Dinossáurio saurópode de grande porte no Pombal, provavelmente um dos maiores até hoje descoberto

Campanha de escavação na jazida paleontológica de Monte Agudo realizada por investigadores do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa e do Grupo de Biología Evolutiva da UNED-Madrid e da Facultad de Bellas Artes da Universidad Complutense de Madrid

Paleontólogos em escavação

Os estudos conduzidos na jazida de Monte Agudo sublinham a importância do registo fóssil de vertebrados da região de Pombal

Imagem cedida por IDL Ciências ULisboa
Paleontólogos em escavação
A campanha de escavação na jazida paleontológica de Monte Agudo resultou na extração de parte do esqueleto fossilizado de um dinossáurio saurópode de grande porte
Fonte IDL Ciências ULisboa

Trabalhos na jazida de Monte Agudo na comunicação social: TVI, CNN Portugal, SIC Notícias, Pombal TV, pplware, NIT, Pombal 97 FM, Diário de Leiria, Jornal Terras de Sicó.

Uma equipa de paleontólogos portugueses e espanhóis conduziu, entre 1 e 10 de agosto de 2022, uma campanha de escavação na jazida paleontológica de Monte Agudo que resultou na extração de parte do esqueleto fossilizado de um dinossáurio saurópode de grande porte. Os trabalhos foram realizados por investigadores do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa, do Grupo de Biología Evolutiva da UNED-Madrid e da Facultad de Bellas Artes da Universidad Complutense de Madrid e contaram com o apoio da Câmara Municipal de Pombal.

Os dinossáurios saurópodes são um grupo de dinossáurios herbívoros, quadrupedes e caracterizado por pescoços e caudas compridas.

A jazida está localizada na região de Pombal, em rochas sedimentares do Jurássico Superior, com cerca de 150 a 145 milhões de anos. Os trabalhos de investigação nesta jazida tiveram início em março de 2017, na sequência de contacto por parte do proprietário do terreno que notou a presença de diversos fragmentos de ossos fossilizados quando procedia à realização de obras de construção.

Até ao momento, foi recolhido na jazida de Monte Agudo um importante conjunto de elementos do esqueleto axial que inclui vértebras e costelas de um possível dinossáurio saurópode braquiossaurídeo.

O grupo dos braquiossaurídeos é composto por espécies de grande porte que viveram do Jurássico Superior ao Cretácico Inferior e que se caracterizam pela presença de membros anteriores marcadamente desenvolvidos.

A este grupo de saurópodes pertencem algumas das espécies de dinossáurios mais emblemáticas, como por exemplo, Brachiosaurus altithorax e Giraffatitan brancai, bem como a espécie do Jurássico Superior português encontrada na região Oeste, Lusotitan atalaiensis.

Os restos fósseis de Monte Agudo estão bem preservados mantendo, inclusivamente, a posição anatómica original que teriam no animal em vida. Este modo de preservação é relativamente invulgar no registo fóssil de dinossáurios (em particular de saurópodes) do Jurássico Superior português.

Os estudos conduzidos na jazida de Monte Agudo sublinham a importância do registo fóssil de vertebrados da região de Pombal que nas últimas décadas tem proporcionado a descoberta de diversas jazidas (e.g. Andrés e Junqueira) muito significativas para o estudo das faunas continentais do Jurássico Superior de Portugal. 

Outra das peculiaridades desta jazida está relacionada com o enorme tamanho dos elementos esqueléticos, sugerindo que estamos na presença de um dos maiores indivíduos de saurópodes até hoje descobertos no Jurássico Superior europeu. As características de preservação dos fósseis e a sua disposição indicam a possível presença de outras partes do esqueleto deste individuo, hipótese que será testada em futuras campanhas de escavação na jazida.

IDL com GJ Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Sete cientistas dão sugestões de verão

Dos passadiços aos meteoros, passando por livros e geocaching, ninguém fica de fora

Afonso Ferreira, investigador de CIÊNCIAS e MARE

Jovem investigador de CIÊNCIAS distinguido por estudo sobre fitoplâncton da Antártida

Ismael Tereno, professor de CIÊNCIAS

Missão da ESA pode ajudar a revelar alguns dos mistérios do Universo

Atuns-rabilho do Atlântico são capturados numa pescaria

Estudo prevê mudanças significativas na distribuição das principais espécies de atum no Oceano Atlântico

Telescópio de 3,6 metros do Observatório de La Silla

Investigadores de CIÊNCIAS criaram dispositivo de correção de dispersão cromática

O Ser Cientista recebeu 75 jovens do Secundário

Programa Ser Cientista juntou 75 jovens à volta de 17 projetos laboratoriais

Colisão de Theia com a Terra

Artigo científico promete início de novo paradigma para o estudo do planeta 

Cláudio Fernandes e Duarte Almeida

Depois de três meses de trabalhos informais, a nova Comissão recebeu luz verde para a constituição formal, através de um despacho da direção de CIÊNCIAS, que foi lançado no início de julho. A primeira reunião oficial já teve lugar e o novo elenco já começou a preparar os desafios para os próximos dois anos de atividade.

