Ismael Tereno

Investigador Português participa no planeamento de telescópio da NASA

Telescópio Nancy Grace Roman, da NASA.

Telescópio Nancy Grace Roman, da NASA.

NASA's Goddard Space Flight Center

O telescópio espacial Roman tem uma contribuição da Agência Espacial Europeia, que selecionou para uma das comissões do consórcio norte-americano um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço pela sua experiência no Consórcio Euclid.

Nancy Grace Roman é uma missão da NASA que irá, a partir de 2027, rastrear o Universo na luz infravermelha de modo a explorar a sua estrutura e processo de expansão, mas também procurar planetas tão pequenos quanto Marte na região do bojo da nossa galáxia. A Agência Espacial Europeia (ESA) contribui para o telescópio espacial Roman e selecionou Ismael Tereno, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e de CIÊNCIAS, para integrar uma das comissões técnicas.

Foto de Ismael Tereno.
Ismael Tereno, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço em CIÊNCIAS.

Esta comissão irá definir a estratégia de observação de um dos três rastreios do céu previstos no programa de observações desta missão espacial, o High Latitude Wide Area Survey, ou “rastreio de campo amplo e elevada latitude” (latitude galáctica). Este campo irá privilegiar zonas perto dos polos do disco galáctico, menos “contaminadas” pela estrelas da Via Láctea e mais propícias para observar o espaço profundo. Ismael Tereno é o único europeu na comissão e o único português de uma instituição portuguesa envolvido neste futuro telescópio norte-americano.

Ismael Tereno é também o líder da equipa de apoio às operações do rastreio do telescópio Euclid, missão espacial da ESA em que participa há mais de dez anos como co-coordenador nacional e com a qual a missão Nancy Roman partilha alguns dos objetivos científicos. Fruto dessa experiência, Tereno tem uma visão abrangente da ciência e da técnica de rastreios a partir do espaço.

“O tempo total da missão Nancy Roman são cinco anos divididos em quatro partes de pouco mais de um ano – os três rastreios e mais um período em que fica aberto como observatório, executando observações pedidas”, explica Ismael Tereno. “Os detalhes de cada um dos três rastreios do Roman estão ainda em aberto. Houve um pedido à comunidade científica para enviar propostas de casos de ciência a que o telescópio poderia responder, tendo em conta as suas características e as do rastreio. O primeiro trabalho desta comissão foi ler as cerca de 100 propostas recebidas.”

Tal como o Euclid, o telescópio Roman vai produzir catálogos com muitos objetos, úteis para muitas áreas da astrofísica, o que se reflete nas propostas enviadas, que consideram o High Latitude Wide Area Survey como uma oportunidade para estudar a estrutura do Universo através de lentes gravitacionais3, aumentar o conhecimento sobre a energia escura, a estrutura da matéria escura, a evolução das galáxias, a população estelar, ou, na nossa própria galáxia, corpos mais pequenos do que as estrelas, como anãs castanhas, e ainda corpos menores no sistema solar, como cometas e objetos transneptunianos. 

Considerando estas contribuições, a comissão entrega neste mês um relatório com as recomendações para a estratégia de observação do rastreio High Latitude Wide Area Survey, definindo características como a sua área, profundidade e filtros a utilizar. Este relatório será um dos elementos que fundamentará a distribuição de tempos para os diferentes tipos de observações a serem realizadas pelo Roman.

Ismael Tereno faz parte do grupo de trabalho que está a definir a região do céu e a área deste rastreio. “Há muitos aspetos da experiência que tive com o rastreio do Euclid que são úteis para o Roman. Há informação que é pública, mas é sempre mais fácil estar em contacto com uma pessoa que conhece os detalhes do que procurar essa informação num website.”

Mosaico de observações já realizadas pelo telescópio espacial Euclid no âmbito do seu rastreio do céu durante seis anos. O telescópio Roman fará rastreios semelhantes mas em áreas mais localizadas e na luz infravermelha.
Mosaico de observações já realizadas pelo telescópio espacial Euclid no âmbito do seu rastreio do céu durante seis anos. O telescópio Roman fará rastreios semelhantes mas em áreas mais localizadas e na luz infravermelha. Fonte  ESA/Euclid Consortium

Em alguns objetivos científicos, o telescópio Roman complementa o Euclid. Terá um espelho maior, o que lhe dará maior poder coletor do que o Euclid, mas tem um campo de visão mais pequeno. Irá observar com grande resolução no infravermelho, enquanto que a grande resolução das imagens do Euclid é na luz visível. Outra diferença é que irá observar várias vezes algumas regiões do céu, o que permitirá detetar fenómenos temporários, como as supernovas (explosões no final de vida de certas estrelas). As supernovas são essenciais para sondar o ritmo a que o Universo se expandiu ao longo da sua história.

