Margarida Gama Carvalho coordena miThic-eSwitch

Programa Gilead GÉNESE premeia projeto na área da Virologia - Infeção VIH/SIDA

Investigação visa desenvolver sistema de terapia génica capaz de detetar a presença de células com infeção pelo VIH e promover a sua eliminação de forma seletiva

Ignacio Schoendorff, diretor geral da Gilead, Perpétua Gomes, da Comissão de Avaliação dos Projetos de Investigação em Virologia, Margarida Gama Carvalho e a sua equipa

Ignacio Schoendorff, diretor geral da Gilead, Perpétua Gomes, da Comissão de Avaliação dos Projetos de Investigação em Virologia, Margarida Gama Carvalho e a sua equipa

Gilead

Outros projetos vencedores da 9ª Edição do Programa Gilead GÉNESE

Projetos de Intervenção Comunitária

  • Projeto integrado de rastreio, sensibilização e tratamento em utentes dos serviços dos programas de Redução de Riscos e Minimização de Danos de Ares do Pinhal
    Associação Ares do Pinhal - Elsa Belo
  • Sol dos Afectos
    SOL- Associação de Apoio às Crianças Infetadas pelo Vírus da Sida - Inês Gonçalves
  • 3I`s - Indetetável Igual a Intransmissível
    Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a SIDA" (FPCCSIDA) - Filomena Frazão de Aguiar
  • APP mobile - Registo do doente
    APCL - Associação Portuguesa Contra a Leucemia - Lara Cunha
  • Mama_Move
    Universidade da Beira Interior - Dulce Esteves

Projetos de Investigação Oncologia

Projeto de Investigação Virologia

O projeto de investigação miThic-eSwitch na área da Virologia – Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), coordenado por Margarida Gama Carvalho, professora do Departamento de Química e Bioquímica e líder de um dos grupos do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI), foi um dos vencedores da 9.ª edição do Programa Gilead GÉNESE, com um prémio no valor de 34 mil euros.

Em 2023, este programa distinguiu 13 projetos de investigação e de intervenção comunitária nas áreas de Oncologia e Virologia. Um deles foi o “miThic-eSwitch - microRNA-specific targeting of HIV latently infected cells using virus-dependent dCas9 control switches”, reconhecido pelo seu contributo para o avanço científico na área da Virologia - Infeção VIH/SIDA. Com uma duração de 18 meses, tem como instituição proponente a FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências. A equipa deste projeto é constituída ainda por Cláudia Estima, Tânia Marques, Carolina Ruivinho e Marcelo Pereira.

“Trata-se de um projeto que surge na continuidade do trabalho desenvolvido pelo nosso laboratório com o objetivo de desenvolver um sistema de terapia génica capaz de detetar a presença de células com infeção latente pelo VIH e promover a sua eliminação de forma seletiva”, diz Margarida Gama Carvalho, acrescentando que, “a cura definitiva continua distante devido à persistência de células infetadas que podem sobreviver de forma silenciosa durante décadas, até reativarem a produção viral”.

O desenvolvimento de uma intervenção curativa para a infeção pelo VIH é reconhecido como uma prioridade de saúde global. As estimativas da Organização Mundial de Saúde apontam para aproximadamente 38 milhões de pessoas no mundo que vivem com SIDA, a maioria das quais em África, com 2,3 milhões (5%) de pessoas infetadas na Europa e na América do Norte. Este número continua a aumentar devido ao sucesso das atuais terapias antirretrovirais no prolongamento da vida dos pacientes, alimentado por um acréscimo de 1,7 milhões de novas infeções todos os anos.

Margarida Gama Carvalho refere que nos últimos anos tem havido um desenvolvimento extraordinário das abordagens disponíveis para manipulação genética dirigida. Estas abordagens são utilizadas de forma regular para fins de investigação e estão a ser dados os primeiros passos na área da aplicação terapêutica.

“O miThic-eSwitch é um projeto de inovação que pretende desenvolver um interruptor molecular capaz de restringir de forma precisa a ativação do nosso sistema de terapia génica para que se expresse apenas nas células alvo, reduzindo efeitos indesejados”, diz Margarida Gama Carvalho.

A plataforma biotecnológica que está a ser desenvolvida por Margarida Gama Carvalho e pela sua equipa tem um potencial de aplicação alargado a outros contextos de doença, que possam beneficiar de terapêuticas de base semelhante, como é o caso de doenças genéticas de base genética e do cancro, indo assim além da aplicação proposta no âmbito do combate à infeção por VIH.

