"Quando comunicamos, o objetivo não é transmitir o máximo de informação. É contar uma história", partilha Inês Ventura, finalista do 3MT ULisboa

Inês Ventura.

Ao longo dos próximos dias, damos a conhecer os quatro finalistas de CIÊNCIAS que irão participar na final da competição ‘Três Minutos de Tese – Universidade de Lisboa’.

Conversámos com Inês Ventura, doutoranda e investigadora no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI), que fala sobre o lado introspetivo da comunicação e o desafio de comunicar para a câmara. A sua investigação estuda as aplicações biomédicas de adesivos produzidos por ouriços-do-mar, como potencial substituto para as suturas cirúrgicas.

O que significa para ti chegar à final do 3MT ULisboa?

Inês Ventura (IV) - É indescritível. Pensar que o júri viu o meu vídeo e achou o meu projeto de doutoramento interessante, e que gostou da forma como comunico ciência, selecionando-me para ir à final desta competição, é um orgulho. Estou muito grata por ter esta oportunidade.

O que destacas desta experiência até agora? Tens alguma curiosidade que gostasses de partilhar?

IV - Tem sido uma experiência extremamente introspetiva. Foi difícil analisar de forma crítica e imparcial a forma como comunico. Apresentar para uma câmara, sem público e sem feedback também não foi fácil.

Também gostava de destacar um exercício que desenvolvemos no workshop. Era um jogo simples de espelho, que se tornava cada vez mais fácil quanto mais lenta a pessoa a fazer os movimentos fosse ou quanto mais o “espelho” conhecesse os movimentos da pessoa. Achei uma analogia perfeita. Quantas vezes nos esquecemos que quando comunicamos, o objetivo não é transmitir o máximo de informação. É contar uma história e que as pessoas que nos ouvem gostem e a acompanhem.

Inês ventura
Fonte: Inês Ventura

 

No que consiste a tua investigação, que problema estás a estudar no teu doutoramento?

IV - A minha investigação tem-se focado no biomimetismo, procurando importar ideias da biologia para contribuir para o desenvolvimento de novos produtos na área da biomedicina. Especificamente, o nosso grupo está a estudar os bioadesivos (também conhecidos como colas biológicas) produzidos por ouriços-do-mar com o objetivo de desenvolver um adesivo biomimético que seja eficaz em condições fisiológicas, com uma produção ecologicamente sustentável e com várias aplicações, desde a medicina regenerativa à produção de tecidos em laboratório.

Pretende-se que este adesivo biomimético seja uma alternativa às suturas (que podem causar danos adicionais aos tecidos e têm taxas de infeção elevadas) e aos adesivos biomédicos atualmente comercializados (alguns são citotóxicos ou têm baixa força adesiva), contribuindo para o desenvolvimento de uma nova geração de adesivos médicos inovadores e ecológicos.

Que mensagem gostarias de deixar a outros estudantes de CIÊNCIAS que estejam a ponderar participar no futuro?

IV - O 3MT é uma experiência extremamente enriquecedora e divertida de se ter. Independentemente do quão habituados estamos a comunicar ciência, é uma oportunidade ótima para analisar e melhorar a nossa comunicação verbal e não-verbal, aprender mais sobre comunicação visual e principalmente, sair da nossa zona de conforto. Vale muito a pena participar.

A final da competição terá lugar a 6 de junho (quinta-feira), às 17h00, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. Sabe mais sobre os finalistas já destacados, Ana Santos e Francisco Azevedo e Silva, e fica atento à nossa página para conheceres os restantes participantes de CIÊNCIAS.

Marta Daniela Santos, Gabinete de Comunicação de Ciência da DCI CIÊNCIAS
mddsantos@ciencias.ulisboa.pt

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de agosto é com Cristina Manessiez, técnica superior da Biblioteca de Ciências.

