O bosão de Higgs e a FCUL

No dia 4 de julho de 2012, foi anunciada no CERN, em Genebra, a descoberta de uma nova partícula, cujas características são compatíveis com o bosão de Higgs, uma peça fundamental do Modelo Padrão das Partículas Elementares, prevista faz cerca de 50 anos. O seu papel especial deve-se ao facto de “dar massa” às partículas elementares. Com efeito, as simetrias da teoria, que explicam as regularidades observadas nas propriedades das partículas, implicavam que a massa fosse nula, o que não fazia sentido. O bosão de Higgs através do chamado “mecanismo da quebra espontânea de simetria”, permite que a descrição teórica das partículas elementares com massa continue a respeitar as simetrias fundamentais.

Os resultados anunciados no CERN de manhã pelas duas experiências, ATLAS e CMS, foram apresentados no mesmo dia à tarde numa sessão de divulgação na FCUL, organizada pela professora Amélia Maio (DF-FCUL, CFNUL e LIP), a responsável pela participação portuguesa na experiência ATLAS. A apresentação dos resultados foi feita pela investigadora Patricia Conde Muíño (LIP), responsável pela análise do Higgs do grupo português. O professor Pedro Ferreira (ISEL e CFTC-FCUL), ativo na investigação em modelos do Higgs, falou sobre o enquadramento teórico destes resultados e suas implicações para o futuro. Seguiu-se um animado debate, moderado pelo professor Augusto Barroso (CFTC-FCUL), em que, para além do numeroso público, participou um painel constituído por especialistas da área.

A descoberta do bosão de Higgs é um objetivo de longa data da Física Experimental de Partículas, e foi um dos principais motivos (mas não o único), para a construção do Grande Colisionador de Hadrões (LHC), no CERN. O LHC produz colisões de protões de alta energia (8 TeV), com uma intensidade muito elevada (800 milhões de interações por segundo), o que lhe permite produzir eventos raros, como os de aparecimento do Higgs.
Estes eventos são observados por dois detetores de grande complexidade – ATLAS e CMS – que medem os resultados  da sua imediata desintegração em vários tipos de outras partículas.

Através do LIP e de várias universidades, Portugal participou desde o início no projeto de construção, instalação, operação e análise dos dados de ambas as experiências.

Em particular, a FCUL está ligada à experiência ATLAS desde o seu início em 1992. Amélia Maio foi desde o início a responsável da equipa portuguesa, equipa essa que além das análises de dados em que tem participado, contribuiu de forma decisiva para o projeto e construção do calorímetro hadrónico Tilecal de ATLAS, cujas fibras óticas WLS foram selecionadas, polidas e espelhadas nos laboratórios do CFNUL, um trabalho de I&D seguido de produção à escala industrial envolvendo 600 mil fibras. A FCUL teve também um papel importante no sistema de Trigger/DAQ de ATLAS através do trabalho do professor António Amorim (DF-FCUL, SIM-FCUL) e do seu grupo, com contribuições importantes para a base de dados de condições de ATLAS (Conditions DB) e respetivas interfaces.

Amélia Maio (DF-FCUL, CFNUL, LIP), José Maneira (LIP, DF-FCUL), Agostinho Gomes (LIP, DF-FCUL) e Patricia Conde Muíño (LIP)

Falta pouco para a Faculdade voltar a ser homenageada com a atribuição de mais duas insígnias de professores eméritos a dois dos seus docentes aposentados.

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Ciências integra um consórcio europeu que vai receber do programa Horizon 2020 cinco milhões de euros para desenvolver, entre 2018 e 2021, a mais avançada tecnologia de espectrometria de massa.

Agora que terminaste o ensino secundário e estás prestes a iniciar esta nova etapa, vários vão ser os desafios pessoais e académicos que vais enfrentar.

O "MOONS Science Consortium Meeting" termina esta quarta-feira, dia 13 de setembro, após dois dias de reuniões. O encontro "à porta fechada" decorre no campus de Ciências e visa consolidar os casos científicos e discutir as estratégias de observação do espectrógrafo, cuja fase de construção arranca agora.

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Ciências preencheu 99,9% das suas vagas na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior, a taxa mais elevada desde que há registo.

No dia 14 de setembro, pelas 17h30, a arqueóloga Lídia Fernandes vai falar sobre o chão, no MUHNAC-ULisboa, em mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência.

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As Olimpíadas Internacionais de Ciências da Terra ocorreram nos dias 29 e 30 de agosto, em Nice, na Côte d'Azur, em França. Pelo terceiro ano consecutivo, os estudantes do ensino secundário português voltaram a conquistar medalhas.

Depois de ter passado pela Austrália, África do Sul, EUA e Reino Unido, entre outros países, a EMAPI chega a Portugal.

Valiant acredita que a ciência da aprendizagem permanece apenas explorada parcialmente, e que o uso das previsões (via a Aprendizagem) no mundo atual, tão sujeito às mudanças e às surpresas, é particularmente interessante. Por exemplo, os sistemas biológicos são altamente adaptativos, e compreender o que eles fazem, passo a passo, e porquê tem êxito, levaram-no a considerá-los como tópicos ideais para uma teoria da aprendizagem e da ciência da computação.

O “5th International Tsunami Field Symposium” realiza-se de 3 a 7 de setembro de 2017, em Lisboa e no Algarve e reúne a elite mundial no estudo de depósitos de tsunami, destaque para os dois oradores convidados - Alastair Dawson e Raphael Paris.

O projeto “Caixa Sismológica”, do Agrupamento D. Maria II, com sede na Escola Básica e Secundária Gama Barros, no Cacém, venceu o concurso internacional “Ciência na Escola”, 1.º escalão – Educação Pré-escolar, promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Neste escalão do concurso, participaram 48 projetos, dos quais só 12 chegaram à fase final, em Coimbra.

Após perto de dez anos de planeamento e construção, o espectrógrafo ESPRESSO vai ser instalado no Very Large Telescope, do ESO, no Chile. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço é um dos membros do consórcio, pelo que terá acesso a 273 noites de observação com o VLT.

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

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grupo de participantes

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A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

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