Crónicas em Ciências

Em busca de novos conhecimentos e soluções

30th International Carbohydrate Symposium: primeiro em Lisboa, entre 10 e 15 de julho online

Mesa com vários oradores no grande auditório da Faculdade

A sessão de abertura foi gravada na Faculdade*

Imagem cedida por APR
Guitarristas no grande auditório da Faculdade
Os guitarristas do Grupo “Três Bairros” Ricardo Gama e João Correia a tocar na sessão de abertura
Imagem cedida por APR

30th International Carbohydrate Symposium é um evento organizado pela International Carbohydrate Organisation (ICO), a qual reúne 33 países a nível mundial, nos quais se inclui Portugal. Tem início no próximo dia 10 de julho e será um evento online, que reúne especialistas de academias e empresas, investigadores e estudantes e cobre áreas de grande relevância para problemas societais em vários domínios que incluem a saúde, o ambiente e a energia. A sessão de abertura foi antecipada e presencial, tendo sido gravada em Ciências ULisboa, para ser apresentada internacionalmente no primeiro dia do simpósio.

A sessão de abertura teve um momento musical de guitarra portuguesa, por Ricardo Gama, e guitarra clássica, por João Correia, músicos que pertencem ao Grupo “Três Bairros”, e que enriqueceram a sessão com a cultura musical portuguesa.

Amélia Pilar Rauter e Yasuhiro Kajihar
Atribuição da placa de premiação do Roy L Whistler International Award in Carbohydrate Chemistry a Yasuhiro Kajihara por Amélia Pilar Rauter
Imagem cedida por APR

Durante esta sessão foram atribuídos dois prémios científicos de grande renome mundial. Yasuhiro Kajihara, da Universidade de Osaka no Japão, foi galardoado com o prémio “Roy L Whistler International Award in Carbohydrate Chemistry 2020”, pois não houve ICS2020 devido à pandemia COVID-19.

Este prémio é dado a um cientista reconhecido pelas suas contribuições de excelência no domínio da Química e/ou da Bioquímica dos Glúcidos, e que tenha a possibilidade de continuar a produzir contribuições que sejam significativas.

O prémio também tem um contributo financeiro. A lição plenária do premiado intitulada “N-Glycans on proteins” descreve o seu trabalho na área de oligossacáridos ligados a proteínas, a sua síntese e importância no enrolamento e dinâmica de proteínas.

Amélia Pilar Rauter e Daniel Kracher
Atribuição da placa de premiação do ICO Young Researcher Award a Daniel Kracher por Amélia Pilar Rauter
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O prémio “ICO Young Researcher Award” foi criado em 2014 sob proposta da representante portuguesa. Pretende incentivar os jovens investigadores e premiar o seu trabalho nas áreas da Glicoquímica e/ou Glicobiologia. Em 2020 foi atribuído  a Daniel Kracher, da Technische Universität Graz, na Áustria. A sua lição plenária intitula-se “Polysaccharide-degrading oxidoreductases” e versa a degradação de polissacáridos por oxidoreductases, enzimas que catalisam a transferência de eletrão de uma molécula dadora de eletrão para outra que é aceitadora de eletrão.

A parte social deste evento em Lisboa consistiu num jantar de confraternização no Estoril Palace Hotel, na véspera da gravação da sessão de abertura, que teve como convidados individualidades da academia e de empresas portuguesas bem como jovens investigadores e estudantes, e ainda jovens profissionais da cultura musical portuguesa.

e trio Marisa Mendonça, Silvia Marpuri e João Borges numa das suas atuações, após o jantar
Trio Marisa Mendonça, Silvia Mirpuri e João Borges numa das suas atuações, após o jantar de congraternozação
Imagem cedida por APR

Sob a direção do coreógrafo e bailarino João Borges, o trio constituído por ele, Silvia Mirpuri e Marisa Mendonça ofereceu ainda um magnífico espetáculo de dança e canto, que abrilhantou o jantar de confraternização, e sem dúvida demonstrou que “Há química na dança e arte na química!”.

No dia da gravação da sessão, o jantar foi no Chapitô, onde os convidados se deliciaram com a gastronomia típica portuguesa e com a magia e malabarismo, exemplos ilustres da dedicação de Portugal à cultura e educação circense.

