“Rota das Vocações de Futuro"

Alunos EPIS experimentam profissões na FCUL

No passado dia 3 de julho, pela 2.ª vez, a FCUL abriu as portas dos seus laboratórios e departamentos a alunos apoiados pela Associação de Empresários pela Inclusão Social (EPIS), em mais uma “Rota das Vocações de Futuro”.

O programa de combate ao insucesso e abandono escolar nasceu de forma curiosa, tal como explicou a professora Deodália Dias, coordenadora do projeto na FCUL: “De manhã estava a ouvir a SIC Notícias para ver se ia chover ou não e eis que ouço um miúdo, durante uma entrevista, a dizer que queria ser biólogo marinho. Depois de dar um pouco mais de atenção à notícia percebi que havia uma associação que se preocupava em desenhar percursos escolares. Pareceu-me interessante, telefonei para a SIC para convidar o rapaz a vir até à nossa Faculdade e acabou por vir não só um, mas uma turma inteira!”.

Assim se iniciou esta descoberta pelo mundo das profissões que o diretor-geral da EPIS, Diogo Simões Pereira, destaca como sendo “um estímulo para descobrir as motivações dos jovens, aquilo que mais gostam e menos gostam, e uma ajuda para que possam encarrilar por uma vocação. Sobretudo quando estão no 9.º ano, altura em que têm de fazer a primeira escolha”.

Dos 2000 alunos ajudados pela EPIS ao longo do ano, 50 destacaram-se pela recuperação das suas notas académicas e foram premiados com uma passagem por diversas empresas e instituições durante a primeira semana de julho, sendo a FCUL uma das primeiras paragens.

Para receber os 50 alunos da associação EPIS vindos de norte a sul do País, nesta aventura pelo mundo das profissões, estiveram presentes, numa sessão de boas-vindas, os dirigentes da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Ciências. Ambos quiseram transmitir uma mensagem de incentivo e apoio aos jovens que começaram a dar os primeiros passos na construção de um futuro sustentável.

Professora da FCUL orienta alunos durante uma experiênciaFonte: FCUL
Legenda: Na Química os alunos experimentaram os "Jardins de Sílica" e o "Pega monstros"

António Sampaio da Nóvoa, reitor da UL, referiu que “apesar das muitas dificuldades que existem não há nada que substitua o conhecimento. Uma boa formação, um bom conhecimento, uma boa preparação dão-nos uma capacidade de conseguir agarrar oportunidades, construir carreiras, de conseguir abrir e ver coisas que os outros não veem”. Por sua vez, o diretor da FCUL, J. M. Pinto Paixão, realçou a importância que a Faculdade tem dado a este tipo de atividades: “Faz parte da tradição da FCUL ter uma grande ligação às escolas, achamos fundamental despertar o gosto pela ciência, mas também consideramos importante conhecer a realidade dos alunos que podem vir a ser os nossos estudantes no futuro. Queremos olhar e perceber quem é a população jovem, como está preparada”.

Depois das mensagens serem transmitidas, a aventura começou de forma divertida com a apresentação do “Circo Matemático”. Uma atividade lúdica e, ao mesmo tempo, educativa que faz desta disciplina o ponto de interação entre monitores e alunos.

De diferentes idades e vindos de vários pontos do País, em comum estes alunos tinham a vontade de aprender e contrariar o passado de insucesso escolar pelo qual passaram, como é o exemplo de Paula, uma jovem de 13 anos a frequentar o 8.º ano: “Portava-me muito mal, o 1.º e 2.º período não correram nada bem. Depois, com a ajuda dos psicólogos, professores, pais e EPIS, fui-me portanto melhor, bem melhor! Consegui superar notas que nunca tinha conseguido, de sete negativas no 1.º período passei para quatro e acabei o 3.º período com duas. Agora é preciso continuar a lutar para alcançar objetivos!”.

E foi com esta mesma força de vontade que todos os alunos seguiram para os departamentos, e respetivos laboratórios de Matemática, Biologia, Química e Bioquímica. Em cada área, foram muitas as atividades que puderam experimentar.
Aluna mexe em material do laboratório de Química
Fonte: FCUL
Legenda: "Foi uma grande oportunidade para aprender coisas novas e esclarecer dúvidas quanto ao futuro", comentou um dos participantes

A 1.ª paragem fez-se no Departamento de Matemática. Aqui, os alunos realizaram jogos inseridos na atividade “Descobre a Matemática que anda por aí” e desvendaram os antepassados da disciplina através da exposição “O Cálculo de Ontem e de Hoje”.

Sofia, estudante de Biologia e uma das monitoras a apoiar as atividades, mostrou-se bastante satisfeita com a sua contribuição no projeto., “É sempre bom ter alguém mais novo para mostrar que isto, afinal, é divertido. Pensar que eles vêm para cá, através do nosso contributo, é ótimo!”, concluiu.

