Science of the Total Environment

Alterações globais nas zonas húmidas ajudam a compreender o declínio de aves costeiras

aves a voar com mar em fundo

Mais de metade das populações de aves limícolas costeiras estão em declínio populacional por todo o mundo

Paul F. Donald

Estudo sobre as alterações ambientais nas zonas húmidas foi publicado na Science of the Total Environment, uma das mais prestigiadas revistas na área das Ciências do Ambiente a nível mundial. O estudo, da autoria de quatro investigadores da Ciências ULisboa, sugere que as alterações poderão ser críticas para a conservação de aves limícolas costeiras, em particular para algumas espécies do leste da Ásia, que se encontram à beira do colapso populacional devido à perda de habitat.

O artigo “Global changes in coastal wetlands of importance for non-breeding shorebirds” foi elaborado por Carlos David Santos, primeiro autor do estudo, investigador no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), no Departamento de Biologia Animal (DBA) da Faculdade, no Max Planck Institute of Animal Behavior, na Alemanha, e professor na Universidade Federal do Pará, no Brasil; Teresa Catry, investigadora no CESAM e no DBA; Maria Ana Peixe Dias, investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) e professora no DBA; e José Pedro Granadeiro, investigador no CESAM e professor no DBA.

ave a voar
Aves limícolas são animais que vivem em ambientes húmidos costeiros e procuram alimento nas zonas entremarés e margens de corpos aquáticos, especialmente lagoas e estuários. Muitas espécies são migradoras de grande distância, voando milhares de quilómetros entre as suas áreas de reprodução no círculo polar ártico e as áreas de invernada situadas a latitudes temperadas e tropicais.
Fonte Paul F. Donald

Mais de metade das populações de aves limícolas costeiras - maçaricos, pilritos, borrelhos, entre outras - encontram-se em declínio, de acordo com vários estudos científicos e relatórios divulgados por organizações não governamentais de conservação da natureza, como é o caso da BirdLife International. Este é um fenómeno global cujas causas não são totalmente conhecidas, e que despertou a atenção dos cientistas.

A equipa de investigadores da Faculdade quantificou pela primeira vez a nível global as alterações ambientais que podem ajudar a compreender este fenómeno. Recorrendo a classificações de imagens de satélite, a equipa quantificou as mudanças de habitat que ocorreram nas últimas duas décadas, em 907 áreas costeiras de reconhecida importância para as aves e para a biodiversidade, localizadas nas regiões costeiras de todo o mundo. Os investigadores olharam em particular para alterações nos habitats que as aves usam para se alimentarem durante a maré vazia, e para repousarem durante a maré cheia.

A dimensão global da amostragem revelou alterações particularmente importantes nas zonas de repouso das aves, áreas acima da cota de maré alta que estão a ser colonizadas por vegetação e suprimidas pela expansão urbana. Também vastas áreas de alimentação localizadas na rota migratória do Leste da Ásia e Australásia foram destruídas para dar lugar a zonas industriais, urbanas e pisciculturas.

A análise vem contribuir para a compreensão de algumas das causas do declínio das aves limícolas, um grupo de animais cada vez mais ameaçado. Carlos David Santos salienta a importância de uma análise global do problema, sendo que a maioria das aves migra para longas distâncias, muitas delas percorrendo mais de 20.000 km por ano, e por isso podem ser afetadas por alterações ambientais em várias regiões do mundo.

 

O assunto foi alvo de comunicado de imprensa na plataforma EurekAlert! no passado dia 10 de novembro, e teve destaque no portal Phys.org.

CESAM e cE3c com GJ Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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2020 é um ano que ficará para a história por muitas razões relacionadas com a pandemia, mas também pelos avanços registados na ciência que estuda os fotões, particularmente na fotónica linear e não linear e cujos estudos foram publicados na Nature, Nature Photonics e Science e contaram com a colaboração teórica de Vladimir Konotop, professor do Departamento de Física e investigador do Centro de Física Teórica e Computacional da Ciências ULisboa.

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O livro “Alterações Climáticas Desafios para Portugal depois do Acordo de Paris” pretende mostrar a diversidade temática associada ao problema das alterações climáticas, e fornecer ao leitor interessado uma fonte acessível e em português, que lhe permita ficar a par dos desenvolvimentos mais recentes nas diferentes áreas abordadas.

