Opinião

Mar Mineral

Chaminés hidrotermais no campo Rainbow inativas

FB

Fernando Barriga

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

Ao longo dos últimos 40 anos, a investigação acerca dos fundos marinhos revolucionou várias vezes a nossa percepção acerca da dinâmica dos fundos marinhos, da biosfera e do próprio planeta, demonstrando simultaneamente a existência de recursos até aí insuspeitados. Descobriram-se os campos hidrotermais (e os seus jazigos minerais) e a fauna extremófila quimiossintética, independente (ou quase) da fotossíntese, e capaz de viver nas mais inóspitas condições; vimos aprendendo que vastas áreas de fundos marinhos estão repletas de hidratos de metano, uma espécie de gelo que arde; descobrimos depois a biosfera profunda, a população microbiana que habita a porosidade das rochas. Em 2011, há literalmente meia dúzia de anos, descobriu-se que enormes extensões de fundos marinhos são muito ricos em terras raras e ítrio, multiplicando as reservas conhecidas em terra. Acresce ainda o estudo moderno dos nódulos e crosta polimetálicos, conhecidos desde o século XIX. Não há palavras para descrever cabalmente as implicações científicas, filosóficas e económicas destas descobertas.

O mundo, e a Europa em particular, vão necessitar de novas fontes de matérias primas. Sem os recursos dos fundos marinhos, poderemos num futuro próximo vermo-nos com dificuldades de fornecimento de matérias primas críticas para numerosíssimas aplicações, incluindo telemóveis, écrans de computador e televisores, e até para energias verdes, como turbinas eólicas, placas solares e veículos eléctricos.

A exposição patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência é inaugurada a 13 de julho, pelas 17h30.

A exposição, num ambiente evocativo dos fundos marinhos, leva-nos de descoberta em descoberta, com algumas peças inesperadas, incluindo um AUV português verdadeiro, chaminés hidrotermais do Atlântico e do Pacífico, nódulos do Pacífico e crostas do Atlântico, minerais e produtos metalúrgicos, e uma visita a fundos marinhos de há cerca de 350 milhões de anos. A preservação dos ecossistemas não ficou esquecida, a mineração submarina terá de ser “verde”. Inclui ainda um conjunto de imagens extraordinárias, pouco conhecidas, muitas em filmes originais, realizados para a exposição Mar Mineral.


Chaminés hidrotermais no campo Rainbow ativas
Fonte FB

Nota da redação: o autor não segue o atual Acordo Ortográfico.

Fernando Barriga, comissário científico da exposição Mar Mineral e professor do Departamento de Geologia de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Programa

José Madeira

A palestra de entrada livre visa divulgar os resultados de um estudo publicado recentemente na Science Advances e para a necessidade da sociedade melhorar a sua capacidade de resiliência.

Participação da equipa portuguesa nas IESO 2015

A semana de 13 a 20 de setembro de 2015 será algo que nenhum de nós jamais irá esquecer. Tivemos a oportunidade de, pela primeira vez na vida, participar numa competição internacional, a International Earth Science Olympiad (IESO), na qual nunca nenhum estudante português tinha participado. O riquíssimo programa desta competição englobou momentos de turismo, de convívio, de projetos e, claro, de provas. Vamos, agora, contar-vos a nossa experiência…

O Gabinete de Mobilidade, Estágios e Inserção Profissional e o GAPsi, em colaboração com as empresas Galp Energia, Accenture e Jerónimo Martins promovem na Faculdade de Ciências da ULisboa um evento de empregabilidade subordinado ao tema “Estágios Profissionais – o que procuram as empresas?”.

“Livros de Ciências, Ciências em Livros” é a primeira exposição da Galeria Ciências e vai estar patente ao público até 29 de fevereiro de 2016.

Vasco Teixeira/MUHNAC

Um dos sonhos mais antigos da humanidade foi, desde sempre, representar o céu dentro de um espaço fechado. Essa ilusão torna-se realidade nos teatros do espaço e do tempo – os planetários.

Encontra-se aberto concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação para um Mestre no &a

José Maneira trabalhou como postdoc no grupo de Arthur B McDonald, um dos galardoados este ano com o prémio Nobel da Física. O docente do Departamento de Física de Ciências ULisboa, juntamente com a professora Amélia Maio, orientou Nuno Barros, cujo tema da tese de doutoramento incidiu sobre os resultados agora premiados.

Desde 2009 que temos vindo a trabalhar no solo da horta, transformando um solo argiloso bastante paupérrimo no que é hoje.

“Agitar, promover, valorizar, beneficiar o ensino da Geologia em Portugal, captar vocações, atrair mais e melhores estudantes para esta área do conhecimento são os objetivos últimos deste nosso envolvimento. As medalhas são um prémio e um instrumento, não um fim em si”, diz em entrevista Jorge Relvas, professor do Departamento de Geologia de Ciências.          

A iniciativa é gratuita, mas implica prévia inscrição.

Na sequência da publicação do 

O artigo “Hazard potential of volcanic flank collapses raised by new megatsunami evidence” é publicado online a 2 de outubro de 2015, na Science Advances, uma nova revista do grupo editorial Science e reacende o debate que dura há algumas d&ea

A Biblioteca de Ciências alerta para a necessidade de salvaguardar informação guardada na área do atual serviço.

A propósito do quarto aniversário da morte do P.

O Dia Europeu das Línguas celebra-se a 26 de setembro.

André Borges e João Gomes

De manhã tínhamos quatro horas de aulas de mandarim e depois do almoço, seguia-se o programa cultural, que consistia em aulas e visitas programadas de forma a permitir uma melhor compreensão da realidade chinesa.

A obra, editada em 2015 pela Lambert Academic Publishing, é apresentada ao público na Reitoria da ULisboa.

A AGRINATURA é uma associação que reúne 30 universidades e unidades de investigação europeias.Todos os seus membros desenvolvem sinergias e mobilizam recursos para acompanhar os projetos que estão a decorrer em todo o mundo. 

INForum - Simpósio de Informática

Radu Onica, aluno de mestrado do Departamento de Informática (DI) da Faculdade de Ciências ULisboa e membro do LaSIGE, venceu o Prémio Melhor Artigo do INForum - Simpósio de Informática.

Páginas