Opinião

Um momento único para a Comunicação de Ciência

Berço De Gray Newton

A ciência é a melhor abordagem que temos para melhor compreender o mundo

Pexels - Pixabay
Pedro Almeida
Pedro Almeida
Fonte ACI Ciências ULisboa

Marta Daniela Santos
Marta Daniela Santos
Imagem cedida por MDS

Nove em cada dez cidadãos europeus (86%) considera como positivo o impacto da ciência e da tecnologia na sociedade. Em Portugal, este valor aumenta para 99%, segundo dados do mais recente Eurobarómetro dedicado a conhecer as atitudes dos europeus face à ciência, e em que Portugal lidera em vários indicadores. Por exemplo, somos o país que em 2021 regista o maior interesse em novas descobertas científicas e novos desenvolvimentos tecnológicos: 62% dos inquiridos afirmou ter muito interesse nestes temas (em contraste com 33% da média europeia), enquanto em 2010 este valor no nosso país era de apenas 14%.

O crescimento da confiança na ciência e nos cientistas é uma tendência mundial. De facto, e de acordo com o Wellcome Global Monitor 2020, 43% da população mundial afirma confiar muito na ciência – um aumento de 9% em apenas dois anos.

A resposta à pandemia poderá explicar em parte estes resultados – aliás o interesse em novos desenvolvimentos médicos e a confiança nos profissionais de saúde está também em crescendo. Não será estranho a isto termos testemunhado que pela primeira vez o conhecimento científico acumulado pela humanidade permitiu criar uma vacina para responder a um problema global de saúde num espaço de tempo tão curto, sem que esta rapidez tenha comprometido a sua segurança e qualidade.

Que o sucesso da estratégia de vacinação em Portugal não nos faça esquecer países em que as vacinas disponíveis são escassas e a taxa de vacinação é muito reduzida; a ciência dá resposta ao desenvolver vacinas, mas a sua distribuição efetiva é um dos problemas que ainda não está ao seu alcance resolver. Mas devia ser efetivamente resolvido.

Como estaríamos se ainda aguardássemos por uma vacina? Ou se não conhecêssemos sequer este ou outros desenvolvimentos da Medicina? Olhar para o passado, mais ou menos recente, remete-nos para o nosso lugar no Universo...um grão de areia na grande praia do cosmos.

A ciência não é perfeita, e não tem nem terá resposta para todas as perguntas – é sim um infinito processo de busca e auto-crítica feito por milhares de cientistas em todo o mundo, numa confluência de milhares de milhões de neurónios, em milhões de cérebros da comunidade científica. Mas a ciência é a melhor abordagem que temos nesta busca por melhor compreender o mundo, com respostas que, não sendo absolutas, são as que melhor constroem a visão que temos sobre como funciona o Universo. E é por isso fundamental partilhá-la e torna-la presença habitual num diálogo informado, entre todos.

Os avanços da ciência têm permitido um maior reconhecimento, nos últimos anos, do seu papel na vida de todos nós. Comunicar este seu papel de modo a que contribua de forma cada vez mais eficaz na tomada de decisões baseadas na evidência e factualmente sustentadas é cada vez mais importante. Porém, há ainda um longo caminho a percorrer para que a sua importância seja reconhecida e para ultrapassar obstáculos como a desinformação e as chamadas ‘notícias falsas’. Infelizmente, os jornalistas que podem dedicar-se apenas à cobertura de ciência contam-se pelos dedos das mãos no nosso país – mesmo quando, nesta altura, a maioria dos meios de comunicação social produz notícias sobre ciência.

O  panorama atual em Portugal só é possível graças ao trabalho de entidades como a Ciência Viva, que está a assinalar os seus 25 anos; pelas medidas pioneiras tomadas por José Mariano Gago; pela profissionalização da Comunicação em Ciência  e maior investimento em formação, e pelo reconhecimento pelas instituições científicas da Comunicação de Ciência como uma das suas missões. É este o caso da Ciências ULisboa.

A cada um de nós que está envolvido em fazer ou comunicar ciência, lançamos um repto: Como comunicar de forma mais clara, como chegar a outros públicos? Estamos num momento estratégico para a Comunicação de Ciência – não só porque a atual pandemia tem recordado o seu papel fundamental e trazido os cientistas para uma presença mais frequente na comunicação social, reforçando a sua responsabilidade, mas também porque só a ciência pode encontrar respostas, mesmo que parciais, para vários desafios globais que já enfrentamos – e que ela própria tem vindo a prever.

Como podemos, enquanto “fazedores de conhecimento” (comunicadores ou cientistas) corresponder ao aumento da confiança que a sociedade tem vindo a depositar na ciência? Esta pergunta também não tem resposta absoluta. Mas acreditamos que as novas gerações são a chave do futuro – tal como a chave para o presente reside em envolver as universidades, a comunicação social, as empresas, os cidadãos e os decisores políticos num diálogo que torne claro o que está em causa, através de uma linguagem que inclua todos. É o nosso papel fazê-lo, e é agora que o temos de fazer!

