WBME

Workshop on BioMedical Engineering:
Onde a Tecnologia encontra a Medicina

Foto de grupo da organização do evento
DCI

Terminou, no passado dia 19 de outubro, no Grande Auditório de Ciências ULisboa, a 16.ª edição do Workshop on BioMedical Engineering, um evento onde professores, investigadores e estudantes se juntam para construir um espaço “onde a Tecnologia encontra a Medicina”.

Vivemos tempos em que a Saúde é uma prioridade e em que as inovações na Medicina são sempre aguardadas com enorme expectativa, o que se pode explicar com as exigências da sociedade em resposta aos problemas da atualidade. É, em muito por isto, que, hoje em dia, se procuram soluções económicas, fiáveis, portáveis e com resultados cada vez mais independentes do utilizador. Está em voga, nesta abordagem, a Medicina 5 P’s: preditiva (capaz de antever a evolução das condições de saúde dos pacientes), preventiva (com abordagens para a população em geral que promovam a diminuição da incidências de uma doença), precisa (para obtenção de resultados dos quais se podem tirar conclusões com uma margem de erro cada vez menor), participativa (com a emancipação do paciente o mais possível no serviço que lhe é prestado) e personalizada (feita à medida daquilo que cada paciente precisa e à luz das suas características próprias).

Sessão de networking.
Fonte  DCI

Cada vez somos mais exigentes com os resultados em Saúde e cada vez vemos as soluções da Engenharia Biomédica como vias confiáveis para a prestação dos melhores serviços a pacientes. Isto justifica muito do investimento público e privado que tem sido feito nacional e internacionalmente nesta área que tem cativado, ao longo dos últimos anos, cada vez mais jovens.

Sessão de abertura.
Fonte  DCI

É precisamente de entre os jovens que nasceu o WBME, que somou neste mês de outubro dezasseis edições. A organização é levada a cabo pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Biomédica e Biofísica (NE2B2) de CIÊNCIAS, e conta com o apoio do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) e da própria Faculdade, nomeadamente do Departamento de Física. Os participantes deste evento puderam contar com workshops durante a semana de 14 a 18 de outubro sobre Inteligência Artificial (IA) em Cuidados de Saúde, Impressão 3D, Diagnósticos de Doenças Neurodegenerativas, ligações entre Empreendedorismo e Engenharia e ainda utilização de Brain Computer Interfaces (BCI) com Realidade Virtual (VR) para neuro-reabilitação.

Kim Hutchinson e Arjo Loeve.
Fonte  DCI

Já as palestras do dia 19 de outubro começaram com a Engenharia Forense, com a ir. Kim Hutchinson e o Dr. ir. Arjo Loeve, dois investigadores da Universidade de Delft, nos Países Baixos. Procurou-se explorar em que circunstâncias é que crianças podem sofrer lesões na cabeça em resultado de serem abanadas: um tema que tem levado a muito debate sobre a responsabilidade de quem abana as crianças, com casos judiciais em curso.

Pedro Delgado.
Fonte  DCI

De seguida, os presentes puderam entender como é que a Biomecânica e a Neurofisiologia podem ter um papel de relevo nas competições desportivas de elite. O Eng. e estudante de doutoramento do IBEB Pedro Delgado partilhou como é que nos projetos que desenvolveu junto do Sport Lisboa e Benfica e do Sporting Clube de Portugal (este último ainda em curso), explora aplicações da Engenharia Biomédica para avaliar e melhorar a performance de jogadores de futebol profissionais e ainda, a nível da formação, perceber a adequação dos jogadores às suas posições em campo através da análise da atividade cerebral durante testes cognitivos.

Daniela Godinho.
Fonte  DCI

A terceira convidada foi a Dr. Daniela Godinho, professora e investigadora do IBEB e membro do projeto 3BATwin: Bone, Brain, Breast and Axillary Medical Microwave Imaging, um projeto EU Twinning com financiamento de 1,5 M€, em colaboração com o Politécnico de Turim (POLITO), em Itália, e a Universidade de Galway, na Irlanda. Este projeto arrancou este ano e pretende avaliar a relevância e desenvolver nos próximos 3 anos as Micro-ondas como novo método de imagiologia médica, complementando muitos dos que já existem atualmente para diagnóstico e monitorização de doenças como Cancro da Mama, Cancro da Axila, Aneurisma, Alzheimer, Osteoporose, entre outras. A imagem por micro-ondas tem pior resolução que uma mamografia convencional (por exemplo), mas tem a vantagem de ser um método muito mais barato, que não exige compressão da mama, o equipamento é portável, e não emite radiações ionizantes (o que lhe confere um enorme potencial na monitorização da doença).

David Pereira.
Fonte  DCI

A sessão de palestras terminou com a apresentação da melhor tese de mestrado em Engenharia Biomédica e Biofísica deste ano: o Eng. David Pereira apresentou os resultados do seu projeto sobre Dinâmica Neuronal em Peixes-Zebra, que desenvolveu na Fundação Champalimaud. Este evento de participação gratuita contou ainda com uma sessão de posters científicos, um programa de visitas a instituições como o Hospital da Luz e a Fundação Champalimaud, e uma sessão de networking com empresas conceituadas na área.

