Semana da Ciência e da Tecnologia

Dia Nacional da Cultura Científica

Participantes satisfeitos com “O que é investigar História da Ciência?” e Tertúlia Vinho com Ciência

Última Revisão —
Amália Martins-Loução e Manuel Heitor
A Cerimónia de Atribuição dos Prémios Ciência Viva 2021 ocorreu no Dia Nacional da Cultura Científica. Maria Amélia Martins-Loução recebeu o Grande Prémio Ciência Viva pelas mãos de Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Fonte Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva

Todas as semanas são boas para dar a conhecer os cientistas e o que investigam, assim como os seus contributos para o avanço do conhecimento, ainda assim há semanas mais especiais que outras. Esta é uma delas.

Esta quarta-feira, por exemplo, celebra-se o Dia Nacional da Cultura Científica, uma data especial, que se comemora há precisamente 25 anos, criada com o intuito de homenagear o divulgador de ciência Rómulo de Carvalho, que nasceu nesta data e por iniciativa de José Mariano Gago, na época ministro da Ciência.

Hoje, por ocasião desta data especial e da Semana da Ciência e da Tecnologia realiza-se também a Cerimónia de Atribuição dos Prémios Ciência Viva 2021, que premeia uma vez mais uma professora cientista da “casa” com o Grande Prémio Ciência Viva, este ano atribuído a Maria Amélia Martins-Loução. A cerimónia é transmitida em direto pelo canal YouTube.

 

 

A Faculdade adere a este tipo de iniciativa desde sempre. Ontem o dia foi repleto de atividades. Nesta semana e nas restantes do ano não faltam outros exemplos de ações de divulgação, que também cumprem o propósito de promover a cultura científica, como é o caso do Dia da Investigação do Departamento de Física ou do ciclo Conversas finitas no C-infinito.

Átrio C4 com pessoas
“O que é investigar História da Ciência?” teve como finalidade dar a conhecer aos alunos da Faculdade o que se faz no CIUHCT
Fonte ACI Ciências ULisboa

Pedro Rento teve conhecimento do evento “O que é investigar História da Ciência?” através de um amigo. O jovem aluno está a terminar a licenciatura em Física e frequenta agora, também, o mestrado em História e Filosofia das Ciências, por isso decidiu participar no acontecimento. “Gostei bastante. Alguns dos oradores são meus docentes e já conhecia das aulas, mas outros não. Foi muito bom e particularmente interessante para conhecer as aplicações do conhecimento, a interdisciplinaridade existente nestas áreas e a utilidade filosófica e científica de cada área do conhecimento”, diz.

Ana Duarte Rodrigues, coordenadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT), refere a propósito desta iniciativa, que cada vez há mais pontes com colegas de outras áreas da Faculdade e que o objetivo da iniciativa foi precisamente dar a conhecer junto dos alunos da Faculdade o que se faz nesta unidade de investigação. Pedro Freitas, seu colega e quem teve a ideia do encontro, menciona também que a Semana da Ciência e da Tecnologia é sempre uma boa ocasião para os estudantes terem acesso a outro tipo de conhecimento, diferente daquele que adquirem nas aulas. Por isso no final da sessão ofereceram livros aos alunos presentes.

João Honrado está no último ano de Matemática “pura” e teve conhecimento desta atividade pela rede social Meta. Decidiu comparecer porque está interessado em seguir investigação em História da Matemática e da Ciência. Para este jovem a sessão foi bem organizada, simples e casual. “Fiquei com uma ideia clara do que se faz neste centro e das perspetivas que alguém pode ter ao ingressar nesta carreira”, conclui.

Scritpta manent. O que se escreve, fica, permanece.
Mais Superior divulga Tertúlia Vinho com Ciência

“Neste momento há cada vez mais a preocupação não só de fazer bem, como dar a conhecer o que se faz bem, para que a sociedade também veja e perceba a importância de investir em Ciência”, diz Rui Malhó, um dos oradores da Tertúlia Vinho com Ciência e que nesse dia apresentou de forma muito sucinta alguns dos projetos de investigação em curso na Faculdade e em particular no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI).

Nesta sexta edição, voltaram a ter parceiros científicos e empresarias, nomeadamente o Instituto Dom Luiz, já que o tema em foco este ano foi as alterações climáticas, e a Associação de Viticultores do Concelho de Palmela, uma das entidades parceiras do Regenerative agricultural approaches to improve ecosystem services in Mediterranean vineyards (Revine), um projeto liderado em Portugal pelos cientistas do BioISI Ciências ULisboa, iniciado em maio deste ano e que faz parte da parceria PRIMA, como anunciado no comunicado de imprensa.