Marta Daniela Santos e Pedro Almeida, Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Conhece as reais causas das expulsões de 1947? Como eram as relações da Faculdade de Ciências com o Instituto Superior Técnico? Uma das últimas edições da FCUL procura responder a estas e a outras questões.

Alexandre Ribeiro, criador do jogo Fangz destacado recentemente na App Store dos EUA, voltou àquela que foi a sua instituição de ensino superior, a FCUL, para partilhar experiências, curiosidades e dificuldades vivenciadas ao longo da conceção do jogo, aproveitando para responder às dúvidas dos interessados.

Conferência por Isabel Sacramento Grilo, Department of Geological Sciences SDSU, San Diego, California. EUA.

No âmbito do Ano Internacional de Estatística, a Sociedade Portuguesa de Estatística (SPE)  e o Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL)  promovem uma

Visitantes e colaboradores do Dia Aberto em Ciências comentam a iniciativa que em 2013 reuniu cerca de 1400 pessoas, entre alunos do básico e secundário e seus professores.

Inquéritos Pedagógicos. 2.º Semestre de 2012-13

Os Inquéritos Pedagógicos são uma ferramenta fundamental para a avaliação da qualidade do ensino na FCUL

Fangz, jogo criado por aluno da FCUL que conquistou a Apple

Alexandre Ribeiro, antigo aluno do Departamento de Informática da FCUL, é o primeiro português a conseguir destacar uma aplicação nacional na App Store dos EUA. Para além deste destaque, foi eleito jogo da semana no fórum da Touch Arcade, “o site de maior reputação no mundo dos jogos para plataformas móveis”.

Sessões de esclarecimento/apresentação

Secção Autonoma de História e Filosofia das Ciências da FCUL

A Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências - SAHFC

 

DESAFIO SOCIETAIS 1, 2 E 5: HEALTH, BIO-ECONOMY, CLIMATE ACTION

IV Jobshop

“Os alunos e os responsáveis pelos recursos humanos das empresas participantes poderão dialogar e assim trocar informações úteis acerca dos métodos, oportunidades e critérios de recrutamento utilizados”, informa o presidente da AEFCL, Eduardo Matos.

Logotipo Cost

A próxima reunião do Comité COST, área de Chemistry and Molecular Sciences and Technologies realiza-se em  setembro, em Lisboa. Durante esse acontecimento a organização local prevê estudar, juntamente com os atuais e os antigos delegados a ações COST, novas formas de incrementar a participação portuguesa no Horizonte 2020.

“A parceria que temos [com a FCUL] contribuiu em larga escala para o desenvolvimento da Science4you”, comenta Miguel Pina Martins, a propósito do sucesso da empresa que soma novos galardões: o “Business Internationalization Award” e os Prémios Novos, na categoria Empreendedorismo.

Instituto Dom Luiz – University of Lisbon and the Center of Geophysics of the University of Coimbra invite applications for one Post-Doctoral research position. The post-doctoral researcher will be integrated in project QuakeLoc‐PT.

Sessão de esclarecimento sobre os mestrados no GeoFCUL 2013/14

Sessão de esclarecimento sobre os mestrados em Geologia 2013/2014 do GeoFCUL

 

17 Maio (sexta-feira), 10h00-11h30, sala 6.2.47

 

Terá a presença dos coordenadores:

Rosto de Luísa Canto e Castro Loura

Conciliar e anonimizar as mais extensas bases de dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência é uma tarefa com várias etapas, que se prevê estar finalizada no decorrer do quarto trimestre de 2013.

Aldeia mineira do Lousal

Até ao momento os Prémios GeoConservação já distinguiram a ação das autarquias de Idanha-a-Nova, Valongo, Cantanhede, Arouca, Porto, Alcanena, Rio Maior e das associações de municípios Natureza e Tejo e dos Açores.

Anfiteato 3.2.14

Durante a sessão comemorativa do 102.º aniversário da FCUL, alguns dos melhores alunos da FCUL sorriram e encantaram com os seus depoimentos, num trabalho multimédia apresentado durante o evento.

Cerca de 93 alunos, agrupados em equipas de três elementos, realizaram as provas teóricas e experimentais nas instalações da FCUL.

No âmbito da disciplina de Estatística Ciência e Sociedade, a Profª Dirce Monteiro do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa, proferirá, no dia 23 de Abril (3ª feira) pelas 14:30, na sala 6.4.30,&n

Logotipo Dia da FCUl 2013

A FCUL foi criada no século XX, a 19 de abril de 1911, pouco mais de cem anos após o surgimento da primeira escola classificada como tal, a Universidade de Berlim, na Alemanha, em 1810. Em 2013 Ciências comemora 102 anos.

 

Páginas