Investigadores de Ciências e do Instituto Universitário de Lisboa desenvolvem hardware capaz de resolver tarefas robóticas, em contexto real, em menos tempo do que o alcançado até então. Os resultados foram publicados na revista científica Royal Society.

Em 2017 os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos foram atribuídos a Vladimir Konotop e Ricardo Trigo. O ano passado foi a vez de Henrique Cabral e Eric Font. Ainda não é conhecida a data da cerimónia pública de entrega das referidas distinções.

Na lista de artigos e livros notáveis da ACM Computing Reviews, a Best of Computing, encontram-se publicações de professores e investigadores do Departamento de Informática de Ciências.

grupo de participantes

Alunos do ensino secundário participaram em projetos de investigação na Faculdade de Ciências da ULisboa. O culminar da atividade deu-se com um Congresso Científico, onde os "novos cientistas" apresentaram os resultados do trabalho realizado.

A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

Durante duas semanas, estudantes do ensino básico e secundário conheceram o ambiente da Faculdade e os métodos de trabalho dos cursos aqui lecionados.

“Tina dos Tsunamis” ocorreu no passado dia 29 de junho, durante o campo de férias Exploradores, com um grupo de 25 crianças, entre os 7 e os 14 anos do bairro do 2.º Torrão, em Almada.

Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa organiza de 24 a 28 de julho de 2017 a 4.ª edição do “Ser Cientista”.

No próximo ano letivo Ciências apresenta três novos cursos: Biologia dos Recursos Vegetais, Cultura Científica e Divulgação das Ciências e Data Science.

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de julho é com Andreia Santos, técnica superior do Gabinete de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências.

O primeiro mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Universidade Agostinho Neto foi frequentado por 24 alunos. Os primeiros dez estudantes apresentaram as teses em maio, numa cerimónia que contou com a presença de Maria de Fátima Jardim, ministra de Ambiente de Angola. As próximas defesas deverão ocorrer em outubro.

Em 2017, o Prémio Bronstein foi atribuído a Mercedes Martín-Benito, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em reconhecimento pelo seu importante contributo para a Cosmologia Quântica em Loop.

Em 2017 a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe o IV Encontro Internacional da Casa das Ciências, que ocorre entre 10 e 12 de julho.

“Foi um tempo para ficar apaixonada pelo estudo, investigação, conhecimento e sua aplicação na nossa vida diária”, conta a antiga aluna de Ciências, professora de Biologia e Geologia na Escola na Escola Secundária de Raul Proença, em Caldas da Rainha, Maria de Matos.

Ciências fez parte do roteiro da viagem de finalistas de uma turma de 9.º da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond.

A unidade curricular Projeto Empresarial contou, em 2017, com a participação de nove alunos de mestrado de Ciências e 38 alunos da licenciatura de Finanças do ISCTE-IUL. Na sessão final de apresentação dos trabalhos desenvolvidos, o projeto Ecovital distinguiu-se.

Se olharmos bem para os seres humanos, capazes de sentir, pensar e sonhar, de criar, interpretar e compreender ideias, teorias e conceitos, perguntamos como a matéria de que são feitos foi então capaz de dar origem a estados mentais, incluindo mesmo a faculdade de consciência? A resposta a esta questão está cada vez mais ao alcance da consiliência (síntese), entre as neurociências, a psicologia, a robótica, e a inteligência artificial (aprendizagem).

Novo estudo com recurso a análises genéticas revela que o sapo-asiático que está a invadir a ilha de Madagáscar terá origem numa população do Camboja e Vietname.

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”, declara David Avelar, guardião da HortaFCUL.

Exposição de design inclui projetos de comunicação de ciência, fruto de uma parceria entre o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Miguel Morgado-Santos, doutorando de Ciências, descobriu um peixe apenas com genes de pai, da espécie bordalo (Squalius alburnoides). Este é o primeiro caso de androgénese natural em vertebrados, sem qualquer manipulação durante o processo de reprodução.

Mafalda Carapuço continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

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