Literatura e Ciência

Livro aberto
Unsplash Alejandro Escamilla

Ler+ Espaço

A primeira edição do Ler+ Espaço decorre no ano letivo 2018/2019. A iniciativa aberta à rede escolar pública nacional resulta de uma parceria entre o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, o Plano Nacional de Leitura 2017-2027 e Ciências ULisboa. O objetivo é motivar crianças e jovens para a Astronomia e para as Ciências do Espaço através de leituras inspiradoras. Até ao próximo mês de março, os alunos e escolas inscritas no projeto irão submeter os seus trabalhos e em maio serão anunciados os dez projetos finalistas.

A 2.ª sessão de divulgação sobre Literatura e Ciência realiza-se a 21 de janeiro, pelas 17h00, no Teatro Thalia, em Lisboa.

Dinis Pestana, professor do Departamento de Estatística e Investigação Operacional e investigador do Centro de Estatísticas e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL), é o organizador do ciclo, que ocorre no âmbito de um protocolo de cooperação estabelecido em abril de 2018 entre o Plano Nacional de Leitura (PNL) e o CEAUL. Um dos desígnios do PLN é a articulação entre a Literatura e as Ciências.

Cristina Sarmento dava aulas na Escola Secundária de Cascais, quando contactou o professor Dinis Pestana para uma sessão de divulgação de Estatística. O sucesso foi enorme, por isso foi fácil escolher o mentor destas sessões, conta uma das dinamizadoras das sessões e membro do PNL.

A primeira sessão ocorreu em novembro passado com Labirinto e a presença do professor José Félix Costa. Os aspetos matemáticos e a profusa utilização do labirinto na literatura; assim como o uso de labirintos em estudos de comportamento e de aprendizagem foram o foco do acontecimento, que pode ser visto no canal YouTube (parte I, parte II; parte I, parte II e parte III).

Para Dinis Pestana, mostrar que a leitura de uma grande variedade de géneros aborda aspetos da Ciência é empolgante: “Fernando Savater é eloquente na sua apologia da leitura, pela forma como ela torna mais vasta a perceção do mundo –‘[...] os dois rapazes [...] lendo multiplicavam a sua vida e descobriam com a imaginação novos sentimentos, aventuras e calafrios. Para eles, abrir um volume era como beber um elixir mágico que os transformava em seres desconhecidos. Era uma sensação amiúde inquietante, porque parecia de repente que tinham mudado de alma...’”, conta.

Ao todo estão previstas sete sessões, com pelo menos um orador convidado. Em cada uma delas Dinis Pestana falará sobre livros que estejam relacionados com o tema em análise. O objetivo é conquistar leitores, sobretudo entre os estudantes universitários.

Nesta segunda sessão, que ocorre este mês, o tema - O Desconhecido Assusta e Fascina - Ciências, Humanidades e Risco: um Convívio Fecundo - foi proposto pelo professor Alexandre Quintanilha.

Chamar a atenção para o papel da Estatística na metodologia da investigação científica e em tudo aquilo que nos rodeia é outra finalidade do ciclo, que também é uma oportunidade para recordar leituras fascinantes e quem sabe motivar o lançamento de novas edições ou a tradução de obras que possam não estar facilmente acessíveis.

A terceira sessão – Mente - terá como oradores convidados os professores Jorge Buescu e Arlindo Oliveira. Dinis Pestana presume que se ocupem das capacidades da inteligência humana e artificial. “Alguns autistas reconhecem instantaneamente números primos (…) Shostakovich não quis que lhe retirassem um pedaço de granada do cérebro porque inclinando a cabeça ‘ouvia’ música e ganhava inspiração”, exemplifica o professor de Ciências ULisboa.