Sessão de posters.
Fonte  DCI

A Engenharia Biomédica tem, de facto, levado ao desenvolvimento das mais recentes inovações em saúde e tem moldado a forma como estamos conectados com o mundo e como definimos aquilo que é a qualidade de vida. Atualmente, é possível andar com pernas biónicas, é possível ouvir com implantes cocleares, é possível ser autónomo mesmo sendo diabético, é possível otimizar o nosso sono com estimulação cerebral e é possível, no nosso dia a dia, ter medidas de dados de saúde e bem-estar como pressão arterial e motricidade em wearables tão comuns como smartwatches ou smartphones.

ORganização do evento com Professores Hugo Miranda e Nuno Matela.
Fonte  DCI

Todas estas provas de desenvolvimento levam-nos a questionarmo-nos sobre o que o futuro nos trará. O que quer que seja, terá a sua oportunidade de estar no Workshop on BioMedical Engineering em 2025, em conjunto com os outros desenvolvimentos da Engenharia Biomédica em Portugal e no estrangeiro.

Afonso Simões (Vice-Presidente do NE2B2 - Núcleo de Estudantes de Engenharia Biomédica e Biofísica)
dci@ciencias.ulisboa.pt

Quase a terminar o ano, surgem as frequentes resoluções de ano novo, um conjunto de ideias e desejos para aquele que se perspetiva ser um ano talvez igual ou melhor que o anterior. Existem assim duas perspetivas temporais: o ano que passou (o passado) e o que vem (futuro), e é sobre a integração destas duas perspetivas que gostaria de deixar uma reflexão.

Estas duas imagens foram produzidas por André Moitinho, Márcia Barros, Carlos Barata do Centro Multidisciplinar para a Astrofísica (CENTRA) e Hélder Savietto da Fork Research no âmbito da missão Gaia.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de dezembro é com Rodrigo Maia, técnico superior do Laboratório de Isótopos Estáveis do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

A cidade é um bom exemplo de um sistema adaptativo, inteligente e complexo. Fala-se hoje muito em cidades espertas, onde os peões e os habitantes só encontram motivos para viverem contentes, porque tudo é pensado para os ajudar, graças à capacidade analítica sobre os dados das pessoas e das cidades. A sua manutenção é imprescindível, e a sua renovação deve obedecer à inteligência e jamais à usura. Nem sempre isso ocorre.

O projeto AQUA LINE, da empresa PEN Wave, vencedor do concurso MAREINOV Montepio, destina-se a produzir de forma inovadora microalgas e copépodes para o sector da aquicultura.

André Borges, Bernardo Tavares e Luis Martins, alunos do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente venceram o 1.º Hackathon de Transportes Internacional de Moscovo. A equipa classificada em 1.º lugar contou ainda com estudantes de Espanha e Colômbia.

O Prémio Luso-Espanhol de Química 2017 foi atribuído a Amélia Pilar Rauter, professora do Departamento de Química e Bioquímica e coordenadora do Grupo da Química dos Glúcidos do Centro de Química e Bioquímica de Ciências.

O quinto livro de António Damásio, colocado à venda a 3 de novembro, aborda o diálogo da vida com os sentimentos, como formadores da consciência e motor da ciência, e o que daí resulta, em especial para a cultura (ou ainda, sobre a estranha ordem, da sensação à emoção e depois ao sentimento). Os sentimentos são sinais da nossa vida e também os motivadores da criação intelectual dos homens. E, daí resultam multitudes de condutas, padrões variados de comportamentos. Enfim, os sentimentos facilitam a formação da nossa personalidade.

Uma das melhores decisões de Ricardo Rocha foi estudar Biologia em Ciências. Aqui fez amigos e aprendeu. Na entrevista que se segue fica a conhecer o antigo aluno de Ciências, membro do cE3c e investigador pós-doutorado da Universidade de Cambrigde, galardoado com o 1.º lugar do Prémio de Doutoramento em Ecologia - Fundação Amadeu Dias, lançado este ano pela primeira vez pela Sociedade Portuguesa de Ecologia.

A procrastinação é uma das grandes causas do insucesso académico e fonte de muito sofrimento e conflito interno. Para conquistar a procrastinação podemos começar por nos questionarmos: porque é que ando, constantemente a adiar.

Um estudo publicado na revista científica Science, do qual Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é coautor, demonstra que há mais de 34 000 anos os grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

No âmbito dos projetos “MoTHER – Mobilidade e Transição em Habitações Especiais e Reativas” e “HIPE – Habitações Interativas para Pessoas Excecionais”, Manuel J. Fonseca, Luís Carriço e Tiago Guerreiro, professores do Departamento de Informática e investigadores do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, irão desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida, nomeadamente a autonomização de pessoas com lesões vertebro medulares, alojadas em residências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Ciências Solidária foi constituída por escritura pública em 6 de abril de 2016, por iniciativa da Direção da Faculdade de Ciências, com o apoio de vários membros da comunidade. É um projeto de proximidade, baseado na responsabilidade social, com o fim de contribuir para a construção de uma comunidade mais justa e solidária.

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de novembro é com Emília Real, assistente técnica do Departamento Física de Ciências.

Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

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