Prémio Nobel da Física 2017

“Uma descoberta que abalou o mundo"

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne

Ilustrações de Niklas Elmehed | Nobel Media AB 2017

Francisco Lobo
Imagem cedida por FL

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss (MIT), Kip Thorne (CalTech) e Barry Barish (CalTech), pelas suas “contribuições decisivas para o detetor LIGO (Laser Interferometer Gravitational wave Observatory) e a observação das ondas gravitacionais”. Ao anunciar o prémio, a Real Swedish Academy considerou-o como "uma descoberta que abalou o mundo".

De facto, o abalo surgiu no dia 11 de fevereiro de 2016, quando o LIGO anunciou uma descoberta histórica: a primeira deteção direta de ondas gravitacionais. O LIGO é um projeto que envolve mais de 1000 cientistas e tem como missão principal observar ondas gravitacionais. Estas ondas foram previstas por Einstein, em 1916, na sua teoria da gravitação, a Relatividade Geral. A descoberta das ondas gravitacionais é uma das últimas peças para a confirmação da teoria da gravitação.


Fases de uma fusão de dois buracos negros, registada nos sinais detetados pela LIGO. Durante a fase inspiral, ambos os buracos negros aceleraram a velocidades muito elevadas. A fusão final resultou num único buraco negro e na emissão de ondas gravitacionais 
Fonte LIGONSFAurore Simonnet (Sonoma State U.)

Weiss teve um papel predominante, na década de 1970, ao ser um dos primeiros físicos a desenvolver o conceito de interferometria de laser na deteção de ondas gravitacionais. Thorne foi o grande teórico do projeto e Barish tornou-se coordenador do LIGO a partir de 1997. Este último, reorganizou o projeto e fundou uma colaboração científica mundial, com o intuito de analisar os dados.

Mas, qual a importância e a utilidade desta descoberta? A sua importância é histórica, pois encaixa a última peça que faltava para provar a validade da teoria de Einstein. Abre uma nova janela para os cientistas estudarem objetos que não emitem luz e fenómenos violentos, tais como as colisões de buracos negros, permitindo explorar e compreender melhor o próprio Universo. É muito provável que a tecnologia de ponta desenvolvida e utilizada no LIGO, venha a ter aplicações no nosso dia-a-dia, no futuro.

Francisco Lobo, investigador do DF Ciências e IA
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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Edifício C2

A primeira reunião do projeto PROSEU “PROSumers for the Energy Union: mainstreaming active participation of citizens in the energy transition”, financiado pelo Horizonte 2020 e com a duração de três anos, realiza-se no campus de Ciências, nos dias 22 e 23 de março.

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Dez empresas discutem os últimos avanços no sector da mobilidade sustentável.

Sala de aulas

Parece razoável inferir que queremos ter estudantes que saibam como aprender e que conheçam como descobrir a informação que precisam a partir de uma variedade de fontes.

Papel ardido

Saí da FCUL ao fim da tarde rumo ao meu fim de semana. Para trás ficou um edifício imponente a fervilhar de vida, e ao mesmo tempo já a minha casa! A casa que nos ampara, nos ensina e, a mim, permitia uma entrada num mundo tão fortemente diferente do vivido por mim noutro lugar.

Pessoas na Politécnica recuperam objetos no rescaldo do incêndio

Ainda durante o rescaldo do incêndio iniciaram-se as operações de salvamento e recuperação do que ainda fosse possível salvar e recuperar.

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Dez países juntam-se para o estudo do património dos materiais plásticos.

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Politénica (FCUL)... escrever e ou pensar sobre “ELA”, hoje, ainda me emociona...

Pormenor de uma palmeira

Agora era diferente. No fim da Ferreira Borges surgia sempre a mesma dúvida que me tolhia o passo: onde são as aulas hoje? E eu, traído pela minha própria desorganização, fazia todos os dias o mesmo esforço para encontrar uma qualquer lógica que me ajudasse a decidir para onde ir naquele dia. Politécnica? 24 de Julho? É claro que ter um horário comigo ajudaria...

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O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de março é com Marta Antunes, técnico superior do Departamento de Geologia de Ciências.

Bombeiro apaga fogo

Era madrugada e o edifício da Faculdade de Ciências de Lisboa, na rua da Escola Politécnica, ardia. Dezoito de março, seriam duas horas da madrugada. Um salto da cama, um vestir rápido e uma fuga apressada ao encontro das labaredas.

Escola Politécnica

Passaram 40 anos do incêndio da “outra” Faculdade. São já poucos os que vivenciaram, alguns os que ficaram marcados. Para os mais novos, o “fogo na Politécnica” é apenas uma história que ouviram contar.

Mar

Qual o impacto das poeiras provenientes do Sahara na produtividade marinha do Oceano Atlântico tropical, particularmente nos coccolitóforos (fitoplâncton calcário)? Esta é a principal questão que irá marcar o trabalho de Catarina Guerreiro, investigadora do MARE.

pilhas de compostagem

O compostor da FCUL foi inaugurado há pouco mais de um ano, em 27 de novembro de 2016, numa parceria entre a HortaFCUL, o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da FCUL e o cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

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Gabriella Gilli, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, pretende usar um novo modelo teórico tridimensional, análogo ao que é usado para descrever a atmosfera de Vénus, para antecipar as futuras observações de exoplanetas quentes de tipo terrestre.

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Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o físico Vladimir Konotop e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Bernadette Bensaude-Vincent

A ULisboa atribui a 2 de março o título de doutor honoris causa a Bernadette Bensaude-Vincent, por proposta da Faculdade de Ciências, homenageando uma personalidade de grande relevo cientifico com relações estreitas com o contexto científico português, demonstrando publicamente quanto lhe deve e quanto se sente honrada por lhe poder conceder este titulo.

Biblioteca com alunos

A entrada na faculdade é muito mais do que a transição para uma nova etapa académica, é o início de uma aventura no próprio desenvolvimento, onde se passa de jovem a adulto. Esta fase acarreta desafios para o próprio e nas relações com os outros, ficando este jovem adulto entre o medo e o desejo de crescer com tarefas académicas, sociais, pessoais e vocacionais para fazer face, simultaneamente.

Campus de Ciências

Dois investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais receberam bolsas europeias Marie Sklodowska-Curie para desenvolver investigação nos próximos dois anos.

Concorrentes

A semifinal aconteceu a 17 de fevereiro, a final nacional a 12 de abril e a final internacional entre 5 e 10 de junho. Em Ciências foram apurados quatro finalistas, estudantes da ULisboa nos cursos de Física, Biologia, Engenharia Química e Matemática Aplicada e Computação.

Carlos Mateus Romariz Monteiro

Faleceu a 9 de fevereiro de 2018, com 97 anos, Carlos Mateus Romariz Monteiro.

Pessoa sentada junto a uma mesa

Passamos, quer no trabalho como em momentos de lazer, longos períodos sentados. Estar sentado é um descanso! Mas, será mesmo assim?

João Martins

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro de 2018 é com João Martins, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

A cooperação (e colaboração) científica apoia-se sempre em ensinar e aprender (dar e receber), num registo de amizade e humildade, de motivação e de empolgamento. A paridade é fundamental, tal como o “foco e simplicidade”, a relevância e a utilidade (Steve Jobs).

João Carlos Marques, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra é o novo diretor do MARE, sucedendo no cargo Henrique Cabral, professor do Departamento de Biologia Animal de Ciências.

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