Bolsas Calouste Gulbenkian

Entrevista a Rodrigo Duarte

Novos Talentos em Matemática

No âmbito deste programa Jorge Buescu é o tutor de Rodrigo Duarte

Ciências

Rodrigo Duarte é aluno do 2.º ano de Matemática e no primeiro ano em Ciências a sua média final foi de 19 valores, um mérito que lhe valeu a atribuição de uma bolsa no âmbito do programa Novos Talentos em Matemática, edição 2016/2017, da Fundação Calouste Gulbenkian.

 “É o gosto que tenho pelo que estudo que me leva a querer saber mais e o esforço empenhado torna-se apenas um meio para esse fim”

Saiba mais sobre o percurso do estudante de Ciências na entrevista a seguir apresentada. 

Rodrigo Duarte
Rodrigo Duarte

O que significa para si esta distinção?

Rodrigo Duarte (RD) - É muito recompensador sentir que o meu esforço foi reconhecido. É uma grande oportunidade ter uma plataforma que me incentiva a trabalhar para aprender, mais do que seria de outra forma esperado. As notas que temos têm um papel relevante mas não são o que realmente interessa, são apenas um efeito secundário do conhecimento que obtemos. Este programa dá-nos acesso a artigos, livros e outros materiais propostos pelos nossos tutores que nos dão uma grande ajuda a compreender melhor o gigante mundo que é a Matemática.

Complete a afirmação: ser aluno de Ciências ULisboa é…?

RD - Ser parte de uma comunidade de cientistas que são motivados pela busca da compreensão quanto ao funcionamento do mundo à nossa volta. É aprender o que as pessoas mais inteligentes que já passaram por este mundo - desde Arquimedes, a Newton, a Euler e muitos outros -, nos têm para dizer e usar [esse] conhecimento séculos de descobertas científicas para fazermos nós próprios descobertas que eventualmente irão contribuir para o progresso da sociedade.

Que momentos destaca ao longo do seu processo de aprendizagem na área da Matemática, nesta Faculdade?

RD - Os primeiros momentos quando se aprende uma nova área da Matemática são passados em confusão e escuridão, porque não percebemos porque é que as coisas são assim e qual a sua relevância. Mas eventualmente, se nos empenharmos e se nos imergirmos, chega uma altura em que a escuridão passa a clareza e a confusão passa a entendimento, muitas vezes num momento de iluminação, em que de repente, as coisas começam a fazer sentido. São esses momentos que eu destaco. Ser aluno de Matemática é também estar preparado para que a qualquer altura, numa dada aula, o(a) professor(a) nos surpreenda com um facto inacreditável, mas inescapável, sobre a natureza dos objetos que estudamos. São todos esses momentos que fazem valer a pena ser aluno de Matemática.

A bolsa de mérito é no valor de 250€ por mês, durante dez meses. Recebeu outro tipo de apoio, como a ligação a investigadores, oportunidades de desenvolver trabalho de investigação, ou outros?

RD - Para além do apoio financeiro, [outra] grande vantagem do programa é a atribuição de um tutor [neste caso, Jorge Buescu], com o fim de realizar estudos aprofundados e iniciar projetos de investigação em Matemática.

Que importância considera que este tipo de apoio tem para jovens no ensino superior?

RD - Este tipo de programas parece-me ser de extrema importância. Em primeiro lugar, fornece-nos um incentivo ao estudo, mostrando que a sociedade valoriza o esforço e o conhecimento. Por outro lado, dá-nos a conhecer o mundo da investigação e ajuda-nos a compreender melhor como é a realidade do mundo académico, o que é de valorizar para quem, como eu, está a pensar seguir a carreira académica.

De que forma se atingem tão bons resultados?

RD - Para mim a resposta a esta pergunta é simples: com muito estudo e muito interesse. O interesse é necessário para motivar o estudo, caso contrário este torna-se menos produtivo. É também importante como se estuda. A prática só leva à perfeição se estivermos a praticar bem, de outra forma vamos apenas acentuar os nossos erros e não corrigi-los. Em Matemática é importante resolver bastantes exercícios, mas apenas se estamos a perceber o que estamos a fazer. Muitas vezes é preferível perder bastante tempo num problema específico em vez de simplesmente ver a resolução e apontar para a quantidade, porque quando somos nós a chegar ao resultado certo os conceitos envolvidos acabam por ser interiorizados com muito mais eficácia.

Há alguma história engraçada na Faculdade que queira partilhar connosco?

RD - Um dia estava a sair de uma aula e deparei-me com um amigo de infância, que já não via há anos sem ter sequer ideia de que ele estava na mesma faculdade que eu. Estava ainda a preparar-me para o cumprimentar quando fui confrontado com a pergunta: “-Tens uma calculadora?”. Apesar de ter ficado surpreendido com a pergunta, obviamente tenho sempre uma calculadora comigo e portanto emprestei-lhe. Aparentemente, ele ia ter teste a seguir e não se lembrou de trazer uma. Felizmente, no dia seguinte, pudemos usar a desculpa da devolução da calculadora para pôr a conversa em dia. Se não tivesse sempre preparado para uma necessidade repentina de “poder computacional”, talvez nunca tivéssemos voltado a entrar em contacto.

