Expedição South Atlantic Transect II

Olhar para trás o futuro

Investigadora do IDL Ciências ULisboa a bordo do JOIDES Resolution

Alina Shchepetkina com outra investigadora

O trabalho de Alina Shchepetkina incide em sondagens recolhidas de milhares de metros de profundidade no fundo do oceano

IODP 393
Investigadora com outro colega
A expedição South Atlantic Transect II (IODP 393) zarpou a 11 de junho de 2022 da Cidade do Cabo, na África do Sul, e tem uma duração de 61 dias
Fonte IODP 393

Alina Shchepetkina, investigadora do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa, em vez de usufruir da beleza natural das praias portuguesas prefere passar o verão a estudar a história do planeta a bordo do famoso navio de investigação paleooceanográfica JOIDES Resolution, uma atividade inserida num projeto internacional, com a duração de dois meses, e que visa a obtenção de sondagens oceânicas no Atlântico Sul.

Alina Shchepetkina é sedimentóloga e iconóloga, isto é, estuda as características dos sedimentos e processos associados à sedimentação e das marcas fósseis da atividade dos organismos deixadas no registo sedimentar, respetivamente.

A expedição South Atlantic Transect II (IODP 393) zarpou a 11 de junho de 2022 da Cidade do Cabo, na África do Sul, e tem uma duração de 61 dias. A equipa a bordo tem cientistas de várias partes do globo na expectativa de obter respostas para algumas questões apaixonantes e relacionadas com alterações nos ambientes da Terra durante os últimos 61 milhões de anos.

O trabalho de Alina Shchepetkina incide em sondagens recolhidas de milhares de metros de profundidade no fundo do oceano, no âmbito do International Ocean Discovery Program (IODP) -, uma iniciativa que inclui a maior parte da investigação realizada em domínio oceânico profundo (equivalente à NASA para os estudos do espaço), financiado pela National Science Foundation (NSF) dos EUA em colaboração com mais outras 22 nações, incluindo Portugal.

Esta expedição é fundamental para o entendimento do sistema terrestre como um todo, incluindo as interações entre a litosfera, a hidrosfera, a criosfera, a atmosfera e a biosfera. Nesta expedição, a equipa científica pretende estudar amostras de sondagens profundas de seis locais localizados no bordo ocidental do rifte médio atlântico, a profundidades da coluna de água que variam entre os três e os cinco quilómetros e em sedimentos com idades de até 61 milhões de anos. Estes dados deverão permitir colmatar o conhecimento deste sector da crusta oceânica em termos de idade e velocidade de alastramento do fundo oceânico, assim como dos processos geoquímicos e hidrotermais que nele ocorrem.

A missão de Alina Shchepetkina consiste em estudar a cobertura sedimentar deste sector da crusta oceânica, nomeadamente, estudar como é que as faunas marinhas bentónicas que vivem no fundo têm respondido às alterações paleoceanográficas, através do tipo e natureza das marcas da sua atividade biológica [trilhos, galerias, cavidades (denominados como icnofósseis)].

trabalhadores a bordo do navio
A equipa científica pretende estudar amostras de sondagens profundas de seis locais localizados no bordo ocidental do rifte médio atlântico, a profundidades da coluna de água que variam entre os três e os cinco quilómetros e em sedimentos com idades de até 61 milhões de anos
Fonte IODP 393

No caso de muitos destes animais o seu registo fóssil está representado apenas por este tipo de marcas preservadas no registo sedimentar. Informações detalhadas sobre a sua morfologia, dimensão, organização e distribuição permite aos iconólogos conhecer o comportamento animal nomeadamente em termos de estratégias de alimentação em resposta a vários parâmetros ambientais, tais como, oxigenação junto ao fundo, salinidade, correntes, natureza e consistência do substrato, taxa de sedimentação, teor em matéria orgânica, etc..

Outros detalhes e informações sobre as missões IODP no Facebook e Twitter.

Com esta expedição, Alina Shchepetkina espera adquirir um melhor conhecimento do modo como as comunidades endobentónicas responderam a eventos passados de alterações climáticas, semelhantes ou mais severos do que os atuais. Parafraseando um filme famoso -  looking back into our future! -, a sua investigação permitirá olhar para trás o futuro.

IDL com GJ Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

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O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

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O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

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