Zygodon forsteri (Dicks. ex With.) Mitt
César Garcia é taxonomista. Trabalha há 23 anos para a ULisboa, mas ainda não havia concluído a licenciatura e já desempenhava tarefas em projetos de investigação, como por exemplo, a monitorização dos metais pesados em Portugal continental, baseado nas espécies de briófitos.
“Tive uma educação científica de excelência”, conta César Garcia, que concluiu os estudos em Ciências ULisboa, primeiro a licenciatura em Biologia Vegetal Aplicada, depois o doutoramento em Biologia, especialidade em Ecologia, com um trabalho sobre a Biodiversidade de Carvalhais da Rede Natura 2000 e mais tarde um pós-doutoramento em São Tomé e Príncipe.
“Foram muito bons anos”, diz o curador convidado da coleção de briófitos do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), no grupo liderado por Manuela Sim-Sim, professora do Departamento de Biologia Vegetal, e que ainda tem a seu cargo a gestão de dois jardins botânicos – o jardim Botânico Tropical e o Jardim Botânico de Lisboa.
A coleção de briófitos do Museu tem milhares de espécimes oriundos de todo o mundo. O curador é responsável por preservar e enriquecer a coleção, que recebe muitas visitas de investigadores de carreira. Com a integração do Instituto de Investigação Científica tropical na ULisboa foi necessário proceder-se à requalificação total do herbário. “Atualmente temos um edifício de excelência, ao nível dos melhores do mundo. Podemos garantir a preservação daqueles espécimes por muitos anos”, refere César Garcia.
Quando questionado sobre conselhos a deixar aos mais jovens que se interessam por esta área é perentório: “Comecem a trabalhar antes de terminar a licenciatura para perceberem o que gostam. A aptidão natural é muito importante”.