Há algum professor e/ou colega que o tenha marcado?

RD – Ao longo do meu percurso académico têm sido muitos os professores que me marcaram e certamente todos contribuíram para quem eu sou hoje. Contudo, neste momento destacaria o meu tutor - Jorge Buescu-, que tem mostrado bastante disponibilidade e me tem “inundado” com recursos que serão valiosos no meu processo de aprendizagem.

Os bons resultados atingem-se com esforço e… Que mais acrescentaria?

RD - O esforço e trabalho árduos são essenciais se queremos sucesso em qualquer área, mas para que este seja sustentável é necessário motivação e interesse genuínos. É o gosto que tenho pelo que estudo que me leva a querer saber mais e o esforço empenhado torna-se apenas um meio para esse fim.

Scripta manent. O que se escreve, fica, permanece.
Bolsas Calouste Gulbenkian
info-Ciências digital - Novos Talentos em Matemática

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” da autoria de Elisabete Malafaia, Pedro Mocho, Fernando Escaso e Francisco Ortega descreve um exemplar ainda juvenil de um dos grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico, com cerca de 150-145 milhões de anos, e foi publicado este mês na revista “Historical Biology”.

"É curioso, constatar que todas as teorias da ciência não são sobre a forma, mas sim sobre a função. Isto é, são sobre como as coisas se desenvolvem e mudam. São acerca de processos."

A primeira entrega dos dados (data release) da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) ocorreu esta quarta-feira, 14 de setembro, quase três anos depois do seu lançamento e foi transmitida online pela ESA. De acordo com o comunicado de imprensa emitido por Ciências, o consórcio internacional inclui investigadores e engenheiros de quatro universidades portuguesas.

O Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências foi distinguido com o 2.º Prémio Nacional na Categoria de Promoção do Espírito de Empreendedorismo dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma iniciativa da Comissão Europeia gerida em Portugal por IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, e cuja cerimónia de entrega dos prémios ocorreu no Museu do Oriente, em Lisboa, a 8 de setembro.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O nono Dictum et factum é com Carla Romero, técnica superior do Gabinete de Estudos Pós-graduados da Unidade Académica de Ciências.

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

"Comunicar significa tornar comum. E o que queremos tornar comum? Ciência. Esse é o objetivo", escreve em artigo de opinião Manuel Leite Valença.

César Garcia, curador convidado do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c e antigo aluno de Ciências, é o autor de uma das fotografias premiadas, escolha do editor, no âmbito da 4.ª edição do BMC Ecology Image Competition, uma iniciativa da BioMed Central.

A equipa da UNDAC (United Nations Disaster Assessment and Coordination)/ERCC (European Response Coordination Centre) da Comissão Europeia (CE) tem feito avaliação dos planos de emergência existentes e suas lacunas ou melhoramentos necessários, bem como reuniões com os principais agentes intervenientes a nível local em caso de catástrofe ou emergência.

Cerca de 60 alunos da EB1 S. João de Brito,  Agrupamento de Escolas de Alvalade, visitaram em julho passado o Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Desde a chegada da equipa UNDAC/ERCC a sismicidade tem-se mantido em níveis estáveis após dois dias iniciais em que se tinha tornado progressivamente mais superficial (1 km abaixo do nível do mar).

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O oitavo Dictum et factum é com Vera Lopes, técnica superior do Departamento de Geologia de Ciências.

Os vencedores do galardão desenvolveram o melhor projeto de Net Zero Energy House.

Há espírito empreendedor nos corredores de Ciências e a prová-lo esteve a prestação dos alunos de Ciências e do ISCTE-IUL na Sessão Final da Disciplina de Projeto Empresarial.

Cerca de 14 alunos do ensino secundário decidiram passar uma semana das suas férias a frequentar a Escola de Verão de Energia, organizada pelos professores e alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente, e que já vai na sua segunda edição.

Pedro Veiga, Luís Correia e Teresa Chambel, professores do Departamento de Informática (DI) de Ciências, participaram no primeiro E-Tech Portugal, ocorrido no início de junho de 2016, em Setúbal.

A racionalidade (homem racional) é inalcançável, porque a escolha ótima (identificada a maior parte das vezes com a utilidade máxima individual) é demasiado perfeita.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela faculdade esta segunda-feira, para os investigadores a identificação de novos alvos moleculares é essencial para definir estratégias terapêuticas cada vez mais robustas nos doentes com fibrose quística. Entrevista com Carlos Farinha.

Participantes no laboratório

“A Química e os segredos de um chocolate perfeito”, “Olhando os átomos”, “A diversidade escondida dos oceanos: do microscópio ao DNA” e “As bactérias e a resistência a antibióticos” são só alguns exemplos dos projetos disponíveis no âmbito do

A Galeria Ciências é um espaço recente, dinâmico, polivalente, com grandes potencialidades.

José Pica

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O sétimo Dictum et factum é com José Pica, assistente técnico do Departamento de Biologia Vegetal de Ciências.

Crónica de Fernando Barriga e Sofia Martins, investigadores do IDL Ciências, em missão oceanográfica no Atlântico - TAG hydrothermal field.

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