FCUL no mundo

"Imperdível, enriquecedor, inesquecível"

Cedida por Pedro Mendes Pereira

Pedro Mendes Pereira é aluno do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, na FCUL. Aos 22 anos, o gosto por viajar conduziu-o à pesquisa de oportunidades Erasmus. O destino escolhido? Holanda. É lá que se encontra desde agosto de 2013, na Eindhoven University of Technology.

No país que o acolheu, identifica diversas oportunidades de trabalho nas áreas da ciência, bem como reconhece o apoio dado a estudantes, investigadores e professores.
Regressar ou ficar? É uma questão sem resposta pronta. Por agora, aproveitar a experiência a diferentes níveis é a certeza que o acompanha.

Para mais informações sobre este tipo de iniciativa, os estudantes da FCUL podem sempre contactar o Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional - internacional@fc.ul.pt - , onde encontram oportunidades além-fronteiras e, assim,podem optar por embarcar numa experiência rica em aprendizagens.

Conheça os pormenores da experiência do estudante Pedro Mendes Pereira na entrevista a seguir apresentada.

FCUL - O que despertou o interesse em ter uma experiência além-fronteiras?

Pedro Mendes Pereira (PMP) - O desejo surgiu pela experiência de viajar e o gosto que tenho em fazê-lo, de conhecer outras realidades. Isto não se faz num fim de semana ou numa semana, em que apanhamos um avião e vamos para Madrid, Londres ou Paris. O Erasmus dá ao estudante a oportunidade de viver uma temporada longe da sua zona de conforto, com tudo o que tem de bom e de mau. Só assim podemos compreender de facto a realidade que nos acolheu. Para além disso, a situação do país teve também um papel importante na decisão. Portugal vive um momento mau mas que pode vir a ser o melhor que lhe aconteceu, compete-nos a nós gerações mais jovens virar as dificuldades a nosso favor. Como? Buscando em outras sociedades o que se faz de melhor e aplicando-o no nosso país. Não é fácil, mas Roma não se fez num dia. Claro que o apoio que os governantes dão atualmente à investigação científica e à indústria em Portugal não é suficiente. Mas oportunidades aparecem para todos, há que saber aproveitá-las. O mundo vive hoje os primeiros efeitos da globalização e todos podemos fazer algo pelo nosso país mesmo estando fora.

FCUL - A quem recorreu, dentro da FCUL e fora dela, para pedir informações e/ou conselhos sobre este assunto?

PMP - Recorri à família, a amigos com experiências fora do país e aos professores. Os professores são, na minha opinião, pessoas com um papel fundamental nesta questão. Mais do que por vezes eles próprios se apercebem. Uma conversa entre um aluno e um professor sobre estudar fora, uma conversa de cinco minutos, pode influenciar a vida do aluno para sempre. No meu caso, a conversa não durou sequer cinco minutos e um email tornou tudo mais facilitado.


Fonte: Cedida por Pedro Mendes Pereira
Legenda: Ao longo da sua estadia, o aluno da FCUL recebeu a visita de amigos portugueses

FCUL - Sempre soube para onde ir nesta aventura ou a incerteza quanto ao destino também fez parte do roteiro?

PMP - A incerteza faz parte do roteiro. Obviamente que sabia para onde não queria ir. Ficar na Europa era uma certeza, sobretudo por questões económicas. 

FCUL - Porquê estudar fora do país?

PMP - É um desafio. A língua é diferente, os métodos de aprendizagem também. Acho que é enriquecedor a todos os níveis e dá uma versatilidade enorme a quem o faz expondo a pessoa a uma forma diferente de ver as mesmas coisas.

FCUL - Como descreve o país que o acolheu?

PMP - A Holanda é um país calmo no seu dia-a-dia. É maravilhoso deslocarmo-nos de bicicleta para todo o lado. Há muita harmonia no ar. Não é um país perigoso, de todo, pelo menos que o tenha sentido até agora. Apenas uns roubos de bicicletas. Existem inúmeras oportunidades de trabalho aqui. Falo em relação às áreas da Engenharia e Arquitectura em particular mas também à ciência em geral. O apoio é grande, há investimento nestas áreas e isso torna os estudantes, os investigadores e os professores mais valorizados do que em Portugal.