Prémio PEN Clube Português

“Descrição Guerreira e Amorosa da Cidade de Lisboa”, da autoria de Alexandre Andrade, professor do Departamento de Física de Ciências ULisboa, editado pela Relógio d’Água, venceu o Prémio PEN Clube Português na área da narrativa, para obras publicadas em 2017, tendo sido eleito por unanimidade pelo júri composto por Maria João Cantinho, Fernando Pinto do Amaral e Pedro Eiras. A entrega dos prémios ocorreu a 29 de outubro de 2018 na Sociedade Portuguesa de Autores. Portugal faz parte do PEN Club International desde 1979.

O título de cada sessão é normalmente o título de um livro. Limite de Idade, último livro de poemas de Vitorino Nemésio é o tema da sessão de março, que tem como orador convidado o professor Francisco Dionísio. “Esse livro foi dedicado ao geneticista Aurélio Quintanilha, pai de Alexandre Quintanilha, que por isso também se associará à sessão. A teoria estatística dos valores extremos ocupa-se também do limite de idade dos humanos, espero que nessa sessão a professora Isabel Fraga Alves possa ter uma breve intervenção sobre o assunto”, diz Dinis Pestana acrescentando que será decerto interessante conhecer as opiniões de Richard Zimler, autor de um notável livro sobre Lázaro, no que respeita a questões como a longevidade, a imortalidade e a ressurreição.

Quanto às restantes sessões também já estão projetadas e contarão com as presenças dos professores Rui Agostinho, Manuela Neves, José Nogueira e Luísa Serralheiro.

“Faça sol ou faça vento”

Faça sol ou faça vento” é um dos livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura 2027, para as idades compreendidas entre os 6 e os 11 anos, na temática Ciência e Tecnologia. O livro editado pela Alfarroba em novembro de 2017 reúne seis contos da autoria de Ana Amaral, Roberto Gambôa, Killian Lobato, Miguel Brito, José Silva e Jorge Maia Alves, com ilustrações de Carla Coelho.

A humanização de robots; a produção e conservação de alimentos e o quebra-cabeças do lixo numa demografia explosiva; cientistas escritores, com especial referência a ficção científica ou a literatura de viagens ou ainda a literatura no feminino são as opções temáticas em vista.

“O futuro e a disponibilidade de oradores de boa vontade tratará do assunto, com alguma incerteza e intervenção do acaso, que afinal é o meu negócio”, conclui Dinis Pestana.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”, declara David Avelar, guardião da HortaFCUL.

Exposição de design inclui projetos de comunicação de ciência, fruto de uma parceria entre o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Miguel Morgado-Santos, doutorando de Ciências, descobriu um peixe apenas com genes de pai, da espécie bordalo (Squalius alburnoides). Este é o primeiro caso de androgénese natural em vertebrados, sem qualquer manipulação durante o processo de reprodução.

Mafalda Carapuço continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

Será a ética determinante na sustentabilidade de uma sociedade de consumo? Este é o tema aborado por Sofia Guedes Vaz, no dia 22 de junho, pelas 17h30, no MUHNAC-ULisboa.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de junho é com Nuno Rato, coordenador do Gabinete de Orçamento e Prestação de Conta da Direção Financeira e Patrimonial de Ciências.

Ao longo do ano são muitos os alunos dos ensinos básico e secundário que visitam a Faculdade. Este ano letivo cerca de 63 estudantes, entre os 9 e 10 anos, da Escola Básica Maria Lamas, em Odivelas, conheceram os Departamentos de Biologia Animal, Biologia Vegetal e Química e Bioquímica.

A empresa Surftotal associou-se ao Instituto Dom Luiz e à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, num projeto que visa testar a utilização de surfcams instaladas na costa portuguesa para melhor monitorização costeira.

“É um jogo que trabalha consistentemente o raciocínio e a capacidade de prever os acontecimentos, muito como no xadrez. Para além disso, ajuda nas relações interpessoais, visto que é um jogo de parceiros e é necessário muita confiança mútua para ter sucesso”, reforça Afonso Ribeiro, aluno do 1.º ano de Matemática Aplicada, membro do curso de Bridge da FCUL.

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

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