Baía de Bengala tem características ecológicas únicas para a evolução de novas espécies

O artigo que tem como primeira autora Ana Rita Clara reforça resultados anteriores que demonstram que as características ecológicas únicas da Baía de Bengala contribuem para a evolução de novas espécies marinhas

Rubaiyat Mowgli Mansur/WCS-Bangladesh

“Este estudo vem reforçar a relevância que as análises genéticas têm para o conhecimento de populações de golfinhos em áreas remotas como é o caso da Baía de Bengala. Sem este tipo de estudos seria certamente mais difícil percebermos o quão diferentes estas populações são das populações em áreas vizinhas”, diz Ana Rita Amaral, investigadora do cE3c.

A primeira autora do artigo concluiu os seus estudos na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa: primeiro a licenciatura em Biologia Aplicada aos Recursos Animais, depois o mestrado em Biologia Evolutiva e do Desenvolvimento, por fim, em setembro de 2011, o doutoramento em Biologia, especialização em Biologia Evolutiva.


Ana Rita Amaral
Imagem cedida por cE3c

Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

Esta descoberta foi obtida numa colaboração entre investigadores do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, sediado na Faculdade de Ciências; da Wildlife Conservation Society e da National Oceanic and Athmospheric Administration (NOAA), ambas dos EUA.

Através de um estudo comparativo utilizando ADN recolhido de golfinhos das espécies Tursiops aduncus e Sousa spp., e comparando com amostras já existentes em base de dados, os investigadores Ana Rita Amaral, Brian D. Smith, Rubaiyat M. Mansur, Robert L. Brownell Jr. e Howard C. Rosenbaum descobriram que as populações destas duas espécies, que habitam a Baía de Bengala, no Bangladesh, são geneticamente distintas das populações que vivem em águas vizinhas.

O artigo “Oceanographic drivers of population differentiation in Indo-Pacific bottlenose (Tursiops aduncus) and humpback (Sousa spp.) dolphins of the northern Bay of Bengal” publicado online em novembro de 2016, na “Conservation Genetics”, reforça resultados anteriores que demonstram que as características ecológicas únicas da Baía de Bengala contribuem para a evolução de novas espécies marinhas.

A Baía de Bengala, no norte do Oceano Índico, recebe a descarga do terceiro maior sistema fluvial do mundo - dos rios Ganges, Brahmaputra e Meghna - o que produz um enorme fluxo de sedimentos de água doce, ricos em nutrientes. Em águas mais profundas, o canhão submarino presente nesta região contribui ainda para o afloramento de águas ricas em nutrientes.

Marta Daniela Santos, cE3c, com ACI Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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Todas as semanas são boas para dar a conhecer os cientistas e o que investigam, assim como os seus contributos para o avanço do conhecimento, ainda assim há semanas mais especiais que outras, como é o caso da Semana da Ciência e da Tecnologia.

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Quer saber quem são os cientistas mais citados a nível mundial? Aceda gratuitamente aos dados da Mendeley, publicados na Elsevier. Portugal tem 481 cientistas no ranking referente ao impacto ao longo da carreira e 703 no ranking de 2020. Ciências ULisboa apresenta melhores resultados face a 2019.

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Ciências ULisboa recebeu, no passado dia 6 de outubro, 47 alunos do 4º ano, da Escola Básica Mestre Querubim Lapa, no âmbito do programa Escola Ciência Viva do Pavilhão do Conhecimento. A visita realizou-se no âmbito da atividade “Encontro com o cientista” e teve como anfitrião o professor do Departamento de Física, Rui Agostinho.

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A Faculdade dá a conhecer uma vez mais a melhor ciência que se faz nesta centenária instituição. O Dia da Investigação da Ciências ULisboa realiza-se a 27 de outubro, no grande auditório, sito no edifício C3 e conta com uma sessão especial dedicada às Alterações Climáticas, área de investigação onde Ciências ULisboa é líder.

Luis Carriço, diretor da Ciências ULisboa e Maria de Jesus Fernandes, bastonária da Ordem dos Biólogos, assinaram no passado mês de setembro um protocolo de colaboração que visa a conceção, criação e desenvolvimento de cursos de especialização nas áreas de especialidade da Ordem, nomeadamente: Ambiente, Biotecnologia, Educação e Saúde.

Folha em destaque

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Entre 12 e 17 de outubro de 2021 realiza-se a primeira edição do FIC.A - Festival Internacional de Ciência, no Palácio e Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras. Ciências ULisboa está representada neste evento com dezenas de atividades.

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Este ano assinala-se o centenário da criação da licenciatura em Engenharia Geográfica/Geoespacial. Para comemorar a efeméride realiza-se a 22 de outubro de 2021, pelas 15h00, no grande auditório da Ciências ULisboa, uma Sessão Solene Comemorativa, organizada pela Faculdade em parceria com a Ordem dos Engenheiros.

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Um estudo multidisciplinar, da autoria de vários cientistas europeus e norte-americanos, reconstrói as condições em que os Açores foram habitados pela primeira vez e o impacto da presença humana nos ecossistemas.

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"A informação geográfica contextualiza um povo, uma comunidade ou um indivíduo no espaço que o envolve", escreve Cristina Catita, professora do DEGGE Ciências ULisboa, por ocasião das comemorações do centenário do curso de Engenharia Geográfica/Geoespacial.

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