Oportunidades e desafios na gestão de precisão e prevenção inteligente das doenças infecciosas

Case study RESISTIR

Projeto RESISTIR visa apoiar e implementar novos sistemas de medicina preditiva, personalizada, preventiva e participativa

Ciências ULisboa e a Maxdata Software apresentam a 26 de setembro, entre as 14h00 e as 17h45, na sala de atos, no edifício C6, os principais resultados do RESISTIR

RESISTIR

A análise de impacto económico e social efetuada durante o projeto sugere que esta problemática tenha afetado diretamente mais de 55.000 pessoas de um universo de 623.000 pessoas, originando mais de 70.000 dias de hospitalização excedentária e um custo superior a 26 M€ por ano para as unidades de saúde associadas ao projeto.

“Identificámos mais de cem casos em que não houve qualquer terapêutica eficaz disponível para controlo das infeções. Por cada ano de estudo foi estimado um custo médio de 989 anos de vida devido a óbitos associados às infeções e resistência aos antibióticos. É efetivamente um problema real que afeta o cidadão no presente, com consequências concretas para o nosso futuro próximo. Apenas com um firme compromisso social entre os cidadãos e as entidades gestoras da saúde pública, será possível juntos combatermos e vencermos esta batalha”, comenta o porta-voz do consórcio.

Ciências ULisboa e a Maxdata Software apresentam a 26 de setembro, entre as 14h00 e as 17h45, na sala de atos, no edifício C6, no campus da Faculdade, os principais resultados do RESISTIR. O projeto, iniciado em abril de 2016 e cofinanciado pelo Portugal 2020, visa apoiar e implementar novos sistemas de medicina preditiva, personalizada, preventiva e participativa e insere-se num consórcio que junta o BioISI - Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas, o LaSIGE - Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala; entidades empresariais na área de eHealth, sob coordenação da Maxdata Software e diversas instituições de saúde, como é o caso do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

José Artur Paiva, diretor clínico do Centro Hospitalar de São João e Carlos Neves Martins, CEO do Idealmed Muscat Hospital no Sultanato de Omã e anterior presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, são alguns dos oradores do encontro RESISTIR, de acesso público mediante inscrição prévia.

“A execução do projeto excedeu todas as nossas expetativas e os objetivos propostos inicialmente. Quando desenhámos o projeto estávamos cientes do enorme desafio, riscos e complexidade tecnológica necessária para atingir os objetivos propostos. Criámos uma equipa multidisciplinar, e optámos por desenvolver um sistema praticamente de raiz em vez de adaptar plataformas existentes para os nossos objetivos. A execução do projeto foi altamente intensiva, com mais de 35 mil horas de trabalho e mais de um milhão de linhas de código produzidas pela equipa. Sem dúvida que esta abordagem intensiva e multidisciplinar foi uma enorme mais-valia, permitindo criar diversas soluções inovadoras de uma forma integrada para os principais pontos críticos do processo de produção de conhecimento nesta área. Foi inestimável a base de conhecimento que tivemos oportunidade de criar com os nossos parceiros, permitindo agregar informação curada de múltiplas fontes, desde dados demográficos, clínicos, científicos, e até informação meteorológica”, conta Ricardo Dias, investigador de Ciências ULisboa, coordenador do RESISTIR e porta-voz do consórcio.

Para a consórcio, o RESISTIR é um exemplo de transferência de tecnologia de sucesso, resultante das sinergias entre o conhecimento científico da Faculdade nas áreas da microbiologia, epidemiologia, bioinformática e sistemas inteligentes e a experiência de desenvolvimento de sistemas de informação hospitalares/laboratoriais da Maxdata, alicerçado nas necessidades e objetivos dos parceiros clínicos do consórcio alargado. O objetivo futuro passa também pela internacionalização do RESISTIR e pela produção de uma nova geração de soluções na área do conhecimento de precisão.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido recentemente pela Faculdade, o RESISTIR atingiu resultados de elevado impacto e qualidade. “O sistema permite a consciencialização e avaliação em tempo real do estado epidemiológico da unidade de saúde, como da sua área de influência. Destacam-se o desenvolvimento de métodos para a identificação automática e personalizada, ao nível do paciente e caso clínico, do nível de risco de desenvolvimento de infeção durante a estadia e a readmissão hospitalar; a criação de um sistema de sinalização do risco de desenvolvimento de resistência orientado para o paciente (patient-oriented), com funcionamento em curto espaço de tempo; e a capacidade de monitorização e alerta em curto espaço de tempo (minutos em vez de dias ou semanas), de surtos de origem hospitalar ou comunitária na área de influência hospitalar da unidade de saúde”, exemplifica Ricardo Dias, que acrescenta ainda que “as características diferenciadoras do projeto RESISTIR, colocam-no como um projeto altamente inovador na área da medicina de precisão, não existindo presentemente comparação no mercado internacional”.

