Opinião

O caso da Vitamina D

Porque devemos ter muito cuidado com as notícias…

Artigo de opinião realça a importância dos jornalistas confirmarem as suas fontes

Os pre-prints são uma forma excelente de lidar com o problema da morosidade da ciência, uma ferramenta fundamental para a comunicação entre cientistas, mas não são uma fonte de informação para jornalistas ou para os políticos

Unsplash - Sam McGhee
Tiago Marques
Tiago Marques
Fonte Rogers Media

Nesta fase todos os dias surgem notícias sobre como fazer A ou tomar B podem ajudar a combater a COVID-19. No entanto, é muito importante perceber que a maior parte desses relatórios iniciais serão falsos, e isso pode ser, também, apenas uma consequência estatística de um fenómeno bem conhecido. Neste artigo de opinião descrevo esse fenómeno.

Recentemente foram veiculadas notícias na comunicação social sobre o facto de que, supostamente, a toma de vitamina D diminuiria a taxa de transmissão da COVID-19. Foi feito em prime time, num órgão de comunicação social de referência, que me escuso a identificar aqui, porque o espírito deste artigo é contribuir para prevenir erros futuros. Desde logo me pareceu uma notícia extemporânea, por vários motivos. Mas talvez dois dos mais evidentes fossem a notícia referir uma não identificada “universidade italiana” como a fonte da informação, e depois porque não era fácil encontrar nenhuma referência clara na literatura da especialidade para o facto. A forma como a notícia apareceu é para mim um mistério, e a comprovar-se que era verdadeira, terei todo o gosto em reconhecer que estava errado. Afinal, essa deveria ser uma das boas características dos cientistas. Se lhes mostrarem evidências contra as suas opiniões, eles mudam de opinião. Mas se se comprovar que era falsa, então a conclusão óbvia é que o filtro deveria ter sido mais rigoroso. Até porque já estou a imaginar alguns malucos a furarem o isolamento social para irem para a praia fazer fotossíntese (nota: é uma figura de estilo, desista já, logicamente, e por enquanto, um ser humano não pode fazer fotossíntese!) na esperança de aumentar os níveis de vitamina D. E esse seria um bom exemplo de como uma notícia, transmitida de forma inofensiva, poderia fazer muito mais mal do que bem.

Depois de uma pesquisa pelas revistas da especialidade, nada apareceu de concreto. Mas curiosamente, apareceu uma referência que poderá estar na base do boato. Porque neste momento, referir-me a ele como noticia é incorreto. Sob o título “Evidence That Vitamin D Supplementation Could Reduce Risk of Influenza and COVID-19 Infections and Deaths” temos William B. Grant a defender a causa, num pre-print publicado na plataforma “preprints.org”. Bem, parece ciência afinal. Mas será? Se seguirmos o link para o perfil científico do autor, descobrimos duas coisas interessantes: a primeira, é que o William Grant é o diretor do “Sunlight, Nutrition and Health Research Center: San Francisco, California, US”. A segunda, é que ele já escreveu 347 artigos (impressionante, espero um dia chegar lá). O problema são as consequências disso. Por um lado, talvez fosse sensato dizer, na secção apropriada do seu “artigo”, que tem um claro conflito de interesses, afinal, dirige um instituto que tem por objetivo demonstrar os benefícios do Sol. Na realidade, em defesa da verdade, isso até lá está, mas o facto de inclusivamente um dos autores ser um vendedor de suplementos vitamínicos deveria ter sido uma indicação mais evidente de que as visões não são desinteressadas. Por necessidade de ser claro, o texto completo sobre conflitos de interesses é “WBG receives funding from Bio-Tech Pharmacal, Inc. (Fayetteville, AR). HL sells vitamin D supplements. GrassrootsHealth works with various supplement suppliers to test the efficacy of their products in various custom projects. These suppliers may be listed as sponsors of GrassrootsHealth. HPB has no conflicts of interest to declare”. A pergunta que fica ainda no ar é: mas são sete autores, um diz que desinteressado, dois com claríssimos e preocupantes conflitos de interesse. E os conflitos de interesse dos outros quatro? Adiante… A segunda, que liga com a primeira, é que desses 347 artigos… Bem, digamos que o tema destes é recorrente. Os quatro primeiros que não se referem à COVID-19 intitulam-se respetivamente: “Lower vitamin D status may help explain why black women have a higher risk of invasive breast cancer than white women”, “Targeted 25-hydroxyvitamin D concentration measurements and vitamin D3 supplementation can have important patient and public health benefits”, “The Latest Evidence from Vitamin D Intervention Trials for Non-skeletal Outcomes” e “Vitamin D status may help explain survival disparities among racial/ethnic groups of women with ovarian cancer”. Este é o padrão que segue não um cientista mas, eventualmente, um evangelista.

