Ciências do Mar

Atlantic Meriodional Transect

Estudantes e jovens investigadores embarcam em missões oceanográficas

Andreia Tracana, Giulia Sent e Carolina Sá junto ao Discovery em Ponta Delgada

Andreia Tracana, Giulia Sent e Carolina Sá junto ao Discovery em Ponta Delgada

Imagem cedida por VB

“Vivemos num tempo global, com problemas globais, a atividade de investigação tem de ter forçosamente um carácter internacional. Sobretudo no mar, que não tem fronteiras. A nossa participação nesta missão, para além do treino, terá como fruto papers em conjunto com investigadores de outros países que participam no AMT, redação de projetos a submeter a entidades financiadoras, e por outro lado, mostrar que temos alunos e investigadores bem preparados, capazes de responder a desafios desta ordem, e assim, promover a ciência (e a cultura) portuguesas.”
Vanda Brotas

Carolina Sá, professora do Departamento de Biologia Vegetal (DBV) e investigadora do polo da Faculdade do Centro de Ciências do Mar e Ambiente (MARE), doutorada em Ciências do Mar, juntamente com Andreia Tracana, Giulia Sent respetivamente mestre e estudante do mestrado em Ciências do Mar, também elas investigadoras do MARE Ciências ULisboa, participaram no 29.º cruzeiro Atlantic Meridional Transect (AMT), que atravessou o Atlântico, desde o Reino Unido até Punta Arenas, na América do Sul, a bordo do navio Discovery.

Esta campanha oceanográfica iniciada a 13 de outubro deste ano, terminou no fim de semana passado, a 24 de novembro, no âmbito do programa AMT, criado em 1995 e que consiste na realização de cruzeiros oceanográficos anuais ao longo do Atlântico, tendo em vista a recolha de dados de oceanografia física e química, e comunidades biológicas com ênfase no plâncton.

O AMT visa obter uma série temporal única (1995/2019) de observações in situ e de observação remota da estrutura e propriedades biogeoquímicas dos ecossistemas planctónicos do oceano Atlântico, tendo como meta estudar o ciclo do carbono. Inicialmente o AMT organizava dois cruzeiros por ano. Os dados recolhidos nestas missões oceanográficas permitem estudar eventuais mudanças, durante este período, contribuindo para uma questão cada vez mais presente no dia-a-dia - as alterações climáticas e consequentes alterações nos ecossistemas.

No passado dia 22 de outubro, o navio Discovery aportou em Ponta Delgada, em São Miguel, Açores. O momento ficou registado em fotografia.

O curso em Ciências do Mar pretende com efeito ser interdisciplinar e chamar a atenção dos alunos para problemas/temas concretos que existem na atualidade, nas várias áreas que se incluem as Ciências do Mar, e onde são precisos profissionais qualificados.

A mais valia do curso reside no leque variado de disciplinas, nas diferentes origens dos alunos (em termos de licenciatura e de universidade), potenciando-lhes um networking que lhes será seguramente útil no futuro. Por outro lado, os alunos têm grande contacto com os docentes, participando, sempre que possível, em projetos de investigação a decorrer. É um curso que tem permitido perceber quais os interesses de cada aluno(a), e canalizá-lo(a) para uma tese (no 2.º ano), que corresponda às competências, expetativas e sonhos!

Vanda Brotas

No âmbito da sua tese de mestrado Giulia Sent é orientada por Carolina Sá. Giulia Sent também tem sido bolseira do projeto AquaSado, sob a responsabilidade de Ana Brito, investigadora do DBV e MARE Ciências ULisboa.

“A Giulia é uma pessoa muito interessada e proactiva, que tem ‘crescido’ muito desde que está na nossa equipa; creio que ela se ‘apaixonou’ pela área de observação da Terra pelos satélites, especificamente pela deteção remota da cor do oceano e suas aplicações”, conta a professora do DBV e investigadora do MARE Ciências ULisboa, Vanda Brotas, coordenadora daquele mestrado da Faculdade e do projeto Portwims.

A possibilidade de estudantes ou jovens investigadores embarcarem em missões oceanográficas deve-se ao Portwims, um projeto twinning, do H2020 e que tem como objetivo aumentar o nível da investigação na área de Ciências do Mar. No âmbito deste projeto há ainda outras ações dirigidas a estudantes de mestrado ou doutoramento, tais como summer schools internacionais e estágios nos laboratórios das instituições parceiras do projeto, nomeadamente Plymouth Marine Laboratory (PML), no Reino Unido, e Alfred Wegener Insitute (AWI), na Alemanha.