Foto de uma onda no mar

O oceano já faz muito por nós. Absorve cerca de 30% do dióxido de carbono (CO₂) que emitimos e retém mais de 90% do calor em excesso provocado pelas alterações climáticas. Mas será que pode fazer ainda mais?

Foto de Carlos M. Farinha

Carlos M. Farinha, co-responsável do Laboratório de Investigação em Fibrose Quística de CIÊNCIAS e um dos vice-diretores do BioISI – Biosystems and Integrative Sciences Institute, foi reeleito membro da Direção da European Cystic Fibrosis Society (ECFS).

ilustração de CIÊNCIAS

Primeira fase de candidaturas termina entre 28 de julho e 4 de agosto

alunos no campus de Ciências

Os jovens vão participar em 17 projetos científicos durante uma semana

Margarida Amaral

A Investigadora do BioISI vai assumir novo cargo internacional

Meredith Ringel Morris, investigadora da Google DeepMind

Especialista da Google Deepmind deu palestra no Auditório de CIÊNCIAS 

O Simpósio Internacional sobre Interações e Agregação de Proteínas realizou-se no Caleidoscópio

Mais de 60 investigadores vieram participar no evento organizado por CIÊNCIAS e FCiências.ID

Foto de grupo dos participantes no encerramento da segunda semana do Verão na ULisboa.

Foi com a entrega dos insubstituíveis diplomas que terminou a 11 de julho mais uma edição do programa didático Verão na ULisboa no Campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS). Durante duas semanas, 170 alunos do ensino básico e do ensino secundário lançaram mãos a experiências, desafios e explicações de princípios científicos com o propósito de conhecer o mundo que os rodeia e eventualmente novas vocações profissionais. 

Logotipo do 24º Encontro dos Caminhos para a Complexidade

A Inteligência Artificial foi o tema do 24º Encontro dos Caminhos da Complexidade

Ana Simões, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Professora de CIÊNCIAS diz que vai aproveitar o novo mandato para promover a inclusão e novas metodologias de estudo

Um astronauta olha em frente num jardim ensolarado

Estão abertas, até dia 30 de julho, as candidaturas para a 2.ª edição da Unite! Research School. Esta edição terá como temas a AI e Cibersegurança, Espaço e Tecnologia e Engenharia Biológica.

Cenário reconstituído do sítio de trilhas de Monte Clérigo, gerado por ferramentas de IA.

Um estudo internacional com participação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) identificou as primeiras pegadas fossilizadas atribuídas a Neandertais em território português. O artigo agora publicado na revista Nature Scientific Reports, revela que as pegadas descobertas nas praias do Monte Clérigo e do Telheiro, no Algarve, remontam a cerca de 78 a 82 mil anos atrás.

Rafael Hipólito está a tirar o mestrado de matemática

Aluno de mestrado ganhou competição de cálculos integrais e diz que quer seguir a via da investigação. "O número de problemas em aberto na matemática não tem vindo a diminuir, mas sim a aumentar", recorda Rafael Hipólito  

Bernardo Ferreira e Bruno Cotrim foram premiados com o projeto ArchiveChain

Bernardo Ferreira e Bruno Cotrim foram distinguidos na edição de 2025 dos prémios Arquivo.pt

Foto de teclado com teclas adaptadas a símbolos de acessibilidade.

Um estudo internacional liderado por investigadores de Portugal, Polónia e Irlanda alerta para graves lacunas na acessibilidade digital de grande parte das universidades europeias. A investigação, que envolveu a análise de 171 instituições de ensino superior em 38 países, contou com a participação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Apresentação de projetos de inovação e investigação

Cada um dos projetos das edições passadas recebeu €50 mil de financiamento

Voluntários, professores e parceiros apresentaram as atividades de Voluntariado Curricular

Apresentação pública revela atividades de alunos de CIÊNCIAS junto de 10 parceiros 

Páginas