Colégio São João de Brito em Ciências

Como é o dia-a-dia do cientista?

Durante dois dias, Ciências recebeu nos laboratórios dos Departamentos de Química e Bioquímica e de Biologia Vegetal, e no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) de Ciências, 12 cientistas diferentes dos que diariamente os frequentam. À primeira vista, vestidos a rigor, com a bata branca e a curiosidade e entusiasmo na descoberta, já se faziam notar cientistas. No entanto, os estudantes frequentam o 12.º ano do Colégio São João de Brito.

A visita à Faculdade enquadra-se no Programa de Orientação Escolar e Vocacional, daquele colégio. A iniciativa estende-se aos alunos do 8.º ao 12.º ano e pretende que os alunos “contactem com uma profissão que desejam seguir. O objetivo é também o de aproximar a escola do mundo do trabalho e, quando possível, que os alunos sejam “sombra” de alguém. Que possam observar, fazer perguntas, tirar dúvidas”, explicou a psicóloga Fátima Perloiro.

 

alunos no laboratório
À primeira vista, vestidos a rigor, com a bata branca e a curiosidade e entusiasmo na descoberta, os alunos do Colégio São João de Brito já se faziam notar cientistas
Fonte Fotografia de GCIC

As atividades desenvolvidas em Ciências foram selecionadas de acordo com os interesses manifestados pelos alunos. Desta forma, “tomaram contacto com atividades experimentais em curso em diferentes laboratórios de investigação, nomeadamente técnicas de Biologia Molecular (mini-preparações de DNA plasmídico, géis de análise de DNA e de proteínas, técnicas de transformação de células bacterianas e de mamífero) e de Biologia Celular (cultura de células humanas, microscopia de fluorescência e automatizada), nos laboratórios do BioFIG, e algumas técnicas de neurociências nos laboratórios do IBEB (análise de imagens para diferentes tipos de diagnóstico) ”, informaram os professores do departamento a acompanhar os alunos, Margarida Amaral e Carlos Farinha. Para os professores, esta iniciativa revela-se interessante porque “é uma maneira de mostrar aos potenciais novos alunos o que fazemos e também porque é importante para a Universidade reforçar os seus laços com a sociedade”.

Alunos no laboratório
 Para os professores Margarida Amaral e Carlos Farinha, esta iniciativa revela-se interessante porque “é uma maneira de mostrar aos potenciais novos alunos o que fazemos e também porque é importante para a Universidade reforçar os seus laços com a sociedade”
Fonte Fotografia de GCIC

Para a aluna Ana Margarida Antunes, ser cientista é bastante diferente da ideia que tinha antes de visitar a Faculdade: “em certos aspetos, não tinha ideia da realidade. Aqui fiquei a conhecer melhor toda esta envolvente. Investigação científica é a área que me interessa, vir aqui abriu muito mais o meu campo de possibilidades. Adorei fazer as atividades práticas, mexer nos aparelhos, pipetas, compostos, foi muito bom!”.

Afonso Cardal ficou surpreendido. Afinal, trabalhar num laboratório pode ser mais divertido do que imaginou: “não tinha muita noção de como era a vida num laboratório. Agora já sei o que se faz na prática. Nos laboratórios, esclareceram-me que há sítios em que até é possível ouvir música e, de vez em quando, cantar”.

Para Diogo Salgueiro a verdadeira surpresa foi descobrir que “existe trabalho em grupo, em conjunto. Julguei que o trabalho do cientista era mais solitário mas afinal há trabalho de equipa!”.

alunos em laboratório
"Adorei fazer as atividades práticas, mexer nos aparelhos, pipetas, compostos, foi muito bom!”, partilhou a aluna Ana Margarida Antunes
Fonte Fotografia de GCIC

Os alunos da Faculdade foram essenciais na partilha de ensinamentos. Durante o período de aulas, explicaram e exemplificaram as atividades em desenvolvimento. Depois das experiências, houve tempo ainda para uma conversa entre “colegas”.

“Todos eles querem perceber em que se baseia o curso, como é que daqui para a frente avançam, quais são as opções, as saídas profissionais, o que vão aprender. Acho que é uma ótima iniciativa! Eu própria tinha muitas das dúvidas que eles têm agora. Acho muito importante que esclareçam as suas dúvidas connosco, “abre-lhes os olhos”, veem com o que vão lidar daqui para a frente”, explicou a aluna do 3.º ano do curso de Bioquímica, Beatriz Santos.

