Porquês com Ciência

“Sem ciência não há futuro, e o futuro são os jovens”

Sara Magalhães é protagonista do primeiro vídeo “Porquês com Ciência”

Sara Magalhães no estúdio da FCCN

As gravações do projeto aconteceram no estúdio da FCCN

DCI Ciências ULisboa

Sara Magalhães é professora do Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa desde 2016 e investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c). “Os ácaros são assim tão feios, porcos e maus?” é o tema apresentado pela professora, que inaugura o projeto “Porquês com Ciência”.

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A trabalhar na Faculdade desde 2008 como investigadora no cE3c, é atualmente professora associada, lecionando a disciplina de Evolução no 2.º ano da licenciatura em Biologia, e a disciplina Genes e Adaptação no 1.º ano do mestrado em Biologia Evolutiva e do Desenvolvimento.

No decurso das suas aulas são estudadas as componentes da evolução por seleção natural; abordadas as causas e consequências das alterações nas características dos indivíduos ao longo do tempo; o papel das interações entre organismos na trajetória evolutiva das populações; e a importância da Biologia Evolutiva para a sociedade, nomeadamente no que diz respeito ao estudo da resistência a antibióticos e à seleção artificial de plantas e animais para a alimentação humana.

A professora é licenciada em Biologia pela Ciências ULisboa e doutorada em Biologia pela Universidade de Amesterdão, tendo frequentado pós-doutoramento no Institut des sciences de l'évolution de Montpellier, em França, e no Instituto Gulbenkian de Ciência. Conta que as experiências no estrangeiro lhe permitiram “criar uma rede de contactos bastante alargada, que continua a ser muito útil hoje em dia, porque a ciência é um processo colaborativo e é muito bom poder tirar dúvidas ou discutir ideias com outras pessoas”.

Em 2017 Sara Magalhães foi distinguida com uma menção honrosa no âmbito do Prémio Científico ULisboa/Caixa Geral de Depósitos, na área da Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia.

No ano passado recebeu um Prémio Tremplin Mariano Gago, um financiamento no valor de 21.000€ para trabalhar no projeto “O efeito da competição e simbiose na virulência de um parasita de plantas" coordenado por si e Alison Duncan.

2016 foi um ano importante na vida de Sara Magalhães. Nesse ano, foi contratada como professora na Ciências ULisboa, o que lhe permitiu manter um emprego estável sem necessidade de se candidatar, ano após ano, a diversos concursos, conta. Para além disso, obteve uma bolsa de dois milhões de euros para estudar de que forma a competição entre organismos influencia a evolução das espécies, e permitiu-lhe “fazer a ciência que sempre desejou fazer”. O dinheiro da bolsa Consolidator Grant do European Research Council (ERC) permitiu-lhe ainda assegurar o salário de várias pessoas do seu grupo de investigação durante cinco anos. Foi a primeira vez que uma bolsa ERC Consolidator Grant foi atribuída na área da Ecologia e Evolução em Portugal.

O lançamento do projeto da Caravana AgroEcológica, em 2019, é um dos acontecimentos que destaca na sua vida profissional. A iniciativa do Laboratório Vivo para a Sustentabilidade pretende estreitar relações entre produtores, consumidores e investigadores através da agroecologia. Coordenado pela cientista, o projeto tem desenvolvido diversas atividades: dias abertos para os produtores, rotas para dar a conhecer as produções, programas de rádio e visitas a escolas.

A Evolução é a área de estudo da Biologia na qual se especializou, sendo os ácaros herbívoros o seu principal foco de estudo. O grupo de investigação do cE3c “Evolutionary Ecology”, o qual integra e coordena, dedica-se ao estudo das implicações evolutivas de interações bióticas: entre parasitas (ácaros) e hospedeiros (plantas); entre machos e fêmeas, da mesma espécie ou de espécies diferentes; ou entre ácaros e fungos ou bactérias, relações que podem ser benéficas ou nocivas.

Sara Magalhães explica que o estudo dos ácaros é facilitado porque estes têm um tempo de geração relativamente curto, possibilitando ao investigador acompanhar, em tempo real, a evolução das suas características. Atualmente a investigadora está envolvida em dois projetos relacionados com o estudo destes animais microscópicos.

O primeiro projeto procura perceber de que forma a exposição a pressões de seleção, como a presença de plantas com cádmio ou de competidores, pode afetar a evolução das populações de duas espécies de ácaros. Até agora, a equipa descobriu que a resposta dos ácaros ao cádmio não é linear: um pouco de cádmio leva a uma maior reprodução, enquanto que muito leva a menos ovos produzidos; também estão a estudar de que forma cada espécie se adapta à presença dum competidor - a ordem de chegada das duas espécies de ácaros afeta a probabilidade de coexistência das mesmas.

A equipa está também a tentar perceber de que forma a temperatura altera o sistema de reprodução dos ácaros. Até agora observaram que tanto os machos como as fêmeas ficam parcialmente estéreis a altas temperaturas, mas as fêmeas podem recuperar alguma fertilidade ao acasalarem com mais do que um macho.

porquês com ciência
“Porquês com Ciência” é o novo projeto de divulgação científica da Ciências ULisboa

Paralelamente a todo o trabalho que desenvolve na Ciências ULisboa, Sara Magalhães integra ainda a Bolsa de Palestras da Faculdade, sendo responsável pela palestra “Ácaros, feios, porcos e maus”, na qual explica que, pelo contrário, os ácaros são até bem “bonitos, limpinhos e bons”! Este foi também o mote para o primeiro vídeo do projeto “Porquês com Ciência”, já disponível no canal YouTube da Faculdade.