FCUL - Como é o dia-a-dia do estudante no local onde se encontra?

PMP - Estudar, viajar e festejar.

FCUL - Escolha três palavras que caracterizem a sua experiência.

PMP - Imperdível, enriquecedor, inesquecível.

FCUL - Há alguma situação engraçada ou que o tenha marcado, por qualquer outra razão, que queira destacar?

PMP - No primeiro dia houve uma situação muito curiosa. Todos nós temos um respeito enorme pelos professores e, talvez por isso, o distanciamento entre aluno e professor seja tão grande na maior parte das vezes. Não quer dizer que aqui não exista, mas a formalidade do primeiro dia quebrou-se ao fim do dia num dos bares da universidade partilhando umas belas imperiais com um dos mais respeitados professores daqui.


Fonte: Cedida por Pedro Mendes Pereira
Legenda: "Estar atento e fazer amigos é fundamental. Sobretudo divertirem-se e aproveitarem ao máximo a experiência, o que ela tem para oferecer!", enfatizou o aluno da FCUL

FCUL - De que tem mais saudades longe de terras lusas?

PMP - Família, amigos e de ver os jogos do SL Benfica em HD.

FCUL - Que importância julga ter a experiência Erasmus no percurso académico e profissional de quem a teve?

PMP - Pode decidir o nosso futuro a curto prazo. Uma oportunidade de trabalho pode surgir. No futuro pode ser decisivo para perceber se queremos trabalhar fora e se estamos preparados para tal.

FCUL - Julga que este marco na sua vida terá influência na sua vida profissional futura?

PMP - Certamente. É uma experiência que nos irá acompanhar para sempre.

FCUL - Qual a importância de ter uma experiência além-fronteiras no contexto da área científica que estuda?

PMP - Enorme. A ciência faz-se em todo o lado, não nos podemos centrar apenas no que se passa em Portugal.


Fonte: Cedida por Pedro Mendes Pereira
Legenda: Pedro está desde agosto de 2013 a estudar na Eindhoven University of Technology

FCUL - Que diferenças encontra na forma como é encarada a ciência aí e em Portugal?

PMP - Não encontro diferenças em relação a quem a pratica. Em relação a quem a gere, as diferenças passam sobretudo pela muito maior valorização que aqui é dada aos recursos humanos e materiais e consequentemente ao maior investimento disponibilizado para infraestruturas na área de I&D.

FCUL - O que irá trazer na bagagem de regresso para Portugal?

PMP - Bolachas, queijo, chocolates e saudades, muitas.

FCUL - Que conselhos deixa aos colegas que queiram ter uma experiência Erasmus e àqueles que ainda têm dúvidas?

PMP - Vão, é importante sair da zona de conforto principalmente enquanto somos jovens.


Fonte: Cedida por Pedro Mendes Pereira
Legenda: Para além do tempo dedicado ao estudo, Pedro aproveita para conviver com os colegas de Erasmus - Texel, norte da Holanda

FCUL - Que dicas lhe dá caso queiram embarcar nesta aventura?

PMP - Escolham bem o sítio para onde vão, em relação ao que pretendem para o vosso futuro e à área em que estão a estudar. Encontra-se de tudo. Boas e más pessoas. Estar atento e fazer amigos é fundamental. Sobretudo, divertirem-se e aproveitarem ao máximo a experiência, o que ela tem para oferecer!

FCUL - Que verbo julga vir a aplicar quanto ao seu futuro próximo: ficar no país de origem ou regressar ao estrangeiro?

PMP - É uma questão difícil de responder neste momento. Estou a realizar a minha tese de mestrado fora e perspetiva-se que várias portas se possam abrir para mim. Gostaria de tentar estabelecer-me em Portugal depois de terminar este período, mas sei que depois desta experiência a minha abertura para regressar ao estrangeiro será também completamente diferente, muito maior do que antes de vir. As barreiras e dificuldades que todos sentem ao início foram experienciadas e ultrapassadas, um possível regresso seria pouco mais do que “normal”.

