No Campus com Helder Coelho

Colaborar na ciência faz falta: 72h(S)

Helder Coelho

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

Numa experiência inédita, 15 pós-doutorados de várias disciplinas (Física, Matemática, Antropologia, Ecologia, Biologia Evolutiva, Ciência da Computação, Sociologia, Linguística, e outros campos) do Santa Fe Institute (SFI), com o apoio da direção do Instituto, fizeram um teste à colaboração (veja-se a update no sítio do SFI na Internet). Retiraram-se para uma casa de madeira numa colina, perto da pequena cidade, e durante 72 horas (três dias e três noites) enfrentaram um desafio pouco comum: começar do zero, produzir trabalho original (artigo) e com resultados transdisciplinares. Segundo um dos participantes, o doutor Chris Kempes, este conceito foi inspirado no “48-Hour Film Project”, no qual os realizadores pegaram num género, uma linha de diálogo e uma personagem, e em 48 horas produziram e compuseram um pequeno filme.

Os investigadores começaram com um conjunto de regras básicas sobre como esta equipa poderia colaborar. Todos eles trouxeram as suas ideias para os temas do artigo, mas ficaram proibidos de os discutir até à madrugada de segunda, 4 de abril, quando se iniciou o evento 72h(S). Acordar a questão de investigação foi a parte mais difícil, a epidemia benéfica. Finalizar o tópico e organizar as tarefas individuais levou a maior pare das primeiras 24 horas, pois um dos objetivos foi logo garantir uma suficiente largura temática que empenhasse e motivasse a maioria das disciplinas presentes.

A seguir a equipa dividiu-se em grupos para enfrentar os vários desafios, incluindo a revisão do estado da literatura científica e assim garantir que ninguém havia tentado responder à questão selecionada. Três grupos trabalharam de forma a conceber modelos computacionais e algoritmos que ajudariam a estudar o problema através de simulação. Os outros procuraram evidências do mundo real, analisando os dados disponíveis para descobrir padrões. Periodicamente juntaram-se para comparar notas e coordenar e constituir outros grupos, sempre que fosse necessário.

O problema foi analisado segundo várias perspetivas e a partir de várias disciplinas, e tudo surgiu de forma independente com as mesmas tendências, o que pareceu interessante para muitos investigadores. De fato, o disparo da procura começou com a escolha do problema, e a colaboração surgiu depois naturalmente com todos a envolverem-se de novo, logo que acabavam as suas tarefas.

Alguns minutos antes da madrugada de 7 de abril, a equipe enviou por correio eletrónico o artigo “Dynamics of Beneficial Epidemics” para o servidor arxiv-org (arxiv.org/abs/1604.02096).

No fim o sentimento era de grande prazer e diversão, pela oportunidade de tantas cabeças (e mentes) se terem envolvido a pensar o mesmo, através de modos tão diferentes, pois isto permitiu oferecer uma perspetiva totalmente diferente do que é fazer ciência, não acerca de qualquer indivíduo isolado preocupado em estar certo ou errado, mas numa busca coletiva e disciplinada, com entreajuda e cooperação.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

"Comunicar significa tornar comum. E o que queremos tornar comum? Ciência. Esse é o objetivo", escreve em artigo de opinião Manuel Leite Valença.

César Garcia, curador convidado do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c e antigo aluno de Ciências, é o autor de uma das fotografias premiadas, escolha do editor, no âmbito da 4.ª edição do BMC Ecology Image Competition, uma iniciativa da BioMed Central.

A equipa da UNDAC (United Nations Disaster Assessment and Coordination)/ERCC (European Response Coordination Centre) da Comissão Europeia (CE) tem feito avaliação dos planos de emergência existentes e suas lacunas ou melhoramentos necessários, bem como reuniões com os principais agentes intervenientes a nível local em caso de catástrofe ou emergência.

Cerca de 60 alunos da EB1 S. João de Brito,  Agrupamento de Escolas de Alvalade, visitaram em julho passado o Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Desde a chegada da equipa UNDAC/ERCC a sismicidade tem-se mantido em níveis estáveis após dois dias iniciais em que se tinha tornado progressivamente mais superficial (1 km abaixo do nível do mar).

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O oitavo Dictum et factum é com Vera Lopes, técnica superior do Departamento de Geologia de Ciências.

Os vencedores do galardão desenvolveram o melhor projeto de Net Zero Energy House.

Há espírito empreendedor nos corredores de Ciências e a prová-lo esteve a prestação dos alunos de Ciências e do ISCTE-IUL na Sessão Final da Disciplina de Projeto Empresarial.

Cerca de 14 alunos do ensino secundário decidiram passar uma semana das suas férias a frequentar a Escola de Verão de Energia, organizada pelos professores e alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente, e que já vai na sua segunda edição.

Pedro Veiga, Luís Correia e Teresa Chambel, professores do Departamento de Informática (DI) de Ciências, participaram no primeiro E-Tech Portugal, ocorrido no início de junho de 2016, em Setúbal.

A racionalidade (homem racional) é inalcançável, porque a escolha ótima (identificada a maior parte das vezes com a utilidade máxima individual) é demasiado perfeita.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela faculdade esta segunda-feira, para os investigadores a identificação de novos alvos moleculares é essencial para definir estratégias terapêuticas cada vez mais robustas nos doentes com fibrose quística. Entrevista com Carlos Farinha.

Participantes no laboratório

“A Química e os segredos de um chocolate perfeito”, “Olhando os átomos”, “A diversidade escondida dos oceanos: do microscópio ao DNA” e “As bactérias e a resistência a antibióticos” são só alguns exemplos dos projetos disponíveis no âmbito do

A Galeria Ciências é um espaço recente, dinâmico, polivalente, com grandes potencialidades.

José Pica

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O sétimo Dictum et factum é com José Pica, assistente técnico do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

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A 2.ª corrida de carros solares tripulados em Portugal ocorre este sábado, 9 de julho de 2016, entre as 10h00 e as 14h00, no campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Gerson Miguel da Silva Lobo, estudante do 2.º ano do mestrado de Bioquímica, faleceu a 26 de junho de 2016. A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas do Gerson Lobo.

A gestão das preferências tornou-se numa facilidade ao dispor do projetista e do programador, e o planeamento (relacionado com as ações ao longo do tempo) é capaz de transformar um problema como se de otimização se tratasse, sujeito a restrições, a objetivos múltiplos e a efeitos probabilísticos das ações.

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Galopim de Carvalho, um dos geólogos mais famosos de Portugal, natural de Évora, com quase 85 anos, regressa à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no próximo dia 27 de junho.

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