Vanda Brotas refere a este propósito que uma das questões identificadas no projeto foi a escassa participação de portugueses em cruzeiros internacionais, pelo que para colmatar essa falha, tem havido orçamento para permitir a participação de jovens do MARE Ciências ULisboa em tais cruzeiros como os do AMT. “É uma grande responsabilidade enviar alguém para um cruzeiro de quase seis semanas, com um plano de trabalho exigente, e com a tarefa de produzir dados de grande qualidade. Não é um cruzeiro de ‘férias’ (embora saiba que se divertem bastante) … Por exemplo, a Giulia e a Carolina ficaram encarregues de fazerem medições num ‘sun-photometer’ da NASA, para medir as propriedades óticas dos aerossóis da atmosfera! À Andreia Tracana, que já foi no ano passado, foi-lhe pedido pelo chefe de cruzeiro, que ficasse responsável pelas medições de pH (para o que tinha recebido treino no ano anterior) e que servirão para avaliar a acidificação das várias regiões do Atlântico”, explica.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Será possível ter uma pessoa dentro de um scanner e dizer-lhe para mudar a atividade de diferentes zonas do seu cérebro, com base no que estamos a observar num monitor desse mesmo scanner? Pode a Inteligência Artificial (IA) abordar e interatuar com a Neurociência, e vice-versa?

Quase a terminar o ano, surgem as frequentes resoluções de ano novo, um conjunto de ideias e desejos para aquele que se perspetiva ser um ano talvez igual ou melhor que o anterior. Existem assim duas perspetivas temporais: o ano que passou (o passado) e o que vem (futuro), e é sobre a integração destas duas perspetivas que gostaria de deixar uma reflexão.

Estas duas imagens foram produzidas por André Moitinho, Márcia Barros, Carlos Barata do Centro Multidisciplinar para a Astrofísica (CENTRA) e Hélder Savietto da Fork Research no âmbito da missão Gaia.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de dezembro é com Rodrigo Maia, técnico superior do Laboratório de Isótopos Estáveis do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

A cidade é um bom exemplo de um sistema adaptativo, inteligente e complexo. Fala-se hoje muito em cidades espertas, onde os peões e os habitantes só encontram motivos para viverem contentes, porque tudo é pensado para os ajudar, graças à capacidade analítica sobre os dados das pessoas e das cidades. A sua manutenção é imprescindível, e a sua renovação deve obedecer à inteligência e jamais à usura. Nem sempre isso ocorre.

O projeto AQUA LINE, da empresa PEN Wave, vencedor do concurso MAREINOV Montepio, destina-se a produzir de forma inovadora microalgas e copépodes para o sector da aquicultura.

André Borges, Bernardo Tavares e Luis Martins, alunos do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente venceram o 1.º Hackathon de Transportes Internacional de Moscovo. A equipa classificada em 1.º lugar contou ainda com estudantes de Espanha e Colômbia.

O Prémio Luso-Espanhol de Química 2017 foi atribuído a Amélia Pilar Rauter, professora do Departamento de Química e Bioquímica e coordenadora do Grupo da Química dos Glúcidos do Centro de Química e Bioquímica de Ciências.

O quinto livro de António Damásio, colocado à venda a 3 de novembro, aborda o diálogo da vida com os sentimentos, como formadores da consciência e motor da ciência, e o que daí resulta, em especial para a cultura (ou ainda, sobre a estranha ordem, da sensação à emoção e depois ao sentimento). Os sentimentos são sinais da nossa vida e também os motivadores da criação intelectual dos homens. E, daí resultam multitudes de condutas, padrões variados de comportamentos. Enfim, os sentimentos facilitam a formação da nossa personalidade.

Uma das melhores decisões de Ricardo Rocha foi estudar Biologia em Ciências. Aqui fez amigos e aprendeu. Na entrevista que se segue fica a conhecer o antigo aluno de Ciências, membro do cE3c e investigador pós-doutorado da Universidade de Cambrigde, galardoado com o 1.º lugar do Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias, lançado este ano pela primeira vez pela Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A procrastinação é uma das grandes causas do insucesso académico e fonte de muito sofrimento e conflito interno. Para conquistar a procrastinação podemos começar por nos questionarmos: porque é que ando, constantemente a adiar.

Um estudo publicado na revista científica Science, do qual Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é coautor, demonstra que há mais de 34 000 anos os grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

No âmbito dos projetos “MoTHER – Mobilidade e Transição em Habitações Especiais e Reativas” e “HIPE – Habitações Interativas para Pessoas Excecionais”, Manuel J. Fonseca, Luís Carriço e Tiago Guerreiro, professores do Departamento de Informática e investigadores do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, irão desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida, nomeadamente a autonomização de pessoas com lesões vertebro medulares, alojadas em residências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Ciências Solidária foi constituída por escritura pública em 6 de abril de 2016, por iniciativa da Direção da Faculdade de Ciências, com o apoio de vários membros da comunidade. É um projeto de proximidade, baseado na responsabilidade social, com o fim de contribuir para a construção de uma comunidade mais justa e solidária.

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de novembro é com Emília Real, assistente técnica do Departamento Física de Ciências.

Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

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