Raquel Salgueira Póvoas
info.ciencias@fc.ul.pt

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

O programa CSA (community supported agriculture) refere-se a uma comunidade de produtores e consumidores que partilham os benefícios e os riscos da produção numa inspiradora experiência de responsabilidade conjunta em torno do alimento. 

“Estes programas de bolsas e estímulos são muito importantes para os alunos que, como eu, ambicionam tornar-se investigadores”, declara o aluno de Ciências, um dos vencedores da edição 2016/2017 do prémio Novos Talentos em Matemática, da Fundação Calouste Gulbenkian.

Raquel Conceição, chair da Ação MiMed-TD1301 e Pedro Almeida, um dos representantes nacionais da Ação COST FAST, participaram no “Portugal in the Spotlight”. Os professores de Ciências deram a conhecer o sucesso das ações COST em que estão envolvidos, participando ainda no debate “Making the added value of networking tangible. The Portuguese perspective".

A Faculdade visita escolas secundárias há 19 anos e em parceria com a empresa Inspiring Future, desde 2014, por forma a divulgar a sua oferta formativa. Este ano letivo foram agendadas 95. Até agora Ciências já esteve em 56 escolas, após as férias escolares irá visitar mais 39.

A história ensinou-nos que quem faz a língua é quem a fala e escreve e estou em crer que todos estes e muitos outros termos, goste-se ou não, vieram para ficar.

Bruno Carreira, doutorado em Biologia por Ciências e atualmente investigador de pós-doutoramento no cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é o vencedor da edição de 2016 do Prémio Fluviário de Mora - Jovem Cientista do Ano.

Quando Leibniz e Newton se enfrentaram no século XVII, sobre a origem do Cálculo, criaram um espaço para exercerem o contraditório, argumentando e criticando, em defesa dos seus argumentos. Esse exercício chama-se controvérsia (debate ou polémica), considerada por muitos como a máquina do progresso intelectual e prático. Cada um dos lados apresenta a sua explicação (causa) das suas razões, como factos (pro ou contra), e os quais sustentam e justificam a sua posição.

Ciências participou no Google Hashcode 2017. Das 12 equipas concorrentes, cinco resolveram corretamente os desafios de programação, numa maratona marcada, segundo os participantes, pela aquisição de competências e boa disposição.

Maria Amélia Martins-Loução, investigadora do cE3c e professora do DBV Ciências, é a nova presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A 3.ª corrida de carros movidos a energia solar conta com a participação de 30 pilotos e dez carros construídos por alunos dos ensinos secundário e universitário.

“Estou a adorar a minha experiência académica. Ao estar no ramo da Matemática, consegui desenvolver algumas softskills, tais como a organização, a atenção ao detalhe, a capacidade para questionar e o rigor”, declara Diogo Ramalho, campeão nacional universitário de Taekwondo e aluno de Matemática de Ciências.

“Chocolate – do laboratório à fábrica” é uma das 159 palestras apresentadas por professores, cientistas a pedido das escolas secundárias.

No programa Novos Talentos em Matemática, edição 2016/2017, da Fundação Calouste Gulbenkian, foram distinguidos três alunos de Ciências. Desta vez, entrevistamos a aluna do 3.º ano do curso de Matemática de Ciências, Isabel Nobre.

Uma circulação de vento entre o equador e os polos foi detetada em ambos os hemisférios de Vénus pela primeira vez, e poderá contribuir para explicar a superrotação da atmosfera deste planeta, segundo estudo liderado por Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaçoe professor do Departamento de Física de Ciências.

No filme “The man who knew infinity” (sobre a colaboração de Ramanujan com Hardy em Cambridge, Reino Unido) aborda-se a resolução de problemas e a discussão do recurso à intuição. O terreno da Matemática é o escolhido, tal como no problema de Kadinson-Singer (sem resolução durante 50 anos), e onde se trata da reconciliação da Física Quântica com a Matemática (Marcus, Spielman e Srivastava, 2015).

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