“Esta problemática só poderá ser controlada com o compromisso, a colaboração e envolvimento de todos os stakeholders: cientistas, doentes, médicos, farmacêuticos, unidades de saúde, órgãos de governança públicos e privados.”
Ricardo Dias

ACI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O mercado do processamento da língua natural (PLN), segmentado em codificação automatizada, análise de textos, reconhecimento de carateres óticos, resposta interativa em voz, reconhecimento de padrões e imagens, e analítica da voz, tenderá a aumentar muito nos próximos dez anos.

O “XV Encontro de Jovens Investigadores em Paleontologia (EJIP)” realiza-se de 19 a 22 de abril de 2017, na cidade de Pombal, um concelho cuja riqueza paleontológica é salientada pela comissão organizadora desta 15.ª edição. Carlos Marques da Silva e Mário Cachão, professores do Departamento de Geologia e investigadores do Instituto Dom Luiz, são oradores convidados do encontro, cujas inscrições decorrem até ao final de março.

“Este programa dá-nos acesso a artigos, livros e outros materiais propostos pelos nossos tutores que nos dão uma grande ajuda a compreender melhor o gigante mundo que é a Matemática”, diz Rodrigo Duarte, estudante de Ciências, galardoado com uma bolsa Novos Talentos em Matemática 2016/2017.

Anny Caroline Muniz, aluna do mestrado em Bioestatística de Ciências, participou no estudo “Perfil Tabágico dos Estudantes dos 2.º e 3.º ciclos das Escolas do ACES Arco Ribeirinho”, dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, desenvolvendo igualmente um modelo matemático para a previsão do adolescente/tipo com maior probabilidade de começar a fumar precocemente.

Qual o principal fator que provocou o crescimento das regiões exteriores das galáxias elípticas na época mais recente do Universo? Esta pergunta motivou a investigação liderada por Fernando Buitrago, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e professor convidado do Departamento de Física de Ciências, dando origem ao mais detalhado estudo publicado online em janeiro na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Jardim

O inquérito desenvolvido pelo cE3c - no âmbito do projeto europeu “Green Surge - Green Infrastructure and Urban Biodiversity for Sustainable Urban Development and the Green Economy” -, pode ser respondido até 15 de abril de 2017.

O Lisbon Green Hackathon 2017 acontece nos dias 11 e 12 de março. As inscrições terminam a 1 de março. No âmbito do evento estão previstas outras atividades, nomeadamente um ciclo de workshops, sessões de networking, debates e apresentações de startups.

O Tec Labs abriu portas ao ecossistema de inovação e empreendedorismo de Lisboa. O dia foi marcado pela apresentação de novidades para 2017, pelo networking entre os convidados e pela partilha de eventuais projetos e parcerias futuras.

O “Dr. Celestino” era não só um petrólogo excecional e um geólogo de campo incansável, como, e acima de tudo, uma pessoa encantadora pela sua delicadeza de trato. Os colegas do Departamento de Geologia e os ex-colegas do IICT sentirão certamente a falta da sua presença assídua e das interessantes e interessadas conversas sobre a Geologia de Cabo Verde.

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Seguramente já terá ouvido falar em dados geográficos. Pelo nome, deduz-se que estejam relacionados com mapas e lugares. No entanto, estes dados vão muito para além das coordenadas geográficas, representando, entre outros, redes de transporte, águas subterrâneas, populações, temperatura e recursos energéticos.

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