“É preciso mostrar que a Matemática tem beleza e interesse”

Dia Internacional da Matemática em CIÊNCIAS 2025

Sala com alunos e jornalistas do Portugal em Direto

O Portugal em Direto da RTP esteve presente no “O Jardim Matemático desafia-te!”

DCI CIÊNCIAS

Cerca de 250 pessoas participaram nas várias atividades realizadas no Dia Internacional da Matemática em CIÊNCIAS 2025, o Dia do Pi, comemorado a 14, 15 e 19 de março.

Eva Jackson inscreveu-se a si e aos filhos de nove, sete e cinco anos nesta iniciativa porque um deles gosta muito desta disciplina e para que tivessem uma boa experiência. O que mais gostaram foi do diagrama de Voronoi.

“Gostei de tudo e estou muito interessada em mostrar aos filhos e netos tudo o que aprendi”, conta Maria Helena, de 83 anos, da Universidade Sénior da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa.

Nicole Soledade, estudante do 8.ª ano do Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso, em Alverca do Ribatejo, visitou pela primeira vez a Faculdade. “Interesso-me muito por Matemática. É uma área que gosto de estudar e trabalhar”, diz. Para Ana Coelho, coordenadora do Departamento de Matemática deste agrupamento, “esta experiência contribuiu para uma vivência única e os nossos alunos ficaram profundamente motivados e inspirados. Iniciativas como esta são fundamentais para o despertar do interesse pela Matemática e pela Ciência em geral”.

Professora Maria Manuel Torres com participantes do Dia Internacional da Matemática
Maria Manuel Torres explicou em que consiste o diagrama de Voronoi
Fonte DCI CIÊNCIAS

Para a professora Maria Manuel Torres é importante celebrar este dia porque “a Matemática em Portugal ainda continua a ser uma disciplina pouco amada. É preciso mostrar que a Matemática tem beleza e interesse”. O objetivo da sessão foi mostrar que a Matemática está em coisas tão fora do comum, como as plataformas de streaming. “Expliquei o algoritmo que essas plataformas usam para nos dar os filmes. Mostrei que era um conceito matemático bastante simples. Expliquei esse conceito - o diagrama de Voronoi -, e que se aplica na arquitetura, no design das cidades e até na agricultura. O diagrama de Voronoi corresponde a uma pavimentação do plano e aparece em asas de borboletas, nas manchas das tartarugas e girafas, nos peixes e folhas. Existem estas estruturas matemáticas, que a natureza já utiliza e que também nós utilizamos para otimizar os recursos, neste caso, informáticos”, esclarece.

Enzo Gouveia é aluno de Física e teve conhecimento do “O Jardim Matemático desafia-te!” pela professora de Cálculo. “Estou a divertir-me e os problemas são muito interessantes e fazem-me pensar. A Matemática é um ramo muito importante da ciência e está sempre presente no nosso dia-a-dia”, refere.

Professora Ana Rute Domingos com participantes do Dia Internacional da Matemática
Para Ana Rute Domingos as pessoas devem ter uma relação saudável com a Matemática para que possam ser cidadãos socialmente competentes
Fonte DCI CIÊNCIAS

O Jardim Matemático tem sessões com várias tipologias, nesta os participantes trabalharam o raciocínio matemático, com problemas do dia-a-dia, em que não é preciso usar conceitos matemáticos sofisticados. O Portugal em Direto da RTP também esteve presente e conversou com a professora Ana Rute Domingos e com Vicente Pinto, aluno do 1.º ano de Matemática. Para Ana Rute Domingos é importante comemorar este dia porque “a Matemática continua a ser um bicho papão”. Na sua opinião, as pessoas devem ter uma relação saudável com esta área do saber, para que possam ser cidadãos socialmente competentes. “É preciso trabalhar a Matemática de forma diferente e desmistificá-la”, conclui.

As celebrações incluíram ainda outras atividades: as Jornadas de Matemática e "Matemática: razão e emoção".

Crianças numa sala
Cerca de 250 pessoas participaram nas várias atividades do Dia Internacional da Matemática em CIÊNCIAS
Fonte DCI CIÊNCIAS

Ana Subtil Simões, Gabinete de Imprensa da DCI CIÊNCIAS
alsimoes@ciencias.ulisboa.pt

A União Europeia das Geociências atribui anualmente um prémio que reconhece atividade científica de exceção a nível mundial, realizada por cientistas desta área na fase inicial da carreira. Este galardão foi atribuído pela primeira vez a um investigador a trabalhar em Portugal. João Duarte é investigador do Instituto Dom Luiz e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e recebeu este prémio pelo seu trabalho na área da Geologia Marinha e Tectónica, bem como pela sua atividade na área da divulgação científica. 

Nos próximos cinco anos, Sara Magalhães vai explorar um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro-aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate, no âmbito do projeto “COMPCON - Competição sob construção do nicho”, com início previsto para maio de 2017 e desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Montpellier, em França.

Aplicações médicas e industriais a partir de organismos que produzem bioadesivos... Sim, é possível. No âmbito de uma Ação COST, a Rede Europeia de Especialistas em Bioadesão, trabalha para criar novos produtos.

O tempo tem demonstrado ser possível avançar na criação de mais e melhores condições de equidade para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Mas este é um desafio permanente para as instituições de ensino, como também o é para cada um de nós e a cada momento, num permanente processo de implicação pessoal em prol de algo que tanto prezamos: a igualdade de oportunidades.

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O 11.º Dictum et factum é com Aurora Sardinha, assistente técnica do Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências.

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O décimo Dictum et factum é com Fernando Lopes, coordenador do Gabinete de Apoio à Investigação da Direção de I&D de Ciências.

Com o objetivo de sensibilizar e preparar para o risco sísmico e melhorar a qualidade de ensino da Sismologia e das Ciências da Terra em Portugal, Susana Custódio, Graça Silveira, Luís Matias e Catarina Matos desenvolveram um estudo sobre a educação para os sismos, adaptado à realidade de Portugal e a diferentes grupos etários e que foi capa de uma das edições deste ano da revista “Seismological Research Letters”.

O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

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