Depois das experiências e da conversa com os alunos, o estudante do 12.º ano, Afonso Botelho, partilhou: “Estou muito mais esclarecido. Foi extremamente interessante e, sem dúvida, vai ter uma grande influência nas decisões a tomar para o meu futuro. Se houvesse a oportunidade de voltar a experimentar esta realidade aqui em Ciências, continuaria interessado”. A colega Helena Cunha, acrescentou: “é sempre importante esclarecer as nossas dúvidas com pessoas que já passaram pelo mesmo que nós. Estou no 12.º ano e não sei para onde quero ir, portanto acho que qualquer dúvida que possam esclarecer, nem que seja em relação ao ambiente da faculdade, às dificuldades que eles sentiram, é tudo importante para esclarecer o que quero fazer na minha vida”.

alunos e professor no laboratório
Depois das experiências, houve tempo ainda para uma conversa entre “colegas”
Fonte Fotogafia de GCIC

A iniciativa do Colégio São João de Brito teve início no ano de 2007. Em média, por ano, cerca de 100 alunos das áreas das Artes Visuais, Humanidades, Ciências e Tecnologias e Ciências Económicas são integrados em empresas e instituições para desenvolver um período de estágio. No total, 800 estudantes já experimentaram profissões que, por opção, quiseram conhecer de perto, entre elas as desenvolvidas em hospitais, faculdades, agências de publicidade, ateliers de arquitetura, ateliers de fotografia e de pintura, estações de televisão, editoras de livros, farmácias, empresas de construção civil, aeroporto, jardim zoológico, explorações agrícolas, clínicas veterinárias, empresas na área da aviação, tecnologia, combustíveis, telecomunicações, informática, exército, marinha, serviços de psicologia.

Luísa Lencanstre despediu-se de Ciências dizendo: “Eu gosto muito de Química, é uma hipótese voltar a Ciências como aluna!”

Para a Luísa e todos os que o quiserem voltar a Ciências, fica o até já, cientistas!

Alunos e professores no exterior do C8
A visita à FCUL enquadrou-se no Programa de Orientação Escolar e Vocacional, do Colégio São João de Brito
Fonte Fotografia cedida por Margarida Amaral

“Já conhecia o Programa de Orientação Escolar e Vocacional do Colégio S. João de Brito – a minha filha mais nova é aluna do 9.º ano do Colégio e tem beneficiado dessa orientação. Desconhecia, no entanto, que envolvia iniciativas como esta, em que os alunos são imersos num ambiente profissional. É uma excelente ideia e, como pai e como diretor de Ciências, só posso apoiá-la entusiasticamente, esperando que seja alargada a outras áreas científicas. É ainda interessante notar que a orientação vocacional tem grande tradição no Colégio São João de Brito. Quando eu por lá passei, há algumas décadas, fui aconselhado a “ir para ciências ou para Medicina”. Falharam estrondosamente na minha veia médica mas gosto de acreditar que acertaram na minha vocação de químico”.
Comentário do professor José Artur Martinho Simões, diretor de Ciências e antigo aluno do Colégio São João de Brito

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@fc.ul.pt
Mar

Qual o impacto das poeiras provenientes do Sahara na produtividade marinha do Oceano Atlântico tropical, particularmente nos coccolitóforos (fitoplâncton calcário)? Esta é a principal questão que irá marcar o trabalho de Catarina Guerreiro, investigadora do MARE.

pilhas de compostagem

O compostor da FCUL foi inaugurado há pouco mais de um ano, em 27 de novembro de 2016, numa parceria entre a HortaFCUL, o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da FCUL e o cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Gabriella Gilli

Gabriella Gilli, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, pretende usar um novo modelo teórico tridimensional, análogo ao que é usado para descrever a atmosfera de Vénus, para antecipar as futuras observações de exoplanetas quentes de tipo terrestre.

Vladimir Konotop

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o físico Vladimir Konotop e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Bernadette Bensaude-Vincent

A ULisboa atribui a 2 de março o título de doutor honoris causa a Bernadette Bensaude-Vincent, por proposta da Faculdade de Ciências, homenageando uma personalidade de grande relevo cientifico com relações estreitas com o contexto científico português, demonstrando publicamente quanto lhe deve e quanto se sente honrada por lhe poder conceder este titulo.