Para um dos alunos EPIS que até não gostava muito de Matemática esta foi “uma grande oportunidade para aprender coisas novas e esclarecer dúvidas quanto ao futuro”. Na Biologia, outros colegas puderam conhecer diferentes insetos e até répteis, que antes só haviam sido vistos na realidade distante da televisão ou da Internet. “Aprendi que há muitos insetos e que se podem conservar!”, referiu a esse propósito outro estudante vindo do Porto.

Após estas ações, seguiram-se outras, como aquela em que os alunos puderam apanhar borboletas no relvado da Cidade Universitária; ou o momento em que ouviram as músicas tocadas pela banda “Cherry Jam”.

“Pega Monstros”, "Jardins de Sílica", “Faz chuva ou faz sol”, “Azul fugitivo” foram as experiências finais, realizadas no laboratório de Química. Atenta à forma minuciosa com que os monitores trabalhavam as substâncias do laboratório, Diana, de 13 anos, comentou: “Um dia até posso explicar aos meus colegas como se fazem todas estas coisas novas!”.

Raquel Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
Flávio Gomes Oliveira a verificar se as armadilhas capturaram algum musaranho

Flávio Gomes Oliveira, doutorando do programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais, é um dos autores de um estudo publicado em outubro na Behavioral Ecology, cujos resultados integram a sua tese de doutoramento. Nesta entrevista o jovem investigador faz um balanço dos primeiros anos do doutoramento e deixa conselhos para quem quer seguir esta área.

Musaranho-de-dentes-brancos a ser devolvido à natureza

Um estudo realizado em Lisboa por um grupo de investigadores do CESAM, polo da Ciências ULisboa e da Universidade Adam Mickiewicz de Poznań, na Polónia, detetou diferenças substanciais no comportamento e metabolismo dos musaranhos-de-dentes-brancos que ocorrem na capital portuguesa, quando comparados com indivíduos provenientes de áreas naturais.

Emmanuelle Charpentier e a Jennifer Doudna

Este ano, o Prémio Nobel da Química foi atribuído às cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna pelo "desenvolvimento de um método de edição do genoma", denominado CRISPR/Cas9. Leia o artigo da autoria de Lúcia Santos e Madalena Pinto, estudantes de doutoramento no polo da Faculdade do BioISI e Federico Herrera, professor do Departamento de Química e Bioquímica e investigador do BioISI.

Chuva intensa

Um estudo publicado na Nature Communications revela um aumento significativo da quantidade de humidade proveniente das regiões fornecedoras de água precipitável, água transportada até aos continentes pelos chamados rios atmosféricos (ARs).

Logotipo dos Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos 2019

A cerimónia de entrega dos Prémios Científicos ULisboa/CGD 2019 estava prevista para 20 de outubro, na Reitoria da ULisboa, mas face à evolução da pandemia da COVID-19 e na sequência da resolução do Conselho de Ministros emitida recentemente, a cerimónia será adiada para data a anunciar quando as condições de segurança estejam novamente reunidas. Das 30 distinções desta última edição, cinco são para professores e investigadores da Ciências ULisboa.

Roger Penrose, Reinhard Genzel e Andrea Ghez

O Prémio Nobel da Física 2020 distingue um dos teóricos mais distintos dos últimos 60 anos, o matemático e físico sir Roger Penrose e os astrónomos Reinhardt Genzel e Andrea Ghez, que revelaram a presença de um buraco negro extremamente massivo na região central da Via Láctea. Leia o artigo dos cientistas José Pedro Mimoso e Nelson Nunes, em colaboração com José Afonso e António Amorim.

Imagem abstrata

Ciências ULisboa integra a Rede de Inovação da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), cujo objetivo é promover a ponte entre a investigação produzida em ambiente académico e o contexto industrial e empresarial.

Logotipo Radar Tec Labs

Oitava rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a QPLab.

Campus da Ciências ULisboa

Ciências ULisboa volta a preencher a totalidade das vagas, no âmbito da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior: 1001 candidatos conseguiram colocação nas 13 licenciaturas e nos três mestrados integrados desta faculdade, 449 como 1.ª opção. O número de vagas aumentou na maioria dos cursos, assim como as notas dos últimos alunos colocados nesta 1ª fase.

Cidade

Melhorar o funcionamento e a otimização energética de edifícios e equipamentos, resolvendo algumas das suas limitações, é um dos objetivos do projeto “Self Assessment Towards Optimization of Building Energy (SATO)”, liderado pela Ciências ULisboa e que tem início marcado para o próximo mês de outubro. O projeto integra 16 parceiros europeus da academia e dos sectores público e empresarial e representa a primeira grande colaboração científica entre o LASIGE e o IDL.

Papéis, canetas e braços

Vários alunos da Ciências ULisboa, da Universidade do Algarve (Ualg) e da Faculdade de Medicina Dentária (FMD) da ULisboa apresentaram este verão projetos de iniciação à investigação, desenvolvidos no âmbito da iniciativa “Sê Investigador por Três Semanas!”, promovida pelo Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL), com o objetivo de cativar os jovens para esta atividade.

cabra-montês

Dezenas de cientistas, técnicos e vigilantes da natureza do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, bem como cidadãos uniram-se em prol do novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal continental. O objetivo é melhorar até 2021 o conhecimento destas espécies e dessa forma contribuir para o estabelecimento de medidas e ações de conservação.

