Entrevista com Fernando Antunes

Delox premiada com BfK Awards

“A investigação guiada pela curiosidade é uma grande fonte de inovação”

Pormenor do protótipo da câmara de descontaminação transportável

Pormenor do protótipo da câmara de descontaminação transportável

Delox
Fernando Antunes
"A idade média dos fundadores de startups nos EUA é 42 anos, aumentando esta idade para os 47 em startups na área da biotecnologia (curiosamente eu tinha 48 anos quando a Delox foi criada)", conta Fernando Antunes
Imagem cedida por FA

A Delox foi distinguida recentemente com o Born from Knowledge (BfK) Awards no âmbito do protótipo de uma câmara de descontaminação transportável, que permitirá reutilizar máscaras respiratórias e que está a desenvolver em parceria com o Exército Português, como anunciado no final de abril no âmbito do consórcio REUSE. O prémio monetário de cinco mil euros foi atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito dos Prémios Empreendedor XXI em Portugal, uma iniciativa organizada pelo BPI e pela DayOne, divisão do CaixaBank especializada para empresas de tecnologia, inovação e respetivos investidores. A spin-off do Tec Labs - Centro de Inovação da Faculdade fundada há cerca de dois anos resulta de seis anos de investigação científica na Ciências ULisboa. A propósito desta distinção entrevistamos um dos seus fundadores – Fernando Antunes, professor do Departamento de Química e Bioquímica (DQB) e investigador do polo da Faculdade do Centro de Química Estrutural (CQE).

O que representa este prémio para si?

Fernando Antunes (FA) - O BfK Awards reconhece projetos e empresas “nascidas do conhecimento” e que mais se destaquem em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D), constituindo um reconhecimento a todo o percurso iniciado há oito anos no Centro de Química e Bioquímica (entretanto extinto), no qual o conhecimento gerado pela investigação foi transformado numa tecnologia e subsequentemente num produto que irá democratizar o acesso à segurança biológica conferida pela bio descontaminação automatizada. O prémio serve também de estímulo para continuar o longo caminho que a Delox ainda tem pela frente. Se o projeto Delox fosse uma maratona diria que estamos a meio da maratona, sendo que a segunda parte das maratonas é a mais difícil.

A história da Delox é inspiradora: pode apresentar-nos a equipa?

FA - Fazem parte da equipa o professor João Pires da Silva também docente no DQB e investigador no CQE, e o Fadhil Musa, bioquímico formado pela Ciências ULisboa e que fez o mestrado sob minha supervisão e do professor João Pires da Silva e que hoje desempenha o papel de CEO na Delox. Para além dos fundadores, fazem ainda parte da equipa Delox a Raquel Nogueira, também uma bioquímica da Ciências ULisboa e que é investigadora principal e a Katarzyna Chudzik, formada no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e na Universidade de Economia de Cracóvia, responsável pela gestão de projetos.

Quais são os planos da Delox para o futuro?

FA - Entrar no mercado, sendo que para tal é necessário finalizar a certificação, e iniciar os processos de industrialização e marketing. Pretendemos ainda testar a tecnologia em ambiente espacial, dando seguimento ao recente ensaio realizado num balão estratosférico. Todo este percurso é flexível, e o surgimento da COVID-19 fez-nos acelerar o desenvolvimento, em colaboração com as forças armadas portuguesas, de um sistema de bio descontaminação de máscaras e respiradores.

É importante transformar ciência em negócio? Porquê?

FA - É importante transformar ciência em negócio por uma questão de eficiência na gestão dos recursos disponíveis. Conhecimento transformado em negócio implica que o conhecimento gerado resolveu uma necessidade da sociedade. Esta transformação muitas vezes não é óbvia, estando o cientista numa posição privilegiada para identificar a singularidade do conhecimento por si gerado e da mais-valia que este pode aportar para resolver necessidades da sociedade. Por outro lado, é importante que se invista também em ciência guiada pela curiosidade sem qualquer aplicação prática aparente, pois se o investimento fosse exclusivamente colocado em ciência cuja aplicação é visível, estaríamos apenas a investir na solução dos problemas de hoje, mas ficaríamos muito fragilizados para resolver os problemas do amanhã. A investigação guiada pela curiosidade é uma grande fonte de inovação.

Que conselhos deixa aos jovens que ainda não são cientistas empreendedores, mas sonham ser?

FA - Para os jovens e para os menos jovens: A idade média dos fundadores de startups nos EUA é 42 anos, aumentando esta idade para os 47 em startups na área da biotecnologia (curiosamente eu tinha 48 anos quando a Delox foi criada). O conselho para os não cientistas empreendedores que o sonham ser é arriscar e falhar depressa. Na Delox tentamos que tudo seja minimamente viável, aplicando o mínimo esforço possível para testar conceitos de modo a fazê-lo rapidamente e com baixo custo. Se o caminho seguido é errado usam-se poucos recursos e o dano é limitado, se acertamos podemos então melhorar, otimizar e evoluir para o próximo nível. O pior que pode acontecer a um empreendedor é falhar devagar.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

 

Carlos Rafael Borges Mendes

O interesse pelas ciências e tecnologias surgiu ainda no liceu, tendo optado por prosseguir os estudos na área da Biologia, em parte por influência de duas professoras dessa disciplina.

