Pormenor de análise de agrupamento multidimensional de infeções microbianas
A Maxdata Software tem várias parcerias com o sistema científico e tecnológico português e em especial com a Universidade de Lisboa. Para Paulo Sousa, managing director e CEO da Maxdata Software, este consórcio é muito importante porque se foca num produto recente CLINIdATA® Vigilant, lançado em 2013 para a área da vigilância epidemiológica. O produto em questão deteta de forma automática infeções hospitalares, comunitárias, portanto, infeções transversais a vários hospitais.
“Com este projeto vamos conseguir dar um salto gigante, vamos conseguir detetar infeções desconhecidas, vamos ter um motor de inteligência artificial e vamos conseguir prever, detetar infeções por microrganismos ainda desconhecidos na altura de configuração do sistema, no fundo vamos permitir oferecer melhores cuidados de saúde aos cidadãos”, explica Paulo Sousa, que tem como objetivo tornar este produto uma referência a nível mundial.
“O projeto RESISTIR terá um impacto muito significativo no controlo de infeção e diminuição dos custos associados a determinadas patologias, criando condições tecnológicas para a prática de medicina de precisão na área das doenças infeciosas”. Quem o diz é Ricardo Dias, investigador do BioISI - Instituto de Biossistemas Ciências Integrativas e Cátia Pesquita, professora do Departamento de Informática e investigadora do LaSIGE - Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala.
O projeto RESISTIR, cofinanciado pelo Portugal 2020, insere-se num consórcio que reúne membros do BioISI e do LaSIGE, entidades empresariais na área de eHealth, sob coordenação da Maxdata Software e diversas instituições de saúde, como é o caso do Centro Hospitalar Lisboa Norte, cujo acordo estratégico de cooperação soi assinado em setembro deste ano. Carlos Martins, presidente do Conselho de Administração deste estabelecimento hospitalar público, realça a importância da criação deste tipo de sinergias. “Sozinhos seria mais difícil, iria demorar mais tempo, teria um custo maior e se calhar o resultado não seria com o sucesso que se antevê neste acordo (…) este tipo de sinergias deixa-nos satisfeitos”.
O projeto RESISTIR iniciou-se em abril deste ano e visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.
“Todo o consórcio está expectante com o impacto do projeto, inclusive existe um hospital norte-americano de referência que está como parceiro observador de modo avaliar o potencial de replicação do modelo para a realidade norte-americana”, referem Ricardo Dias e Cátia Pesquita.