Para a investigadora, faz todo o sentido sensibilizar os jovens do ensino básico e secundário para a ciência porque “sem ciência não há futuro, e o futuro são os jovens”. Considera as Bolsas de Palestras uma “excelente iniciativa”, pois permite aproximar os investigadores dos estudantes. “Quem me dera poder assistir a algumas delas [palestras]!”, diz.

 

 

 

 

Marta Tavares, Gabinete de Jornalismo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O quinto Dictum et factum é com Andreia Rezende, técnica superior do Gabinete Jurídico de Ciências.

Trinta e três pessoas submeteram até ao final do passado mês de março mais de 200 fotografias no âmbito do Concurso de Fotografia de Ciências 2016. Durante o Dia de Ciências – a 19 de abril de 2016 – foram atribuídos os prémios e as menções honrosas às melhores imagens do concurso.

Um grupo de investigadores do Centro de Química e Bioquímica de Ciências, da Osaka Prefecture University (OPU), no Japão, do Rutherford Appleton Laboratory, no Reino Unido e de duas instituições francesas - o Institut de Chimie de Clermont-Ferrande e o CNRS - sintetizou um novo nanomaterial considerado como catalisador verde de nova geração. 

O Dia de Ciências 2016 foi celebrado no dia do aniversário da Faculdade – 19 de abril – e juntou, como em anos anteriores, alunos, professores, investigadores, outros funcionários desta faculdade, seus familiares e amigos.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, participa na cerimónia “CPLP 20 anos - A Diversidade Cultural que Nos Une”, cujo objetivo é comemorar o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, celebrado a 5 de maio de 2016, no Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa.

Diz-se que nem sempre pensamos por linhas direitas, quase sempre seguimos por curvas, em ziguezagues, corrigindo o que estava confuso, unindo e simplificando, recorrendo a imagens e metáforas, para ajudar os outros a capturarem a essência das coisas.

A próxima sessão da Cicloficina realiza-se a 2 de maio de 2016, pelas 17h00, no parque de bicicletas do C5.

A iniciativa do Departamento de Informática de Ciências - organizada no âmbito do Girls in ICT Day - visa promover uma reflexão sobre as potencialidades das Tecnologias da Informação e Comunicação junto de jovens raparigas, pais e professores. 

logotipo da iniciativa

A inscrição no Dia Aberto é gratuita, obrigatória e não tem data limite. Os visitantes a 27 de abril de 2016 podem conhecer a faculdade sozinhos ou acompanhados, em 30 minutos ou o dia inteiro.

O plano de atividades deve ser um ato participado, de modo a congregar os esforços que as partes estão dispostas a investir no todo. As unidades de serviços souberam dar este passo importante, estabelecendo objetivos anuais e metas de concretização para as atividades previstas.

Daniel Kahneman, um psicólogo que obteve o prémio Nobel da Economia em 2002, escreveu o livro “Thinking Fast and Slow” (2011) para nos ensinar que a inteligência precisa da intuição, e isso explica aqueles modos de pensar, com duas velocidades.

Paul Schmit, embaixador do Grão-Ducado do Luxemburgo em Portugal visita a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no âmbito da receção de boas-vindas aos alunos do “2nd Intensive Study Programme (ISP)”, um curso avançado em Segurança Informática, destinado a alunos de mestrado

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O quarto Dictum et factum é com Ricardo Ferreira, bolseiro da Segurança do Trabalho.

Os estudantes da Escola Técnica e Liceal Salesiana de Santo António e do Colégio dos Plátanos venceram as semifinais das Olimpíadas de Química Júnior 2016 ocorridas em Ciências este sábado, dia 9 de abril.

A mostra itinerante “A ULisboa é para todos”- inaugurada esta segunda-feira - está em exibição até 15 de abril, no átrio do edifício C3, no campus de Ciências.

Quando Ana Henriques Pato terminou em 2002 o ensino secundário, na Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, em Almada, com a média de 18 valores, escolheu Ciências. A sua ligação à Faculdade não ficou por aí.

O Departamento de Química e Bioquímica de Ciências volta uma vez mais a aderir a este concurso com 13 anos e que este ano conta com cerca de 266 escolas inscritas, segundo dados disponibilizados pela Sociedade Portuguesa de Química.

Os estudantes de Ciências elegem no dia 28 de abril os três alunos representantes do Conselho de Escola para os próximos dois anos.

O Instituto Dom Luiz organiza a conferência “COP 21 - Desafios para Portugal depois da Conferência de Paris”, no próximo dia 22 de abril de 2016, no edifício C8, no anfiteatro 8.2.30, sito na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Nove em cada dez dos inquiridos têm conhecimento do projeto HortaFCUL.

Arquitetos, filósofos, advogados, Maria João Collares Pereira refere que os formandos eram sobretudo das humanidades, por isso “para ensinar coisas complicadas a pessoas com esta formação é preciso saber divulgar ciência”.

O quadrado design-ideias-tecnologia-negócios tem vindo a marcar os últimos anos das start-ups, as suas perspetivas e novas possibilidades, com uma inovação extraordinária que atrai os consumidores e faz crescer o valor de uma empresa.

“Todos chegaram ao final com um projeto, um protótipo como se pretendia e com algumas ideias bem interessantes!”, comenta Bernardo Tavares, um dos organizadores do primeiro Lisbon Green Hacakthon.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa?

Ciências participa no dia 19 de março de 2016 nas Masterclasses Internacionais em Física de Partículas.

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