O lançamento está previsto para maio de 2027, e o telescópio será posicionado na mesma região do espaço onde estão o Euclid e o telescópio espacial James Webb, um dos pontos de estabilidade gravítica em órbita do Sol, atrás da Terra, o ponto de Lagrange L2.

Grupo de Comunicação de Ciência do IA, com DCI CIÊNCIAS
dci@ciencias.ulisboa.pt

Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

Teresa Graça Costa Antunes Pereira da Costa, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal (DBV) e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 69 anos, no dia 23 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Novo estudo demonstra pela primeira vez que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados no mundo para avaliar a “saúde” dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram.

A 7.ª cadeira funcionou pela primeira vez no ano letivo de 1840/1841, caracterizando-se pela abordagem histórico-natural das matérias lecionadas que pouco se modificaram ao longo dos anos.

O ESNF2017 é o primeiro simpósio europeu dedicado apenas ao tema nanofluidos. Os organizadores pretendem que este momento fomente a colaboração entre cientistas, engenheiros e empresas.

Está a nascer um laboratório vivo de permacultura (PermaLab) na FCUL, uma zona que convida a implementação de projetos propostos pela permacultura e sua monitorização com metodologias científicas.

Maria Isabel Cordeiro Sevinate Pinto Rebelo Lopes, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 67 anos, no dia 12 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2017 é com Ânia Finuras, bolseira de gestão da Área de Comunicação e Imagem de Ciências.

Adaptar para a mudança. Este foi o lema do AdaptForChange, um projeto que teve início em abril de 2015 e que ao longo de quase dois anos contribuiu para um conhecimento profundo do estado das florestas do Alentejo e que culminou com o desenvolvimento do Plano de Adaptação de Mértola às Alterações Climáticas, a implementar nos próximos anos.

Cerca de 2783 árvores, arbustos e herbáceas vão ser plantados no Estádio Universitário, até ao próximo mês de março.

O recente falecimento abre mais uma lacuna na geração dos cientistas e professores que muito contribuíram para o desenvolvimento da Química em Portugal.

Maria Inês Correia Gonçalves Macias Marques, professora aposentada da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu aos 79 anos, no dia 1 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Inseridos no Programa de Atividades Conjuntas, do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização , o IBEB e o BioISI de Ciências – em conjunto com outros grupos nacionais -, vão explorar o conhecimento acerca do cérebro.

O grupo de investigadores da Masaryk University, na República Checa; da Mykolas Romeris University, na Lituânia; das universidades Politécnica de Madrid e de Oviedo, em Espanha; do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e do Instituto Dom Luiz analisaram a evolução da temperatura nas dez estações da Península Antártica desde o início da década de 1950 até 2015.

Através de trabalho de campo detalhado na ilha de Santa Maria, nos Açores, investigadores descobriram elementos importantes para a compreensão da origem e evolução de ilhas vulcânicas.

O projeto RESISTIR iniciou-se em abril deste ano e visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O ClimAdaPT.Local coordenado pelo grupo CCIAM do cE3c chegou ao fim.

Ciências é oficialmente membro associado do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas. Para além disso, em 2017 a sede vai ficar mais próxima dos cientistas desta instituição.

No ensino universitário normal o aproveitamento/rendimento escolar é também motivo de preocupação em muitos países europeus, embora existam países onde esse rendimento se aproxima dos 100%. Em termos económicos, facilmente se percebe que quanto maior for a taxa de aprovação dos alunos, menor a desistência e a reprovação, mais justificadas estão as verbas públicas  (provenientes dos impostos) que o Estado investiu no sector da educação.

“Os valores associados ao desporto são complementares aos que são necessários para o sucesso académico”, diz Matilde Fidalgo, aluna de Ciências e jogadora de futebol da seleção feminina portuguesa.

Antes de se aposentar em 2014 a Ana Monteiro trabalhou na Biblioteca da FCUL durante alguns anos. Ontem, dia 15 de dezembro, faleceu.

Teve lugar a 27 de outubro no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa (ULisboa) o lançamento oficial do Colégio de Química, o primeiro colégio da ULisboa aprovado na área das Ciências Exatas.

O aumento da temperatura da água leva anfíbios omnívoros a adotar uma dieta mais herbívora. De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas, “esta é a primeira vez que é estudada em vertebrados a assimilação de dietas mais ou menos ricas em proteínas em função da temperatura”.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O último Dictum et factum de 2016 é com Paulo Silva, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

O QTLeap—Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches chega ao fim, mas a investigação em tradução automática continua. Leia a curta entrevista com António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências e coordenador deste projeto, iniciado em novembro de 2013.

Páginas