Sessão de Natal de CIÊNCIAS transmite mensagem de esperança e ação a estudantes do secundário

Foto da audiência da Sessão Especial de Natal de CIÊNCIAS.

A 12 de dezembro realizou-se a 1.ª edição da Sessão Especial de Natal de CIÊNCIAS, uma iniciativa dedicada a sensibilizar toda a sociedade, em especial os jovens, para os desafios climáticos que enfrentamos e para o papel crucial que podem desempenhar na construção de um futuro sustentável.

A sessão contou com a participação de cerca de 200 convidados, na sua maioria estudantes oriundos do Colégio Valsassina, Colégio Moderno e Externato Marista de Lisboa.

Nesta edição com o tema “Como vencer a crise climática: causas, efeitos e soluções”, o foco da sessão foi desmistificar a ciência associada a alguns dos maiores desafios da atualidade e, no espírito natalício, trazer uma mensagem de esperança, mobilização e ação para as gerações mais jovens.

O evento, apresentado pelo aluno Francisco Teixeira, contou com palavras de abertura por parte de Luís Carriço, Diretor de CIÊNCIAS, que dirigiu uma mensagem de boas-vindas aos jovens participantes onde destacou que “a curiosidade faz de nós pessoas melhores, capazes de ajudar a criar um mundo melhor”.

Luís Carriço.

Seguiram-se apresentações de três docentes e investigadores de renome da Faculdade nas áreas do clima, ambiente e biodiversidade.

Catarina Frazão Santos, investigadora no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE-ULisboa) e vencedora de uma bolsa do Conselho Europeu para a Investigação (ERC), falou sobre a importância de repensar o ordenamento do espaço marinho da Antártida com base na adaptação e mitigação das alterações climáticas.

“O oceano antártico é fundamental para o funcionamento do planeta. Mas está debaixo de muitas pressões: pesca, indústria, turismo crescente e alterações climáticas”, disse Catarina Frazão Santos, concluindo que “precisamos que as pessoas se sentem todas a uma mesa e falem sobre os objetivos de futuro para este oceano e como querem lá chegar”.

Catarina Frazão Santos.

Carlos da Camara, professor de CIÊNCIAS e investigador no Instituto Dom Luiz (IDL), especialista no estudo dos extremos climáticos, em particular secas prolongadas e ondas de calor intensas, ligadas à ocorrência de grandes incêndios rurais, ensinou a audiência sobre os triângulos do fogo. Os estudantes puderam ficar a saber mais sobre quais são os elementos necessários para que surjam fogos e quais as condições que despoletam estes elementos.  Foi também abordado o que pode ser feito para atenuar eficazmente a sua ocorrência, valorizando a paisagem e o ordenamento do território e sensibilizando a população para a importância da limpeza dos terrenos e a gestão das florestas.

“Em Portugal o que arde mais é mato. O fogo não escolhe espécies de árvores”, alerta Carlos da Camara, contrariando a ideia de que as plantações de eucalipto estão na génese do problema dos incêndios no nosso país. “Tudo arde com fogo intenso, até campos de arroz. A diferença é se a paisagem está cuidada”, clarifica ainda.

Numa nota positiva, o investigador ressalvou que desde 2015 as ignições acidentais com origem humana estão a diminuir e que desde 2017 tem ardido menos área do que os modelos probabilísticos previam. Para concluir, lançou um desafiou aos mais jovens: “quando olharem para uma notícia confrontem-na! Em ciências nós aprendemos que isso faz parte da vida”.

Carlos da Camara.

Patrícia Tiago, investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (CE3C), especialista em monitorização de alterações da biodiversidade e ciência cidadã, confirmou que de facto a atividade humana está a provocar alterações no planeta que colocam a biodiversidade em perigo. Estas alterações colocam em risco e causam a extinção de espécies que por vezes ainda nem são conhecidas pela ciência. Mas a sociedade tem um papel muito importante e pode ajudar a ciência a melhor monitorizar as alterações da biodiversidade, através da utilização de plataformas de ciência cidadã, como por exemplo a BioDiversity4All.