Visitas guiadas à  Exposição Formas & Fórmulas

13 de abril 11h30-13h00

11 de maio 11h30-13h00

Diálogos com Formas & Fórmulas

11 de abril 18h

No próxima quinta-feira, 11 de Abril, a FCUL e em particular, o Departamento de Informática, vão ser "invadidos" pelos alunos do secundário. Para visitar o DI-FCUL já temos cerca de 200  alunos inscritos.

Maqueta do Campus Sustentável da UL

As expetativas da equipa da Universidade Verde só podiam ser elevadas: as verbas alcançadas no âmbito desta iniciativa serão usadas para implementar medidas de eficiência energética, já identificadas nas auditorias realizadas.

Trial para todos os membros da b-on

 

“No stand da FCUL descobrimos áreas que não sabíamos sequer que existiam e que agora vamos querer pesquisar, já valeu a pena ter vindo. Vamos ter mais informação e hipóteses para ponderar!”, declarou um grupo de alunos da Escola Salesiana de Manique a visitar a banca da FCUL na Futurália.

Rosto de Fernando Ramos

“A maioria das instituições de ensino superior em Portugal têm qualidade superior às do Brasil, contrariando de forma que não deixa dúvidas a 'recomendação' do Governo brasileiro”, escreve Fernando Ramos num artigo publicado no jornal "Público" no passado dia 26 de março.

O artigo intitulado "PAMPA in the wild: a real-life evaluation of a lightweight ad-hoc broadcasting family" da autoria de Christopher Winstanley, Ra

O Departamento de Informática marcou presença na última edição da Futurália. A Futurália, a Feira de Ofertas Educativas e Formativas para estudantes, realizou-se de 13 a 16 de Março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL)

“Luís Mendes Victor dedicou uma carreira de mais de 40 anos à investigação nas diversas áreas da Geofísica. Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa desde 1991, ensinou Geofísica, Sismologia, Prospeção Geofísica, Hidrologia e Física dos Recursos Naturais”, refere o colega e amigo, Jorge Miguel Miranda.
 

Atualmente, a nova rubrica disponibiliza entrevistas realizadas a participantes e colaboradores da última edição do Dia Aberto e a dois investigadores que trabalham na área da surdez genética.

Rosto de Teresa Alpuim

Pode-se dizer, sem risco de exagero, que a Estatística é a mais social das ciências exatas.

Programa M23

Atualmente 47 alunos estudam na FCUL através do programa Maiores de 23 anos. A FCUL conversou com uma dessas alunas, Ana Jardim, de 35 anos, aluna do 2.º ano de Engenharia Informática.

FCUL esclareceu possíveis candidatos ao programa M23 no Open Day pelo Núcleo de Formação ao Longo da Vida

“Tenho interesse em prosseguir os estudos académicos por vários motivos, entre eles o pessoal, sei que posso dar muito mais não só para mim como também para a sociedade e também porque poderei melhorar a minha condição de trabalho”, afirma Elísio Gomes, de 31 anos e visitante do Dia Aberto a Maiores de 23 da UL.

Antenas do ALMA

O primeiro de uma série de vodcasts de divulgação científica do CAAUL dedicados aos maiores tópicos da atualidade em Astronomia apresenta o ALMA.

Rosto de Luísa Maria Abrantes

“A professora Luísa Maria Abrantes será sempre recordada pela sua enorme dedicação e empenho durante os 40 anos de serviço a esta casa”, refere o seu colega e amigo Jorge P. Correia.

A FCUL volta a marcar presença na Futurália, na FIL, no Parque das Nações, juntamente com outras unidades orgânicas da UL, entre 13 e 16 de março.

“Foi o professor Henrique Leitão que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver.

“Foi o professor Henrique Leitão que me alertou para o facto de a questão do real impacto de Pedro Nunes na náutica do seu tempo estar por resolver. A tese e o prémio foram passos saborosos de um caminho longo mas que tem todo o potencial de ser gratificante e divertido”, reforça Bruno Almeida, vencedor do Prémio Cultura 2012 atribuído pela Sociedade de Geografia de Lisboa.

A reportagem multimédia sobre o Dia Aberto em Ciências inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior, alunos e professores da FCUL, colaboradores desta iniciativa.

Prémio SAHFC 2012 - Marta Macedo

Prémio SAHFC

  A Comissão Executiva da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências (SAHFC) atribui a anualmente o Prémio SAHFC.

O Grupo de Surdez do BioFIG-FCUL, coordenado por Graça Fialho, já analisou cerca de 400 famílias portuguesas afetadas com surdez hereditária. A primeira tese de doutoramento realizada em Portugal na área da genética da surdez foi defendida em 2012, na UL, por Tiago Matos.

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