Na realidade, eu tenho poucas dúvidas de que ter um bom nível de vitamina D seja um fator de proteção para a COVID-19. Tal como será fazer desporto, ter uma alimentação regrada, e dormir pelo menos oito horas por noite. Todas essas coisas são fatores de proteção para tudo… Indicam um estilo de vida saudável. Mas esta anedota serve para desenvolver alguns temas fundamentais neste período da COVID-19.

O primeiro tema fundamental, é que, neste momento, não devemos acreditar em nenhuma notícia que não tenha por base um artigo científico. As noticias divulgadas pelos órgãos oficiais, pelo Governo, pela Direção-Geral da Saúde, pela Organização Mundial de Saúde, passam sempre por esse crivo (ou pelo menos, assim deveria ser, naturalmente, mesmo a esse nível pode haver falhas). Por outro lado, os jornalistas devem confirmar as fontes.

No exemplo que dei podem argumentar, que estava referido um artigo científico. Na realidade, estava um artigo que claramente não foi revisto por pares (o que é indicado no link do artigo com a frase “This version is not peer-reviewed”). Para quem não está familiarizado com o tema, os verdadeiros artigos científicos devem ser, pelo menos à luz do paradigma atual, revistos por pares, ou seja, outros especialistas que possam atestar sobre a qualidade científica dos mesmos. Só depois desse selo de qualidade (e há muitos problemas com o processo de criação desse selo de qualidade, mas pelo menos existe um processo claro e que para muitos ainda é a melhor de várias más opções para garantir a qualidade da ciência) é que podemos ter um mínimo de confiança num resultado publicado num artigo. Ou seja, voltando atrás, quase nada me impede – exceto talvez a integridade - de ir ao site referido de pre-prints e colocar lá um artigo intitulado “Os portugueses são mais resistentes que os espanhóis à COVID-19”. O que não faz com que isso seja verdade. Talvez pior seja o facto de o artigo acima, que comecei por ler apenas na diagonal (confesso, não merece mais – mas como um colega e amigo me disse, se vais escrever sobre o tema tens de ler até ao fim!), estar baseado em correlações escolhidas a dedo. Como por exemplo, o “facto” de que o surto surgiu no hemisfério norte – inverno - quando há menos Sol! A sério? Também surgiu no inverno quando a Ferrero Rocher produz os seus chocolates. Será a Ferrero Rocher a responsável pelo surto da COVID-19? Ou será que a Olá deve começar a fabricar gelados, porque no verão há mais gelados e o ano passado no verão não havia COVID-19.

A redução ao ridículo da argumentação leva-nos a identificar um dos pecados capitais da estatística. Não podemos confundir correlação com causalidade. E essa é a única base do artigo acima. Não tem dados recolhidos de forma direta. Tem um conjunto não aleatório de correlações escolhidas a dedo para suportar uma opinião pré-existente. E isso não é ciência. Isso não teria passado pela validação por pares, independentemente da vitamina D ser ou não boa para muita coisa. Note-se que, não estou, de forma alguma, a sugerir que os pre-prints sejam uma coisa má. São uma forma excelente de lidar com o problema da morosidade da ciência. Uma ferramenta fundamental para a comunicação entre cientistas. Mas não são uma fonte de informação para jornalistas ou para os políticos, que não têm a capacidade de os digerir corretamente. Têm de ser outros cientistas a digerir a informação e perceber se ela pode ser usada como um facto. E esse é um processo cheio de nuances.

