Alexandre M. Ramos, Francisco S. N. Lobo, Margarida D. Amaral e Sara C. Madeira são as personalidades da Faculdade distinguidas com os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos (CGD) 2021. Os seus colegas Cláudio M. Gomes e Francisco Malta Romeiras também são agraciados nesta edição com menções honrosas.

A cerimónia que celebra esta iniciativa acontece no próximo dia 28 de junho de 2022, no salão nobre da Reitoria da ULisboa, pelas 18h30, com a atribuição de 23 prémios e 19 menções honrosas. Este acontecimento integra o programa da primeira edição das Jornadas Científicas da ULisboa, dedicada ao tema  “The 2030 Agenda for Sustainable Development: Embracing Societal, Technological and Environmental Challenges at ULisboa”.

Os Prémios Científicos ULisboa/CGD existem desde 2016. Podem concorrer professores, investigadores e bolseiros de pós-doutoramento de todas as unidades orgânicas da Universidade. Até 2021 foram concedidos 106 prémios e 106 menções honrosas a cientistas da Universidade. Desses, 18 prémios e 18 menções honrosas dizem respeito a personalidades da Faculdade.

Para Alexandre M. Ramos, investigador do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa, “este prémio revela a importância de apostar na investigação científica e principalmente no financiamento de investigadores a trabalhar nas universidades portuguesas, em particular na Ciências ULisboa”. O cientista partilha o galardão com os seus alunos e colegas colaboradores nacionais e estrangeiros. “Sem eles seria impossível publicar consistentemente artigos em revistas de elevada qualidade”, diz.

Francisco S. N. Lobo, professor do Departamento de Física e coordenador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, diz que “para além da perseverança e exigência pessoais, a procura de colaborações com outros investigadores é um dos aspetos determinantes para atingir este nível de produtividade científica”, sendo na sua opinião uma consequência natural do que é feito no Instituto, nomeadamente em reunir ao longo dos anos os melhores investigadores em equipas multidisciplinares.

A primeira edição dos Prémios, referente a 2016, distinguiu Margarida D. Amaral com uma menção honrosa. Agora, a professora do Departamento de Química e Bioquímica (DQB) e investigadora do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI) é agraciada com um prémio, pela produtividade científica dos últimos cinco anos o que na sua opinião reveste-se de muita importância, pois é o reconhecimento do trabalho de fundo que fazem de forma constante sob a forma de publicações com reconhecimento por pares.  A cientista diz ainda que “este prémio tem especial relevância por ter abrangido os confinamentos devidos à pandemia (2015-2021), os quais, apesar do muito que se disse sobre teletrabalho, foram muito produtivos”, só no ano de 2020 publicou 21 artigos.

Também Sara C. Madeira, professora do Departamento de Informática e investigadora do LASIGE - Computer Science and Engineering Research Centre recebeu uma menção na edição de 2020 destes prémios. Este ano é agraciada com um prémio na área das Ciências da Computação e Engenharia Informática.

Esta iniciativa visa premiar a atividade de investigação científica e incentivar a prática de publicação em revistas internacionais de reconhecida qualidade no âmbito de 26 áreas científicas da ULisboa, avaliada por um júri nomeado pelo Reitor. Os prémios correspondem a um subsídio no valor de 6.500€, atribuído pela CGD na sequência do protocolo existente entre ambas as instituições, com base em critérios definidos em regulamento e edital.

“É muito gratificante ver a nossa investigação em aspetos moleculares das doenças neurodegenerativas - como a doença de Alzheimer -, reconhecida com uma menção honrosa na área das Ciências Biomédicas”, diz Cláudio M. Gomes, professor do DQB Ciências ULisboa e coordenador do laboratório Protein Misfolding and Amyloids in Biomedicine (PMAB), afiliado ao polo da Faculdade do BioISI, estendendo a distinção à sua equipa e seus colaboradores, resultado na sua opinião do ambiente estimulante e das condições ótimas existentes no BioISI e na Faculdade para desenvolver investigação científica de qualidade. “Este reconhecimento impele-nos a fazer mais e melhor”, declara o cientista que já havia recebido, na edição de 2019 deste galardão, uma menção honrosa.

Para Francisco Malta Romeiras, investigador do Departamento de História e Filosofia das Ciências e do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, a atribuição de uma menção honrosa na área de História e Filosofia representa um reconhecimento da investigação que tem realizado sobre a história da ciência em Portugal, em particular sobre o ensino e prática das ciências dos jesuítas e sobre o Índex e a censura de obras de ciência pelo Tribunal do Santo Ofício. “Esta distinção é um incentivo para continuar a publicar os resultados da minha investigação em revistas internacionais de referência”, conclui o cientista que em 2020 também recebeu uma menção honrosa no âmbito destes prémios.