A parte social foi pois concebida não só para demonstrar a importância da ligação da ciência à cultura artística, mas também para ser sentido um reconhecimento mútuo dos valores de ambas pelos seus players.

Várias pessoas posam para fotografia
Grupo de cientistas e estudantes que participaram no jantar no Chapitô
Imagem cedida por APR

Enquanto presidente da ICO aqui fica também um sincero agradecimento aos nossos sponsors, em particular à Sociedade Portuguesa de Química (SPQ), ao United States Advisory Committee for the International Carbohydrate Symposium, à Fundação Jacqueline Dias de Sousa, à Ordem dos Engenheiros Técnicos e à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém.

O 30th International Carbohydrate Symposium, excecionalmente realizado online, cobre as áreas de síntese, glicobiologia, estrutura e análise de glúcidos, polímeros de glúcidos e ciência dos materiais, novos desenvolvimentos em glicociências, glúcidos em medicina e diagnose, glicoconjugados e vacinas, sendo apresentadas as invenções e descobertas mais recentes, muitas delas relevantes para a sociedade dos dias de hoje, com problemas graves de saúde pública (doenças incuráveis), ambiente e energia. As soluções estão em curso! Lanço pois o desafio de participarem neste evento, de 10 a 15 de julho, em busca de novos conhecimentos e novas soluções.

Vários momentos durante o jantar de confraternização
Jantar de confraternização no Hotel Estoril Palace
Imagens cedidas por APR

Nota de redação referente à legenda*

Composição da mesa: Maria Soledade Santos, vice-presidente do Departamento de Química e Bioquímica, Ciências ULisboa; Adelino Galvão, secretário-geral da SPQ; Pedro Almeida, subdiretor da Ciências ULisboa; Peter Andreana, secretário/tesoureiro da United States Advisory Committee for the International Carbohydrate Symposium, University of Toledo, USA; Amélia Pilar Rauter, presidente da ICO e coordenadora do Grupo dos Glúcidos do Centro de Química Estrutural (CQE), Ciências ULisboa; Zbigniew Witczak, presidente cessante da ICO, Wilkes University, USA;  Ivone Carvalho, presidente eleita da ICO, Universidade de S. Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Brasil; Celso Reis, coordenador do Grupo dos Glúcidos da SPQ, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto; José Nuno Canongia Lopes, coordenador do CQE, Técnico ULisboa

Amélia Pilar Rauter, representante portuguesa e presidente da International Carbohydrate Organisation, coordenadora do Grupo dos Glúcidos do Centro de Química Estrutural, polo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

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Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

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A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

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Com o objetivo de sensibilizar e preparar para o risco sísmico e melhorar a qualidade de ensino da Sismologia e das Ciências da Terra em Portugal, Susana Custódio, Graça Silveira, Luís Matias e Catarina Matos desenvolveram um estudo sobre a educação para os sismos, adaptado à realidade de Portugal e a diferentes grupos etários e que foi capa de uma das edições deste ano da revista “Seismological Research Letters”.

O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

“Geography and major host evolutionary transitions shape the resource use of plant parasites” da autoria de Joaquín Calatayud, José Luis Hórreo, Jaime Madrigal-González, Alain Migeon, Miguel Á. Rodríguez, Sara Magalhães e Joaquín Horta salienta a necessidade de estudos mais globais em Ecologia.

Aos alunos deixo uma sugestão: aproveitarem as unidades curriculares para experimentarem as suas ideias e terem projetos de novas apostas tecnológicas (em Salvador, Brasil, no campus de Ondina da UFBA existe um enorme espaço, com equipamentos informáticos e professores, para que os alunos possam ser ajudados a experimentar ideias). E, com um portefólio de exemplos vem um passo seguinte: usarem pós-graduações (por exemplo, mestrados) para construírem protótipos que se vejam em feiras e exposições. As empresas vêm em seguida.

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“A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” da autoria de Elisabete Malafaia, Pedro Mocho, Fernando Escaso e Francisco Ortega descreve um exemplar ainda juvenil de um dos grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico, com cerca de 150-145 milhões de anos, e foi publicado este mês na revista “Historical Biology”.

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