ALISU

Quando os cientistas não se esquecem do valor das algotecas

Coleção de culturas
Ana Amorim

Culturas puras do dinoflagelado Gymnodinium catenatum, isoladas da costa portuguesa por investigadores da Faculdade de Ciências da ULisboa e atualmente mantidas na Algoteca da ULisboa - ALISU -, foram fundamentais para validar a produção de BMAA (b-N-methylamino-l-alanine) em dinoflagelados.

BMAA é uma toxina que tem vindo a ser associada a doenças neurodegenerativas como a esclerose lateral amiotrófica (ALS), parkinson e alzheimer e que foi recentemente detectada em bivalves da nossa costa.

O grupo de investigação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, em colaboração com o Departamento de Botânica da Universidade de Estocolmo, foi responsável por este estudo científico.
Coleção de culturas
Fonte: Ana Amorim
Legenda: Coleção de culturas

Não sendo clara qual a origem da toxina nos bivalves, os investigadores testaram a presença da toxina em culturas de G. catenatum tendo demonstrado, pela primeira vez, que os dinoflagelados produzem a toxina.

BMAA foi descrita pela primeira vez em 1967, na ilha de Guam, depois de isolada a partir de sementes de Cycas circinalis. Posteriormente, detectou-se nas raízes superficiais de cicas tendo sido associada à presença de cianobactérias simbióticas. Em 2005, Cox e colaboradores verificaram que mais de 95% de géneros de cianobactérias produziam BMAA. Estes organismos são importantes produtores primários encontrando-se dispersos em todos os habitats, desde terrestres a aquáticos marinhos e de águas doces, podendo contaminar com BMAA todos os organismos ao longo da cadeia trófica, até ao homem.

Apenas em 2014 se demonstrou que a produção de BMAA não era exclusiva de cianobactérias tendo sido detectada em diatomáceas e agora em dinoflagelados. Através das culturas de Gymnodinium catenatum foi possível comprovar a produção da toxina em concentrações semelhantes às detectadas em cianobactérias. Este foi o resultado padrão que permitiu associar as concentrações de BMAA, presentes em amêijoas colhidas na ria Formosa e ria de Aveiro, com as densidades do dinoflagelado. Urge continuar a monitorização dos valores particularmente para se compreender a dinâmica de acumulação/eliminação desta toxina nos bivalves.

Este é um exemplo de como as coleções biológicas, enquanto infraestruturas científicas, podem ser instrumentais para o avanço da ciência e no potenciar e estreitar de parcerias transversais. Sobretudo, a qualidade científica do material em cultura presente em ALISU demonstra a justeza da sua manutenção e os projetos de futuro alargamento.

Maria Amélia Martins-Loução, Departamento de Biologia Vegetal de Ciências
campus universitário

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“Back to the future: Testing different scenarios for the next supercontinent gathering” da autoria de Hannah S. Davies, J. A. Mattias Green e João C. Duarte foi publicado na Science Direct a 26 de julho e é um dos temas da edição impressa do próximo mês de outubro da Global and Planetary Change.

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O workshop ESP 2018 organizado pelo BioISI em finais de julho no campus de Ciências ULisboa foi lecionado por Christiane de Boeck, Karl Kunzelmann, Robert Tarran, Anthony Kicic, Mike Gray, Martin Hug e Margarida Amaral, reconhecidos internacionalmente na área da Fibrose Quística.

"O nosso colega José Rufino tinha uma alma grande!", escreve em homenagem a colega e amiga Ana Paula Claúdio, professora do Departamento de Informática de Ciências ULisboa.

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ESO

Pela primeira vez são revelados os efeitos previstos pela relatividade geral de Einstein no movimento de uma estrela que passa perto do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.

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Francisca Canais e Rita Maçorano

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