“O reconhecimento deste projeto pelo Programa Gilead GÉNESE representa um enorme incentivo no sentido de continuarmos a prosseguir esta linha de investigação aplicada, em paralelo com o nosso trabalho mais fundamental que visa compreender melhor os mecanismos moleculares dependentes de moléculas de RNA que influenciam a resposta imunitária, infeção viral e a manifestação de doenças de base genética”, conclui Margarida Gama Carvalho.

Margarida Gama Carvalho e a sua equipa
Margarida Gama Carvalho e a sua equipa
Fonte Gilead

Empresa biofarmacêutica atribui 280 mil euros aos 13 projetos distinguidos nesta 9.ª edição

A entrega dos prémios ocorreu a 17 de outubro passado, no Edifício IMPRESA, em Paço de Arcos, e incluiu um debate sobre o tema “A inovação como motor da sustentabilidade em saúde”.

A esta edição que contou com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República, candidataram-se 71 projetos nacionais, tendo sido validados e avaliados por comissões externas, constituídas por peritos em diferentes áreas do saber, 40 projetos de investigação e 19 de intervenção comunitária, submetidos por diversas entidades desde instituições de base científica e académica a grupos da sociedade civil.

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Os oito projetos de investigação e os cinco projetos de intervenção comunitária foram premiados pelo programa da empresa biofarmacêutica com um financiamento global de 280 mil euros.

Criado em 2013 com a ambição de incentivar a investigação e a intervenção nas comunidades, o Programa Gilead GÉNESE tornou-se uma referência na área da responsabilidade social corporativa em saúde, graças ao enorme impacto que tem gerado através da viabilização de diversos tipos de projetos e iniciativas. Segundo comunicado de imprensa emitido pela Wisdom, ao longo de nove edições, o montante global de financiamento atribuído aos 114 projetos apoiados ascende a quase 2,5 milhões de euros, reforçando o compromisso da Gilead com a melhoria dos cuidados de saúde e com as comunidades locais em Portugal.

“Continuamos empenhados em contribuir para a promoção da investigação científica nacional e de iniciativas de intervenção comunitária junto de grupos da sociedade civil em Portugal. Acreditamos que cada projeto levado a cabo nestas áreas contribuirá, para fazer chegar aos doentes mais e melhor saúde, quer pela procura de novas abordagens terapêuticas, passando pela pesquisa ao nível de mecanismos de doença e de potenciais alvos terapêuticos, explorando novas técnicas de diagnóstico, até a iniciativas inovadoras de apoio junto de grupos de doentes inseridos nas comunidades”, diz Ignacio Schoendorff, diretor geral da Gilead Sciences em Portugal.

Ana Subtil Simões, Gabinete de Jornalismo da DCI Ciências ULisboa com Wisdom
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”, declara David Avelar, guardião da HortaFCUL.

Exposição de design inclui projetos de comunicação de ciência, fruto de uma parceria entre o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Miguel Morgado-Santos, doutorando de Ciências, descobriu um peixe apenas com genes de pai, da espécie bordalo (Squalius alburnoides). Este é o primeiro caso de androgénese natural em vertebrados, sem qualquer manipulação durante o processo de reprodução.

Mafalda Carapuço continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

Será a ética determinante na sustentabilidade de uma sociedade de consumo? Este é o tema aborado por Sofia Guedes Vaz, no dia 22 de junho, pelas 17h30, no MUHNAC-ULisboa.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de junho é com Nuno Rato, coordenador do Gabinete de Orçamento e Prestação de Conta da Direção Financeira e Patrimonial de Ciências.

Ao longo do ano são muitos os alunos dos ensinos básico e secundário que visitam a Faculdade. Este ano letivo cerca de 63 estudantes, entre os 9 e 10 anos, da Escola Básica Maria Lamas, em Odivelas, conheceram os Departamentos de Biologia Animal, Biologia Vegetal e Química e Bioquímica.

A empresa Surftotal associou-se ao Instituto Dom Luiz e à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, num projeto que visa testar a utilização de surfcams instaladas na costa portuguesa para melhor monitorização costeira.

“É um jogo que trabalha consistentemente o raciocínio e a capacidade de prever os acontecimentos, muito como no xadrez. Para além disso, ajuda nas relações interpessoais, visto que é um jogo de parceiros e é necessário muita confiança mútua para ter sucesso”, reforça Afonso Ribeiro, aluno do 1.º ano de Matemática Aplicada, membro do curso de Bridge da FCUL.

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

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