos kits, brinquedos científicos e formação, com vista a proporcionar a todos um contacto com as ciências experimentais.

“O Concurso Audax teve muita importância para a Science4you uma vez que foi a partir daqui que começamos a nossa segunda fase do projeto. Este concurso foi crucial para o desenvolvimento da empresa! Este está implementado desde janeiro de 2008, sendo que o grupo que participou era composto por oito aluno e o professor José Paulo Esperança”, menciona João Saramago Tavares da equipa Science4You.

Na última edição do concurso de ideias do Audax foram submetidos a avaliação cinco projetos: “ANTIOXIDin”, “WALKinnature”, “MaxPowerWind”, “NeWave Coral” e “Leptir”, representados por grupos mistos, constituídos por três tutores e 16 alunos da FCUL e um tutor e cerca de 20 alunos do ISCTE-IUL.

Pelo conteúdo tecnológico e de inovação do projeto, capacidade de mercado e competitividade, entre outros critérios, o projeto “ANTIOXIDin” consagrou-se vencedor.
 


Equipa vencedora da última edição do conurso de ideias do Audax com o projeto “ANTIOXIDin”
Fonte Imagem cedida por Belarmino Barata

O projeto, composto por quatro alunos do ISCTE-IUL Inês Pereira, Tânia Amorim, Ana Margarida Tomé, Radica Gordhandas, dois da FCUL - Inês Lima e João Malaquias e sob tutoria do professor do Departamento de Química e Bioquímica da FCUL, Belarmino Barata, consiste na “extração de antioxidantes de diversas fontes, folhas de oliveira, bagaço e casca de frutos vermelhos e posterior comercialização, tendo como mercados potenciais empresas farmacêuticas, cosméticas e indústria alimentar”, explica Ana Margaria Tomé, um dos membros do grupo. De acordo com o tutor da equipa de trabalho, a importância deste projeto prende-se com “a recuperação de valor em resíduos produzidos pela indústria agroalimentar, que podem ser aproveitados e utilizados, substituindo importações e com o recurso a uma tecnologia flexível que nunca foi explorada neste contexto”.

Embora todos os elementos tenham participado nas diversas fases e procedimentos do projeto, na divisão principal de tarefas, coube aos alunos do ISCTE-IUL o desenvolvimento dos planos de marketing e financeiro e aos alunos da FCUL a componente científica. Esta parceria entre instituições possibilita experiências bastante enriquecedoras e proveitosas a diversos níveis, tal como explica a aluna Tânia Amorim: “A nível pessoal, trabalhar com pessoas diferentes, que têm outras visões, já que são de áreas distintas à nossa, é sempre uma mais-valia. Esta situação coaduna-se com o nível profissional pois quando entrarmos no mercado de trabalho vamos lidar com pessoas diferentes, pessoas que não escolhemos para fazerem parte do ‘nosso grupo’. Toda a pressão ao longo destes meses, todos os problemas com que nos deparámos e fomos obrigados a solucionar, todas as prioridades que fomos obrigados a estabelecer, foi tudo muito enriquecedor, o que nos permitiu retirar várias conclusões para a vida”.

Jovens, motivados e empreendedores. Assim se podem definir os estudantes da disciplina Projeto Empresarial, bem como os elementos do grupo “ANTIOXIDin”, que agora se sentem mais sensibilizados para a realidade empresarial e tecnológica e espreitam de forma positiva e confiante o futuro: “Se conseguimos alcançar algo tão complexo e trabalhoso, porque não realizar mais projetos?”.

Raquel Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

Ciências participa com mais de 30 de atividades de divulgação de ciência, espalhadas por Lisboa, Lousal e até na ilha Terceira.

O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

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