Novo ano letivo

“É aqui que os alunos criam as grandes amizades da vida. E é aqui que aprendem a diversidade”

Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS

Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS, recordou a importância de formar profissionais de qualidade para o País

DCI-CIÊNCIAS

Com o Grande Auditório devidamente repleto, Luís Carriço, diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), deu início, esta segunda-feira, ao "primeiro dia do resto da vida" de mais de novos 600 alunos. Na cerimónia de receção aos estudantes que acabam de ingressar na vida universitária, houve tempo para recomendações, mas também para lembrar a missão de CIÊNCIAS enquanto instituição que forma pessoas "de excelente qualidade para aquilo que é importante para o País".  

Tendo em conta que se trata da oitava receção aos alunos que acompanha, devemos encarar o seu discurso como um exercício de perspetiva ou de balanço?

Acho que são as duas coisas. É uma fase de balanço, no sentido em que já foram oito anos, oito acolhimentos, sempre com novas caras, sempre com novos alunos… e sempre com uma esperança formar muita gente de excelente qualidade para aquilo que é importante para o País.

Além das questões mais científicas e académicas, tradicionalmente, a faculdade também assume uma função social, quando se trata de encontrar um rumo para a vida e gerar novas amizades, não é? 

Sim, sem dúvida. É na faculdade, no ensino superior, que esse círculo se torna mais forte, até porque os anteriores se vão desatando à medida que se escolhem os novos… Neste caso, é a última fase, antes de entrar no mercado de trabalho que, às vezes, tem alguma competição associada. Aqui, eles são todos colegas e a competição, em particular na Faculdade de Ciências, é muito mais colaborativa… e, portanto, acho que é aqui que eles criam as grandes amizades da vida. E é aqui que também aprendem a diversidade. Os novos alunos vêm de escolas em que toda a gente aprende mais ou menos o mesmo e aqui começam a ter alunos que se especializam em A, B e C e começam a perceber, não só do ponto de vista da personalidade, mas também do conhecimento que podem obter nas ciências lecionadas nesta escola.

Quais as principais novidades que destacaria neste ano letivo que agora se inicia?

Destacaria a criação dos novos departamentos. Estou extremamente contente com isso… é uma reestruturação, e é uma renovação de uma instituição que tem que se reconstruir muito frequentemente. E isso deixa-me muito satisfeito. Não é certamente a garantia de que vamos melhorar ou piorar. Na verdade, é uma garantia de que percebemos que é preciso mudar. Quando se percebe que é preciso mudar, torna-se possível aproveitar para mudar para algo melhor, que permite ter uma instituição mais estruturada, e sobretudo mais ágil na adaptação às mudanças.

Esta é uma receção de novos alunos… mas também é uma forma de reforçar a marca de CIÊNCIAS!

Sim, claramente. A maior parte dos alunos que saem da Faculdade de Ciências leva consigo a marca de CIÊNCIAS. CIÊNCIAS tem uma marca, que também é reconhecida pela sociedade. A grande maioria destes alunos vão dar bons profissionais, e, portanto, vão ter impacto do ponto de vista do funcionamento das empresas. Mas também são formados com um espírito que tem essa vertente mais humana, que é cada vez mais importante para termos uma sociedade justa.

Esta é a última receção aos novos alunos que acompanha. Vai ter saudades ou nem por isso?

Vou ter saudades. Comecei sem querer… na verdade, fui convencido pelos meus colegas a candidatar-me a diretor da escola. Comecei, certamente, com muitas incertezas, e muitos apoios, mas agora posso dizer, com todos os pontos bons e pontos maus que existem sempre, acho que cresci muito. Cresci dentro da minha perspetiva do que é a vida, do que é a universidade, e da importância das pessoas em tudo o que nos faz avançar na vida. Termino o mandato em maio, e isso é definitivo, está nos estatutos. Acho que é bom que a escola se renove. São oito anos, é muito tempo. Foi uma interrupção na minha vida de investigador. Portanto agora está na altura de retomar um bocadinho a minha vida de investigador, e dar o lugar a outros. Fiz grande parte das coisas a que me propus, mas, naturalmente, não fiz todas. Seria impossível!  Mas acho que é preciso haver novas perspetivas, caso contrário há uma ditadura da monotonia, e as ditaduras não são boas para ninguém!

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

O dryVHP venceu o prémio Inovação Ageas – Novo Mundo. Construir aparelhos de esterilização mais rápidos e eficazes, ou aparelhos de esterilização portáteis e não elétricos para missões humanitárias é o objetivo deste projeto, desenvolvido em Ciências.

“Estes programas de bolsas e estímulos são muito importantes para os alunos que, como eu, ambicionam tornar-se investigadores”, declara o aluno de Ciências, um dos vencedores da edição 2016/2017 do prémio Novos Talentos em Matemática, da Fundação Calouste Gulbenkian.

O programa CSA (community supported agriculture) refere-se a uma comunidade de produtores e consumidores que partilham os benefícios e os riscos da produção numa inspiradora experiência de responsabilidade conjunta em torno do alimento. 

Raquel Conceição, chair da Ação MiMed-TD1301 e Pedro Almeida, um dos representantes nacionais da Ação COST FAST, participaram no “Portugal in the Spotlight”. Os professores de Ciências deram a conhecer o sucesso das ações COST em que estão envolvidos, participando ainda no debate “Making the added value of networking tangible. The Portuguese perspective".