O segundo tema fundamental é que, nesta fase, vão, mesmo assim, surgir muitas notícias falsas. Ou melhor, notícias sobre ciência e novidades científicas que acabam eventualmente por ser demonstradas erradas. Mas que surgem “honestamente”, na medida em que seguiram o devido processo científico. E não há muito a fazer sobre isso, é uma consequência da forma como a ciência é feita hoje em dia (e também aqui se poderia gerar toda uma discussão sobre como poderia ou deveria ser feita, mas deixamos isso para um outro dia). Isto porque, é bem sabido, a quase totalidade dos artigos científicos apresenta um efeito como válido se ele apresentar uma significância estatística. Ou seja, houve um procedimento, um teste de hipóteses, que nos mostra que o resultado obtido não deve ter sido apenas fruto do acaso, deve haver um efeito. Até aqui, quase tudo bem. O problema, é que como existem dados, e sempre que há dados há variabilidade, todas estas decisões são tomadas com base em incerteza. E qualquer decisão tomada com base em incerteza tem uma probabilidade, que esperamos baixa, de estar errada. O problema é que, neste momento, existem milhares de equipas a reunir dados e a gerar resultados. Imaginemos um exemplo concreto. Se tivermos 100 equipas neste mundo a fazer um ensaio clínico para ver se o medicamento A tem um efeito na COVID-19 (e este número não deve andar longe da verdade para algum medicamento!) então, se cada uma delas usar um critério que lhe permite garantir que só cometeria um erro na decisão 1% das vezes, mesmo assim em média, haverá pelo menos uma equipa a encontrar um efeito do medicamento A. E como só essa encontra o efeito, é essa que produz o artigo que é aceite na revista, rapidamente porque o tema é quente. E que passa na comunicação social. E assim se cria um efeito que, daqui a dois anos ou três, quando a febre tiver acalmado, se descobre que não tem efeito, porque, entretanto, outras equipas tentaram replicar o estudo e não o conseguiram. Na melhor das hipóteses, nada de grave aconteceu. Mas na pior das hipóteses, perdeu-se tempo e dinheiro ou o medicamento até tinha efeitos secundários complicados de que ninguém se apercebeu no início, porque a cura era promissora. E no final, não se morre da doença, mas morre-se da cura. Esta é uma palavra de cautela que por exemplo aqueles que estão à procura de uma vacina devem ter em mente.

A única forma de garantir que um resultado é de facto significativo do ponto de vista prático é a repetição sucessiva de experiências independentes que acumulem a evidência numa mesma direção. Um estudo isolado pode sempre, ser, apenas uma coincidência, uma imperfeição estatística, um acaso.

A mensagem acima é talvez confusa. Refere problemas, mas não apresenta soluções. A solução é o pensamento crítico. A sensibilidade e o bom senso. Afinal no que devemos e podemos acreditar? A verdade, é que não é simples, mas, para começar, procure pela opinião dos cientistas e acredite neles. Em particular, e aqui puxando "a brasa à minha sardinha", quando quiser perceber sobre a significância real de um suposto resultado estatisticamente significativo, atrevo-me a sugerir que procure um estatístico. São eles que percebem o processo acima e que podem, e devem, nesta fase, contribuir para fazer um escrutínio critico da informação que vai sendo reportada. E é fundamental que esta informação seja escrutinada, porque é ela que deve servir de base para todas as decisões políticas, muitas difíceis, que têm de ser tomadas.

Termino dizendo que não sei se a vitamina D pode ajudar ou não no combate à COVID-19. Como disse acima, baixos níveis dessa vitamina é mau sinal em geral, por isso, imagino que ajude. Tal como deve ajudar níveis de ferro aceitáveis ou não ter uma depressão profunda antes de ser exposto ao vírus. Mas não vamos por causa disso, começar a sugerir doses massivas de antidepressivos ou ferro como profilaxia do ponto de vista generalizado. E fazer disso notícia nesta fase, não ajuda de certeza. Porque a verdade é que, do ponto de vista científico, e tanto quanto me apercebo, não há evidências fortes num sentido, ou no outro.

Tiago Marques, professor DBA Ciências ULisboa e investigador do CEAUL
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Ciências da Sustentabilidade

O novo doutoramento da ULisboa foi concebido no âmbito do Colégio Food, Farming and Forestry e junta 42 professores de 17 faculdades e institutos da ULisboa. A primeira edição conta com 14 alunos.

navio James Clark Ross

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A ação COST CA 16118 ou Neuro-MIG visa o estabelecimento de uma rede de médicos e cientistas para o estudo das malformações do desenvolvimento cortical humano. Em setembro passado a comissão de gestão e os grupos de trabalho desta rede estiveram reunidos em Ciências ULisboa.

<i>Deep Learning</i>

A rubrica No Campus com Helder Coelho está de volta: “O que o homem tem necessidade, quando enfrenta o complexo, é de ‘agentes’ com um pouco de mais inteligência (estendida, aumentada) e de ajuda (cooperação, colaboração)”.

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Cerca de 90 alunos do Colégio S. João de Brito visitaram o DQB e DG Ciências ULisboa. O projeto educativo desta escola contempla a dinamização de atividades relacionadas com as ciências experimentais, destinadas a enriquecer as aulas de Estudo do Meio.

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José Francisco Rodrigues, professor do DM e investigador do CMAFcIO de Ciências ULisboa, escreve sobre a interação profícua entre a Matemática e a Biologia, no Ano da Biologia Matemática, que celebra o extraordinário progresso das aplicações matemáticas na Biologia.