Biblioteca com alunos

A entrada na faculdade é muito mais do que a transição para uma nova etapa académica, é o início de uma aventura no próprio desenvolvimento, onde se passa de jovem a adulto. Esta fase acarreta desafios para o próprio e nas relações com os outros, ficando este jovem adulto entre o medo e o desejo de crescer com tarefas académicas, sociais, pessoais e vocacionais para fazer face, simultaneamente.

Campus de Ciências

Dois investigadores do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais receberam bolsas europeias Marie Sklodowska-Curie para desenvolver investigação nos próximos dois anos.

Concorrentes

A semifinal aconteceu a 17 de fevereiro, a final nacional a 12 de abril e a final internacional entre 5 e 10 de junho. Em Ciências foram apurados quatro finalistas, estudantes da ULisboa nos cursos de Física, Biologia, Engenharia Química e Matemática Aplicada e Computação.

Carlos Mateus Romariz Monteiro

Faleceu a 9 de fevereiro de 2018, com 97 anos, Carlos Mateus Romariz Monteiro.

Pessoa sentada junto a uma mesa

Passamos, quer no trabalho como em momentos de lazer, longos períodos sentados. Estar sentado é um descanso! Mas, será mesmo assim?

João Martins

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro de 2018 é com João Martins, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

A cooperação (e colaboração) científica apoia-se sempre em ensinar e aprender (dar e receber), num registo de amizade e humildade, de motivação e de empolgamento. A paridade é fundamental, tal como o “foco e simplicidade”, a relevância e a utilidade (Steve Jobs).

João Carlos Marques, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra é o novo diretor do MARE, sucedendo no cargo Henrique Cabral, professor do Departamento de Biologia Animal de Ciências.

A iniciativa possibilita aos estudantes a recolha de informação sobre diversas áreas do saber das 18 escolas da Universidade de Lisboa.

Ciências presta homenagem a Dmitri Ivanovich Mendeleev a 8 de fevereiro de 2018, data em que se assinala o 184º aniversário do seu nascimento. Nesse dia, 118 alunos do 9.º ano do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, visitam a tabela periódica existente neste campus universitário.

O artigo “The Little Ice Age in Iberian mountains” publicado em fevereiro de 2018 na Earth-Science Reviews caracteriza com maior precisão o último grande evento frio do hemisfério norte, de acordo com comunicado de imprensa emitido esta quinta-feira.
A Little Ice Age (LIA) ou a Pequena Idade do Gelo ocorreu aproximadamente entre 1300 e 1850 e afetou as comunidades dos Pirenéus. Os resultados desta investigação está a ter algum impacto em Espanha.

Pormenor da capa do livro

“Ao contrário do que aparentava no início deste projeto, foi relativamente fácil dar um ritmo de arte sequencial (banda desenhada) ao argumento.

A 2.ª edição do mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto (FCUAN) deverá arrancar no último trimestre do ano letivo 2018/2019 e contará novamente com o apoio de Ciências. Na 1.ª edição 16 estudantes concluíram com sucesso os programas de estudo.

Cinquenta alunos do 4.º ano do Colégio Colibri, de Massamá, foram cientistas por um dia nos Departamentos de Biologia Animal e Biologia Vegetal.

Quando João Graça Gomes iniciou o estágio “Cenarização Sistema Elétrico 100 % Renovável em 2040”, com a duração de um ano, no Departamento Técnico da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), sob a orientação de José Medeiros Pinto, engenheiro e secretário-geral daquela associação, quis “dar o melhor e mostrar a qualidade do ensino de engenharia na FCUL”. O ano passado foi distinguido com um dos prémios de maior destaque da engenharia nacional.

João Graça Gomes, engenheiro do Departamento Técnico da APREN e mestre em Engenharia da Energia e do Ambiente, foi galardoado com o Prémio - Melhor Estágio Nacional em Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros.

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o climatologista Ricardo Trigo e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Por forma a gerir a ansiedade de uma forma mais eficaz antes dos momentos de avaliação são propostas algumas estratégias que não eliminam a ameaça mas podem ajudar a lidar de um modo mais eficaz com a ansiedade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2018 é com Marta Daniela Santos, responsável pelo Gabinete de Comunicação do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ciências será o palco de uma eliminatória regional do Famelab 2018, um dos maiores concursos internacionais de comunicação de ciência.

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