Opinião

Compostor FCUL

Um ano: 40m3 de resíduos e 11,2 toneladas de composto

pilhas de compostagem

Arejamento das pilhas de compostagem

HortaFCUL

A compostagem, apesar de recente na FCUL, é um processo bastante natural e conhecido da nossa espécie. Os primeiros registos datam de há 4500 anos, na Mesopotâmia.

Produziu-se cerca de 11,2 toneladas de composto fino, que tem sido utilizado no viveiro para a propagação de plantas, nos vários projetos e canteiros da HortaFCUL, doação a voluntários e partilhados com a comunidade FCUL na banca da dádiva.

Desde então, vários povos e civilizações - incluindo os romanos, gregos, egípcios e chineses -, amontoavam em pilhas a matéria vegetal, estrumes, restos de comida ou outros resíduos orgânicos, deixando-os a decompor onde eram posteriormente devolvidos ao solo, com o intuito de os fertilizar e nutrir. No entanto, após a II grande Guerra Mundial, com o auge da industrialização, surge a crescente utilização de fertilizantes químicos e os métodos tradicionais de fertilização acabaram por cair em desuso e esquecimento.

pilhas de compostagem
Arejamento das pilhas de compostagem
Fonte HortaFCUL

Com a temática da sustentabilidade este é um tema que volta a estar na agenda, e a FCUL tem dado o exemplo. O compostor da FCUL foi inaugurado há pouco mais de um ano, em 27 de novembro de 2016, numa parceria entre a HortaFCUL, o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da FCUL e o cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, pelo que esta é uma excelente desculpa para refletir sobre este primeiro ano de vida.

Rosto de David Avelar
David Avelar

Rosto de Floriam Ulm
Floriam Ulm

 

Rosto de Gul Penha-Lopes
Gil Penha-Lopes

Desde o seu início, realizaram-se cinco ciclos de compostagem, ou seja, desde a criação da pilha de compostagem, dois momentos de arejamento, até se peneirar o composto já depois de maturo e o processo de compostagem finalizado. Tentou-se seguir as boas práticas de compostagem, sendo que os resultados esperados são a eliminação de substâncias tóxicas, a redução de organismos patogénicos, a eliminação de sementes indesejadas, a redução da capacidade de fermentação com a estabilização da matéria orgânica e a eliminação de maus odores.

Digeriu-se cerca de 40 m3 de resíduos de jardim, dos quais deram entrada na zona de receção de resíduos cerca de 9m3 de ramos, 18m3 de folhas e castanhos e 14m3 de relva. Estes resíduos de jardins levaram um pré-tratamento, tendo sido triturados cerca de 7 m3 de ramos.

Os 40m3 de resíduos correspondem a cerca de 28 toneladas, sendo que se criaram cinco pilhas de compostagem e reviraram-se duas vezes cada pilha, o que quer dizer que os voluntários carregaram cerca de 80 toneladas de material orgânico, em cerca de 45 horas de trabalho. 

Este composto pode ser utilizado como corretivo agrícola, dado que os teores de matéria orgânica da maioria dos solos agrícolas portugueses são baixos, particularmente no sul do país, devido às condições ambientais que favorecem a mineralização e por más práticas agrícolas, que contribuem para perdas de matéria orgânica no solo superiores à incorporação. Portugal continental apresenta os valores mais desfavoráveis entre os países do Sul da Europa, com 66% dos seus solos classificados de baixa qualidade, de acordo com a Carta de Solos de Portugal.

O compostor tem chamado a atenção de muitos interessados, tendo sido objeto de formação em compostagem, utilizado em aulas práticas de Biologia e o centro de inúmeros visitantes. 

Pessoas no compostor
Visitas ao compostor
Fonte HortaFCUL

Fica o desafio à comunidade para levar um pouco deste composto e testar nos vasos lá de casa o seu sucesso. As plantas e o planeta agradecem!

David Avelar, Floriam Ulm e Gil Penha-Lopes, guardiões da HortaFCUL
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Alunos no Campus de Ciências

"É necessário um equilíbrio entre aquilo que eu e o outro precisamos", explica a psicóloga Andreia Santos, na sua rubrica habitual.

CAP

A 8.ª conferência Communicating Astronomy with the Public, ocorrida em março, no Japão, juntou mais de 450 comunicadores de ciência, de 53 países. João Retrê, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço foi um deles.

relógio solar

“O que é o Planeta Terra?” foi a questão que marcou o início dos workshops “Relógio Solar” e “Robot/Pintor” que decorreram no passado dia 9 de abril na Faculdade de Ciências e que contaram com a participação de 15 alunos do Colégio da Beloura em Sintra com idades entre os 4 e os 5 anos.