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"Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" está nomeada para o prémio internacional Best Climate Solutions 2018. É o único projeto ibérico a concurso.

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Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com Sara Magalhães, professora do Departamento de Biologia Animal, investigadora do cE3c, e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia do site da Faculdade.

“Tomar consciência do tipo de relação que se tem connosco pode ser muito importante, na medida em que nos ajuda a perceber de que forma andamos ou não a cuidar de nós próprios”, escreve Andreia Santos, psicóloga do Gapsi, na sua rubrica habitual.

Átrio do C3

Este ano registaram-se mais de 6000 candidaturas aos cursos de Ciências ULisboa no âmbito do Concurso Nacional de Acesso. Em ambas as fases as vagas foram totalmente preenchidas. Durante a 1.ª fase de inscrições, matricularam-se 833 estudantes. A 2.ª fase de matrículas termina a 1 de outubro.

 Noite Europeia dos Investigadores

A Noite Europeia dos Investigadores foi lançada em 2005. “Ciência na cidade” é o tema desta edição que se realiza a 28 de setembro e conta com 22 iniciativas com o carimbo de Ciências ULisboa.

Ana Simões

É a primeira vez que uma cientista portuguesa preside à European Society for the History of Science. Ana Simões, professora do DHFC e cocoordenadora do CIUHCT, tomou posse como presidente desta sociedade científica, a 16 de setembro, durante o “8th ESHS Meeting”, ocorrido em Londres. O mandato de dois anos termina em 2020.

Golfinhos

Uma equipa multidisciplinar, que inclui membros do CEAUL, vai monitorizar comunidades de baleias e golfinhos ao longo da costa portuguesa. O objetivo é criar um atlas dos cetáceos em Portugal e protegê-los.

Sequência de vértebras caudais do exemplar de dinossáurio terópode

Elisabete Malafaia, doutorada em Ciências ULisboa, deixa alguns conselhos a quem quer seguir uma carreira em Paleontologia.A primeira autora do artigo do Journal of Paleontology é investigadora do IDL e da UNED e na prestigiada revista internacional apresenta os resultados do estudo feito ao conjunto de fósseis do dinossáurio carnívoro, descoberto em Torres Vedras e que indica a presença de carcarodontossáurios no Jurássico Superior de Portugal há 145 milhões de anos.

O SMART FARM CoLAB ficará localizado nas antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, em Torres Vedras

Ciências ULisboa participa através do cE3c, do BioISI e do IDL no recém-criado SMART FARM CoLAB.

Inscrições Ciências 2018

O primeiro período de matrículas para os alunos do 1.º ano, 1.ª vez em Ciências ULisboa termina a 14 de setembro. Pela primeira vez o processo é feito online.

Teresa Rodrigues

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de setembro é com Teresa Rodrigues, técnica superior da Biblioteca de Ciências ULisboa.

Tejo

Vanessa F. Fonseca, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE-ULisboa), doutorada em Biologia Marinha e Aquacultura por Ciências ULisboa, coordena o projeto Biopharma, que deverá terminar em 2019.

Jardim do Campo Grande

Os jardins do Campo Grande surgem entre os preferidos de Lisboa, de acordo com os resultados de um inquérito online desenvolvido pelo Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.

Alunos no átrio do C1

Ciências ULisboa preenche a totalidade das vagas na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior. Este ano houve mais de cinco mil candidaturas aos cursos da Faculdade.

Solidariedade

Colegas e amigos homenageiam José Rufino, falecido em julho passado, com uma missa em ação de graças e uma recolha de fundos para a Ciências Solidária, que será entregue a esta associação em nome do professor do Departamento de Informática de Ciências ULisboa.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, ficou a conhecer os carros solares de Ciências ULisboa

Sara Freitas, doutorada em Sistemas Sustentáveis de Energia por Ciências ULisboa, foi um dos membros da organização do Festival Solar de Lisboa 2018. O acontecimento contribuiu para a atribuição à cidade de Lisboa do prémio Capital Verde Europeia 2020.

Figura feminina

Andreia Santos, psicóloga do Gapsi, deixa uma questão para cada um pensar sobre si próprio: “Qual é a minha atitude perante aquilo que geralmente não pode ser mudado?”.

Mais de um milhão de euros para quatro projetos da ULisboa, ao abrigo do 1.º Concurso da FCT e da Aga Khan Development Network. Ciências ULisboa é a instituição proponente de um desses quatro projetos, participando noutro. Ao todo foram selecionados 16 projetos.

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