Imagens de perfil de 19 cientistas

Entre março e julho deste ano, as redes sociais da Faculdade deram a conhecer 19 pessoas e histórias de investigação, no âmbito da iniciativa “O que faço aqui?”, disponível no site da Faculdade.

Pessoa com livros

"Neste momento tão dinâmico em que vivemos será importante pensar sobre aquilo que se pode ou não controlar e ir aprendendo a navegar perante a realidade que se apresenta a cada momento", escreve a psicólogia Andreia Santos.

Alunos e professoras no campus da Faculdade

O novo ano letivo começou esta semana e a Faculdade deu as boas-vindas aos alunos do Advanced Quantitative Methods on Health Care Innovation, cujas aulas online começaram esta terça-feira e se prolongam em Portugal até ao próximo dia 15 de outubro.

Estação de Extração de RNA

“Foi incrível perceber que numa adversidade, o ser humano tem a capacidade de se reinventar e criar novos projetos", diz Daniel Salvador, voluntário no CT Ciências ULisboa, entre maio e julho, licenciado e mestre pela Ciências ULisboa, atualmente estudante do 4.º ano do doutoramento em Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da ULisboa.

Criança em casa acompanhada pela presença de um adulto

Uma equipa de nove estudantes da ULisboa - LxUs -, supervisionados por Hugo Ferreira, professor do Departamento de Física e investigador do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica da  Ciências ULisboa, ganhou o Translation Potential Runner-Up Award na 5.ª edição do SensUs Student Competition, 2.º lugar na categoria de potencial de translação, um prémio que valoriza a capacidade de criação de um modelo de negócio, viável e com qualidade.

Pormenor da visão artística da observação da "estrela bebé"

Pela primeira vez foi possível observar como é que uma “estrela bebé” adquire massa até chegar à sua massa final. Arcos de campo magnético ligam a “estrela bebé” ao disco circundante e a massa flui. Os resultados desta observação encontram-se publicados na revista Nature. O artigo resulta de uma colaboração no âmbito do GRAVITY, um instrumento desenvolvido por um consórcio internacional e do qual fazem parte cientistas do CENTRA, polo da Ciências ULisboa.

Marta Palma no CT Ciências ULisboa

“A maior aprendizagem é perceber que de facto existem pessoas maravilhosas, com uma enorme generosidade e grande sentido de voluntarismo e muito dinâmicas. E que trabalhando juntos, podemos de facto fazer a diferença”, diz Marta Palma, funcionária do Departamento de Biologia Animal e voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa.

Homem em banco de jardim, observando o rio

Andreia Santos, psicóloga do GApsi Ciências ULisboa, deixa um alerta: "o nível de cansaço sentido pelas pessoas a assistir a conferências, palestras através de um ecrã é superior ao de assistir ao mesmo de forma presencial".

Vanessa Mendonça

“Este prémio simboliza não só o reconhecimento do meu trabalho, mas também de toda a equipa que nele participou”, conta Vanessa Mendonça, segunda classificada pelo Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias 2020. Vanessa Mendonça concluiu o mestrado e o doutoramento na Faculdade e atualmente é investigadora do MARE.

A SPECO anunciou recentemente os vencedores do Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias 2020. José Ricardo Paula é o grande vencedor desta edição e irá apresentar o seu trabalho no 19.º Encontro Nacional de Ecologia, este ano associado às cerimónias dos 25 anos da SPECO, e que se realiza em dezembro, em Ponte de Lima.

Centro de Testes

Rita Loewenstein Simões, de 23 anos, é voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa, na estação Mix e Real-Time PCR, desde maio passado. Para esta jovem bióloga, formada na Faculdade, este trabalho tem um significado muito simples: ajudar. E foi exatamente isso que a motivou - saber que todas as horas que disponibilizasse fariam a diferença.

Informação eletrónica de rua: Keep your distance

Ganna Rozhnova trabalha em modelação epidemiológica na UMC Utrecht, na Holanda. A antiga aluna de doutoramento em Física Estatística da Faculdade, continua a colaborar com o BioISI e é a investigadora principal de um projeto da FCiências.ID, financiado no âmbito do Apoio especial a projetos Research 4 COVID-19.

Spinophorosaurus nigerensis

Uma inovação anatómica pode ser a chave na compreensão da evolução dos dinossáurios saurópodes. Os autores deste trabalho - Daniel Vidal, Pedro Mocho, Ainara Aberasturi, José Luis Sanz e Francisco Ortega - acreditam que parte do êxito evolutivo deste grupo de animais está relacionado com alterações na cintura pélvica e que esse fator contribuiu para os converter nos animais de maior porte da Terra.

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