A Faculdade visita escolas secundárias há 19 anos e em parceria com a empresa Inspiring Future, desde 2014, por forma a divulgar a sua oferta formativa. Este ano letivo foram agendadas 95. Até agora Ciências já esteve em 56 escolas, após as férias escolares irá visitar mais 39.

A história ensinou-nos que quem faz a língua é quem a fala e escreve e estou em crer que todos estes e muitos outros termos, goste-se ou não, vieram para ficar.

Bruno Carreira, doutorado em Biologia por Ciências e atualmente investigador de pós-doutoramento no cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é o vencedor da edição de 2016 do Prémio Fluviário de Mora - Jovem Cientista do Ano.

Quando Leibniz e Newton se enfrentaram no século XVII, sobre a origem do Cálculo, criaram um espaço para exercerem o contraditório, argumentando e criticando, em defesa dos seus argumentos. Esse exercício chama-se controvérsia (debate ou polémica), considerada por muitos como a máquina do progresso intelectual e prático. Cada um dos lados apresenta a sua explicação (causa) das suas razões, como factos (pro ou contra), e os quais sustentam e justificam a sua posição.

Ciências participou no Google Hashcode 2017. Das 12 equipas concorrentes, cinco resolveram corretamente os desafios de programação, numa maratona marcada, segundo os participantes, pela aquisição de competências e boa disposição.

Maria Amélia Martins-Loução, investigadora do cE3c e professora do DBV Ciências, é a nova presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A 3.ª corrida de carros movidos a energia solar conta com a participação de 30 pilotos e dez carros construídos por alunos dos ensinos secundário e universitário.

“Estou a adorar a minha experiência académica. Ao estar no ramo da Matemática, consegui desenvolver algumas softskills, tais como a organização, a atenção ao detalhe, a capacidade para questionar e o rigor”, declara Diogo Ramalho, campeão nacional universitário de Taekwondo e aluno de Matemática de Ciências.

“Chocolate – do laboratório à fábrica” é uma das 159 palestras apresentadas por professores, cientistas a pedido das escolas secundárias.

No programa Novos Talentos em Matemática, edição 2016/2017, da Fundação Calouste Gulbenkian, foram distinguidos três alunos de Ciências. Desta vez, entrevistamos a aluna do 3.º ano do curso de Matemática de Ciências, Isabel Nobre.

Uma circulação de vento entre o equador e os polos foi detetada em ambos os hemisférios de Vénus pela primeira vez, e poderá contribuir para explicar a superrotação da atmosfera deste planeta, segundo estudo liderado por Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaçoe professor do Departamento de Física de Ciências.

No filme “The man who knew infinity” (sobre a colaboração de Ramanujan com Hardy em Cambridge, Reino Unido) aborda-se a resolução de problemas e a discussão do recurso à intuição. O terreno da Matemática é o escolhido, tal como no problema de Kadinson-Singer (sem resolução durante 50 anos), e onde se trata da reconciliação da Física Quântica com a Matemática (Marcus, Spielman e Srivastava, 2015).

Filipe Duarte Santos foi designado presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), segundo comunicado do Conselho de Ministros de 9 de março.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de março é com Rui Batista, especialista em Informática da Área de Sistemas de Informação e Desenvolvimento da Direção de Serviços Informáticos de Ciências.

Proteger a biodiversidade. Engane-se quem pensa que só os biólogos participam nesta árdua tarefa. 

Um estudo publicado na revista “Quaternary Science Reviews”, fruto de cinco anos de trabalho de investigadores portugueses e espanhóis, permitiu reconstruir a evolução da vegetação, paisagem e clima da ilha de São Miguel nos últimos 700 anos, através da análise dos sedimentos da Lagoa Azul.

A American Physical Society (APS) já anunciou a lista de homenageados pelo "Outstanding Referee Program" em 2017 e José Pedro Mimoso, professor do Departamento de Física e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, é um deles.

As populações de várias espécies de anfíbios na Serra da Estrela estão a diminuir drasticamente, devido a uma infeção por uma nova estirpe de vírus, também já detetado noutras partes de Espanha e da Europa, segundo comunicado de imprensa emitido recentemente pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Durante o Green Day ocorrido esta segunda-feira no campus de Ciências foi apresentado o Ecokart Twin, o primeiro kart elétrico português de dois lugares.

“Pequenas ações fazem a diferença, não tenham medo de sair da zona de conforto”. João Paulo Silva, um dos membros do projeto Movetech Telemetry, “apaixonado pela natureza”, dedicado ao estudo da ecologia das aves dos meios agrícolas, nomeadamente em projetos de seguimento remoto de vida selvagem como o Lince ou a Águia Imperial, deixa este conselho aos jovens que se interessam por esta área da Biologia. Saiba mais sobre este cientista, antigo aluno de Ciências e coordenador da componente científica e de desenvolvimento de software do Movetech Telemetry.

João Paulo Silva, doutorado em Ecologia por Ciências, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e do cE3c, é um dos membros da equipa do Movetech Telemetry, no âmbito do qual estão a ser desenvolvidos equipamentos ultraleves e de grande autonomia para monitorização eficaz da vida selvagem.

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