Rosto do investigador

O prémio é concedido pelos editores do Journal of Coordination Chemistry a um jovem químico, autor do melhor artigo do ano. Pela primeira vez é atribuído a um português, no âmbito de um trabalho realizado por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, nomeadamente no Centro de Química e Bioquímica e no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas .

Célia Lee

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Célia Lee, que trabalha no suporte à investigação e à prestação de serviços no Instituto Dom Luiz.

 BARCOSOLAR.EU

Sara Freitas, doutoranda de Sistemas Sustentáveis de Energia, colabora no Festival Solar Lisboa, que acontece em maio e inclui muitas atividades gratuitas, tais como passeios num catamarã solar, semelhantes aos que ocorreram em abril no Parque das Nações e que contaram com a presença do grupo Energy Transition do Instituto Dom Luiz.

Erica Sá, bióloga, bolseira e membro da equipa do MARE, faleceu dia 11 de abril, aos 36 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Centro de Dados da FCUL

"Wittgenstein coloca (em 1934) a pergunta “Pode uma máquina pensar?”, 16 anos antes de Alan Turing (no artigo “Computing Machinery and Intelligence” da revista Mind, novembro, 1950). E, essa especulação feita no campo da Filosofia tem um significado interessante nos dias de hoje, aparecendo como uma previsão significativa (Oliveira, 2017)", escreve Helder Coelho em mais um ensaio.

Imagem da Orion A

A missão Gaia dedica-se a observar estrelas. A sua finalidade é mapear a Via Láctea em 3D. O primeiro lançamento de dados ocorreu em 2016. O próximo acontece a 25 de abril e corresponde à primeira entrega com distâncias, velocidades e vários outros parâmetros astrofísicos para a maioria das estrelas.

Trabalho em Bio Hacking

Ciências colabora com o módulo Bio Hacking na iniciativa Young Creators 2018. Esta é a segunda vez que a Faculdade integra o projeto.

Equipa de trabalho CEAUL

O Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa realizou o seu primeiro workshop no dia 17 de março.

Homem a espreguiçar

Sabendo que no nosso dia-a-dia, por motivos laborais ou outros, ficamos sentados muito tempo, que medidas deveremos tomar para minimizar os seus efeitos?

Pormenor da Lua

Martin Schilller e Martin Bizzarro, investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca e Vera Assis Fernandes, investigadora do Museu de História Natural de Berlim, na Alemanha e colaboradora do Instituto Dom Luiz, desafiam a teoria dominante sobre a formação dos corpos planetários do sistema solar e a própria origem do sistema Terra - Lua.

Conceção artística de um exoplaneta a passar (transitar) em frente da sua estrela

A missão Ariel tem como objetivo descrever as atmosferas dos exoplanetas. A equipa de investigação é composta por 12 investigadores, sete deles têm ligação a Ciências.

Imagem de motivação

Uma das formas de lidar com a ansiedade e o medo é ganhar perspetiva.

Rosto de Henrique Cabral

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o biólogo Henrique Cabral e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Edifício C2

A primeira reunião do projeto PROSEU “PROSumers for the Energy Union: mainstreaming active participation of citizens in the energy transition”, financiado pelo Horizonte 2020 e com a duração de três anos, realiza-se no campus de Ciências, nos dias 22 e 23 de março.

Carrinho

Dez empresas discutem os últimos avanços no sector da mobilidade sustentável.

Sala de aulas

Parece razoável inferir que queremos ter estudantes que saibam como aprender e que conheçam como descobrir a informação que precisam a partir de uma variedade de fontes.

Papel ardido

Saí da FCUL ao fim da tarde rumo ao meu fim de semana. Para trás ficou um edifício imponente a fervilhar de vida, e ao mesmo tempo já a minha casa! A casa que nos ampara, nos ensina e, a mim, permitia uma entrada num mundo tão fortemente diferente do vivido por mim noutro lugar.

Pessoas na Politécnica recuperam objetos no rescaldo do incêndio

Ainda durante o rescaldo do incêndio iniciaram-se as operações de salvamento e recuperação do que ainda fosse possível salvar e recuperar.

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Dez países juntam-se para o estudo do património dos materiais plásticos.

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Politénica (FCUL)... escrever e ou pensar sobre “ELA”, hoje, ainda me emociona...

Pormenor de uma palmeira

Agora era diferente. No fim da Ferreira Borges surgia sempre a mesma dúvida que me tolhia o passo: onde são as aulas hoje? E eu, traído pela minha própria desorganização, fazia todos os dias o mesmo esforço para encontrar uma qualquer lógica que me ajudasse a decidir para onde ir naquele dia. Politécnica? 24 de Julho? É claro que ter um horário comigo ajudaria...

Rosto de Marta Antunes

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de março é com Marta Antunes, técnico superior do Departamento de Geologia de Ciências.

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