Rui Malhó na Tertúlia
“Neste momento há cada vez mais a preocupação não só de fazer bem, como dar a conhecer o que se faz bem, para que a sociedade também veja e perceba a importância de investir em Ciência”, diz Rui Malhó
Fonte GPS BioISI Ciências ULisboa

Na sua apresentação, Rui Malhó destacou alguns dos estudos mais importantes do BioISi nesta área, como é o caso do artigo sobre genótipos de videira, um dos cinco melhores do Journal of Experimental Botany, dos trabalhos realizados ao nível da fenotipagem e do Smart Farm Colab, entre outros. “Há um projeto muito interessante que tem sido desenvolvido também em parceria com empresas no Tec Labs e com o grupo do professor Rogério Tenreiro e tem tido uma aplicabilidade imediata”, conta acrescentando que se trata de uma colaboração com a Proenol, principal fornecedora de leveduras para fermentação, vinhos, espumantes, a nível nacional e internacional. Rui Malhó menciona ainda que “há uma procura grande no sentido da diminuição da utilização de pesticidas e químicos nos solos e têm sido feitas análises para verificar se isso altera o sabor e o cheiro dos vinhos”, concluindo que cada vez mais se procura diminuir o hiato entre a academia e a indústria.

Gabriela Ricardo foi uma das participantes desta tertúlia, num dia significativo para a sua pessoa. A 23 de novembro terminou a tese no Tec Labs no âmbito do curso de Microbiologia. Foi a primeira vez que participou e teve conhecimento do evento através do Instagram do grupo de investigação Grapevine Pathogen Systems Lab do BioISI Ciências ULisboa, liderado por Andreia Figueiredo. Guilherme Moreira, antigo aluno de licenciatura e de mestrado da Faculdade e atualmente a frequentar o doutoramento em Bioquímica, participou com os colegas e amigos pela terceira vez no acontecimento. “As temáticas abordadas são muito interessantes. Acho importantíssimo não só para ligar a nossa comunidade, mas também pela possibilidade de se abordarem estes temas e outros”, diz.

A Semana da Ciência e da Tecnologia decorre até domingo e continua a procurar atrair a atenção de toda a sociedade para a atividade científica presente nas instituições portuguesas. Esta sexta-feira, Marta Lourenço, diretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, conversa sobre o filme "Palimpsest of the Africa Museum", após a sua projeção, e sobre a situação portuguesa dos museus.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O último Dictum et factum de 2016 é com Paulo Silva, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

O QTLeap—Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches chega ao fim, mas a investigação em tradução automática continua. Leia a curta entrevista com António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências e coordenador deste projeto, iniciado em novembro de 2013.

“A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem” é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e explica de forma simples e recorrendo a curtas animações os processos associados à existência da maior onda surfada em todo o mundo. 

O curso de Química Tecnológica celebra em 2017 os 35 anos da saída dos seus primeiros licenciados pelo que as próximas “Jornadas QT” realçarão esta efeméride.

Nos últimos anos da troika (2011-2015), a importância da Filosofia foi bastante apreciada, em particular a nível internacional. Este período não foi bom para Portugal, sobretudo porque os jovens licenciados foram colocados de lado e sem trabalho, os sem emprego (ou bolsa), os precários (com vencimento à hora de ocupação, os temporários, sem férias, direitos de saúde...), e os que estavam a mais (e, forçados a emigrar) juntaram a sua indignação e protestaram. Nem sempre com resultados bem visíveis e de pressão real sobre o poder.

A União Europeia das Geociências atribui anualmente um prémio que reconhece atividade científica de exceção a nível mundial, realizada por cientistas desta área na fase inicial da carreira. Este galardão foi atribuído pela primeira vez a um investigador a trabalhar em Portugal. João Duarte é investigador do Instituto Dom Luiz e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e recebeu este prémio pelo seu trabalho na área da Geologia Marinha e Tectónica, bem como pela sua atividade na área da divulgação científica. 

Nos próximos cinco anos, Sara Magalhães vai explorar um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro-aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate, no âmbito do projeto “COMPCON - Competição sob construção do nicho”, com início previsto para maio de 2017 e desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Montpellier, em França.

Aplicações médicas e industriais a partir de organismos que produzem bioadesivos... Sim, é possível. No âmbito de uma Ação COST, a Rede Europeia de Especialistas em Bioadesão, trabalha para criar novos produtos.

O tempo tem demonstrado ser possível avançar na criação de mais e melhores condições de equidade para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Mas este é um desafio permanente para as instituições de ensino, como também o é para cada um de nós e a cada momento, num permanente processo de implicação pessoal em prol de algo que tanto prezamos: a igualdade de oportunidades.

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O 11.º Dictum et factum é com Aurora Sardinha, assistente técnica do Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências.

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Páginas