Telhados fotovoltaicos

Definir um modelo genérico de laboratório vivo para as universidades - Living Lab Universitário -, adaptável ao resto da sociedade, é o grande objetivo do projeto europeu TR @ NSNET, que junta em consórcio a Ciências ULisboa, a Universidade da Beira Interior, a Université Toulouse III Paul Sabatier (UT3), a Université de La Rochelle, ambas em França e a Universidad Politecnica de Madrid, em Espanha.

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No ano letivo 2020/2021, todos os estudantes da Ciências ULisboa que tenham interesse e dúvidas sobre as carreiras da União Europeia poderão contactar Beatriz Rocha por email eucareers.fcul@gmail.com ou via Instagram! A aluna da Ciências ULisboa do 2.º ano de Biologia está disponível para aconselhar e explicar todo o processo de recrutamento na UE.

Simulação de marés oceânicas

“Weak tides during Cryogenian glaciations” da autoria de J. A. Mattias Green, Hannah S. Davies, João C. Duarte, Jessica R. Creveling e Christopher Scotese foi publicado esta sexta-feira, 4 de dezembro, na revista científica Nature Communications.

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Em Portugal a ULisboa continua a liderar o US News 2021 Best Global Universities Rankings. Na edição de 2021 foram avaliadas 1748 instituições.  "Não é com certeza estranho a esta subida o empenho de todos os que trabalham na nossa Faculdade em particular durante este ano pejado de tantas dificuldades”, comenta Pedro Almeida, subdiretor da Ciências ULisboa.

Pedro Castro

Pedro Castro desenvolve modelos e algoritmos com base em programação linear inteira mista. O investigador no DEIO e CMAFcIO Ciências ULisboa é um dos vencedores do Prémio Científico ULisboa/CGD 2019.

Logotipo radar

Décima rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a PrimeMakers.

Estudo valida Twitter para cibersegurança

Investigadores do LASIGE Ciências ULisboa e da Universidade de Londre apontam várias vantagens para a utilização do Twitter como fonte de notícias e alertas de cibersegurança, descritas num artigo realizado no âmbito do projeto DiSIEM, destacado como uma história de sucesso pela Comissão Europeia.

Tabela periódica

O livro “Os Elementos em Ciências - Uma viagem pela Tabela Periódica” editado pela Ciências ULisboa, no âmbito das comemorações dos 150 anos da tabela periódica, integra 73 textos sobre 88 elementos químicos, da autoria de 92 autores.

Duas pegadas de dinossáurios carnívoros e marcas interpretadas como rastos de natação de crocodilos, com os respetivos mapas de profundidade

A revista científica Lethaia publica este mês um novo trabalho sobre pegadas de dinossáurios terópodes e “crocodilos” do registo fóssil do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica, em Portugal. O artigo contou com a participação das paleontólogas do Instituto Dom Luiz, polo Ciências ULisboa, Vanda Faria dos Santos e Elisabete Malafaia.

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Guilherme Carrilho da Graça é um dos vencedores do Prémio Científico Universidade de Lisboa/Caixa Geral de Depósitos 2019.

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O projeto VEDLIoT, iniciado este mês e com uma duração de três anos, visa desenvolver uma plataforma de aprendizagem autónoma para a Internet das Coisas. O CoR-Labda Universidade de Bielefeld, na Alemanha, coordena este consórcio, composto por 12 parceiros, entre eles a FCiências.ID.

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Ciências ULisboa, através do seu Centro de Testes, e em parceria com a Associação Nacional de Cuidadores Informais lançam este mês “Famílias Seguras – Cuidar de Quem Cuida”, um programa gratuito de rastreio regular à COVID-19 para cuidadores informais, pessoas cuidadas e seus familiares em convivência direta e que conta com o Alto Patrocínio de sua Excelência o Presidente da República.

Mulheu a tapar o rosto

"Quando o medo de falhar deixa de ser tolerável, geralmente surgem sensações que geram tanto desconforto na pessoa, ao nível físico e psicológico que conduzem à adoção de estratégias menos saudáveis na gestão desse medo. Assistimos a dois grandes grupos de estratégias: o controlo e o evitamento", escreve a psicóloga Andreia Santos.

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A primeira estrutura móvel com posto de colheitas biológicas no âmbito do projeto FIGHT COVID, lançado recentemente pela Faculdade e pela SGS Portugal, parceiras desde 2015, está instalada no exterior do campus da Ciências ULisboa, entre o edifício C6 e a Faculdade de Letras da ULisboa. 

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