“Boas notícias: vocês vão ter nas mãos o desafio de inverter a tendência”, disse Patrícia Tiago, notando que “já estão a fazer a transição nas vossas vidas. Mesmo que não venham a ser cientistas, podem ser cientistas cidadãos”.

Patrícia Tiago

Para concluir a manhã, Pedro Almeida, Subdiretor de CIÊNCIAS, numa mensagem de encerramento convidou os jovens a refletirem sobre o que aprenderam durante a sessão. “Que isto vos desperte para as questões ambientais e que a vossa intervenção seja eficaz. Estes podem ser momentos de viragem na forma como vocês olham para a ciência”.

No final da Sessão, era evidente a satisfação nas expressões de todos presentes.

Foto da plateia da Sessão.

João Silva, Gabinete de Comunicação de Ciência da DCI CIÊNCIAS
jcmsilva@ciencias.ulisboa.pt

Antes de se aposentar em 2014 a Ana Monteiro trabalhou na Biblioteca da FCUL durante alguns anos. Ontem, dia 15 de dezembro, faleceu.

Teve lugar a 27 de outubro no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa (ULisboa) o lançamento oficial do Colégio de Química, o primeiro colégio da ULisboa aprovado na área das Ciências Exatas.

O aumento da temperatura da água leva anfíbios omnívoros a adotar uma dieta mais herbívora. De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas, “esta é a primeira vez que é estudada em vertebrados a assimilação de dietas mais ou menos ricas em proteínas em função da temperatura”.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O último Dictum et factum de 2016 é com Paulo Silva, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

O QTLeap—Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches chega ao fim, mas a investigação em tradução automática continua. Leia a curta entrevista com António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências e coordenador deste projeto, iniciado em novembro de 2013.

“A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem” é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e explica de forma simples e recorrendo a curtas animações os processos associados à existência da maior onda surfada em todo o mundo. 

O curso de Química Tecnológica celebra em 2017 os 35 anos da saída dos seus primeiros licenciados pelo que as próximas “Jornadas QT” realçarão esta efeméride.

Nos últimos anos da troika (2011-2015), a importância da Filosofia foi bastante apreciada, em particular a nível internacional. Este período não foi bom para Portugal, sobretudo porque os jovens licenciados foram colocados de lado e sem trabalho, os sem emprego (ou bolsa), os precários (com vencimento à hora de ocupação, os temporários, sem férias, direitos de saúde...), e os que estavam a mais (e, forçados a emigrar) juntaram a sua indignação e protestaram. Nem sempre com resultados bem visíveis e de pressão real sobre o poder.

A União Europeia das Geociências atribui anualmente um prémio que reconhece atividade científica de exceção a nível mundial, realizada por cientistas desta área na fase inicial da carreira. Este galardão foi atribuído pela primeira vez a um investigador a trabalhar em Portugal. João Duarte é investigador do Instituto Dom Luiz e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e recebeu este prémio pelo seu trabalho na área da Geologia Marinha e Tectónica, bem como pela sua atividade na área da divulgação científica. 

Nos próximos cinco anos, Sara Magalhães vai explorar um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro-aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate, no âmbito do projeto “COMPCON - Competição sob construção do nicho”, com início previsto para maio de 2017 e desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Montpellier, em França.

Aplicações médicas e industriais a partir de organismos que produzem bioadesivos... Sim, é possível. No âmbito de uma Ação COST, a Rede Europeia de Especialistas em Bioadesão, trabalha para criar novos produtos.

O tempo tem demonstrado ser possível avançar na criação de mais e melhores condições de equidade para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Mas este é um desafio permanente para as instituições de ensino, como também o é para cada um de nós e a cada momento, num permanente processo de implicação pessoal em prol de algo que tanto prezamos: a igualdade de oportunidades.

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O 11.º Dictum et factum é com Aurora Sardinha, assistente técnica do Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências.

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

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