Entrevista com Diogo Ramalho, campeão nacional universitário de Taekwondo e aluno de Matemática

“Nunca desisto até sentir que dei o meu melhor”

No que à prática desportiva diz respeito, o próximo objetivo do aluno é participar nas “Universíadas”, a decorrer em Taipei, em Taiwan, em agosto de 2017

cedida por Diogo Ramalho

Diogo Ramalho, 19 anos, é aluno do 2.º ano de Matemática Aplicada de Ciências. Em fevereiro, sagrou-se, pela segunda vez, campeão nacional de Taekwondo, na categoria Poomsae Dan Individual, representando a Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa no Campeonato Nacional Universitário.

Cortesia, integridade, perseverança, autodomínio e espírito indomável são os cinco princípios que diz transpor do Taekwondo para a vida académica e que por sinal está a adorar.

Conheça mais pormenores do percurso do estudante e atleta, na entrevista a seguir apresentada.

O que significa pertencer a esta casa, a Ciências?

Diogo Ramalho (DR) - É o concretizar de um sonho. Desde tenra idade ambiciono que as Ciências façam parte da minha vida, sendo que alcancei este objetivo a partir do momento em que me inscrevi no curso de Matemática Aplicada. Apesar de no início a Matemática não ser o meu forte, a partir do 9.º ano consegui ganhar algum interesse, aí comecei a compreender algumas das suas complexidades. É o 2.º ano que estou nesta “família de Ciências” e o curso está a corresponder totalmente às minhas expectativas. Apesar de não ser fácil conciliar o desporto com a faculdade, porque o curso possui cadeiras com grau de dificuldade elevado, penso que não poderia ter escolhido melhor.


Ao lado dos colegas de pódio, representantes de outras faculdades e associações de estudantes

Quais são os ensinamentos que considera fundamentais para a sua vida e que foram aqui adquiridos?

DR- Estou a adorar a minha experiência académica. Ao estar no ramo da Matemática, consegui desenvolver algumas softskills, tais como a organização, a atenção ao detalhe, a capacidade para questionar, o rigor, entre outras. O meu raciocínio lógico é algo que também está a melhorar bastante.

E que aprendizagem traz do Taekwondo para a vida académica?

DR - No Taekwondo existem cinco princípios: cortesia, integridade, perseverança, autodomínio e espírito indomável. Estes ensinamentos refletem o culminar de uma harmonia interior e possibilitam ultrapassar as adversidades assim como alguns obstáculos, de uma forma mais descontraída e calma. Um exemplo prático de um destes princípios na minha vida, pode ser a perseverança que possuo aquando o finalizar de um certo "cadeirão", em que nunca desisto até sentir que dei o meu melhor.

Disciplina, esforço, dedicação. São três elementos comuns à vida de estudante e à de desportista. Como é conciliar estas duas vertentes?

DR - Todas requerem os mesmos sacrifícios. Como é óbvio, a minha prioridade serão sempre os estudos. Porém, para atingir certas metas que tenho vindo a traçar ao longo da minha vida, preciso de dedicar mais tempo aos treinos, privando-me de saídas com os meus amigos. Apesar disso, tenho muita sorte em ter pessoas que me dão imenso apoio e que me compreendem.


Cortesia, integridade, perseverança, autodomínio e espírito indomável são os cinco princípios que diz transpor do Taekwondo para a vida académica

Ciências - Há tempo para tudo, ou seja, uma ajuda a outra a acontecer?

DR - Sim, desde que se queira há tempo para tudo, eu sou um exemplo disso. Basta ter os planos bem traçados.

O que se imagina a fazer daqui a cinco anos, a nível profissional e desportivo?

DR - Espero estar a trabalhar numa empresa que me dê condições, que me permita conciliar a minha vida tanto desportiva como profissional. Almejo ser uma pessoa de muito sucesso na área da Matemática.

Projetos futuros, já há algum definido que possamos conhecer?

DR - De momento o meu objetivo é participar nas “Universíadas”, a decorrer em Taipei, em Taiwan, em agosto de 2017. Para mim, esta seria uma experiência extraordinária, visto que iria representar não só a Faculdade, como também a Seleção Portuguesa.Ainda no ano passado fui competir pela AEFCL no Campeonato Europeu Universitário (EUG) na Croácia, mais propriamente em Rijeka, no qual arrecadei uma medalha de 2.º lugar. Não foi fácil treinar para este torneio por ter estado em exames uns dias antes, porém tentei dar sempre o meu melhor. Apesar do meu objetivo ser sempre o primeiro lugar, fiquei muito feliz em ser vice-campeão europeu. O maior obstáculo na modalidade que pratico é a nível de apoios, principalmente financeiros, visto que a maioria das competições em que participo têm de ser financiadas pelos meus pais.

Por fim, peço que deixe uma mensagem para os estudantes de Ciências.

DR - É possível conciliar tudo o que ambicionamos fazer! No mercado de trabalho, as softskills são muito valorizadas atualmente. A meu ver, qualquer prática de desporto de equipa, não só realizado por parte de alunos mas também pelo público em geral, possibilita a aprendizagem, a experiência, a cooperação entre os colegas e acima de tudo a capacidade de liderança, que são as principais qualidades para entrar no "mundo" do trabalho.

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

“Geography and major host evolutionary transitions shape the resource use of plant parasites” da autoria de Joaquín Calatayud, José Luis Hórreo, Jaime Madrigal-González, Alain Migeon, Miguel Á. Rodríguez, Sara Magalhães e Joaquín Horta salienta a necessidade de estudos mais globais em Ecologia.

Aos alunos deixo uma sugestão: aproveitarem as unidades curriculares para experimentarem as suas ideias e terem projetos de novas apostas tecnológicas (em Salvador, Brasil, no campus de Ondina da UFBA existe um enorme espaço, com equipamentos informáticos e professores, para que os alunos possam ser ajudados a experimentar ideias). E, com um portefólio de exemplos vem um passo seguinte: usarem pós-graduações (por exemplo, mestrados) para construírem protótipos que se vejam em feiras e exposições. As empresas vêm em seguida.

A estudante de doutoramento em Paleontologia do Departamento de Geologia de Ciências e a equipa multidisciplinar que assina “A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” preparam-se para apresentar os resultados deste artigo no próximo congresso anual da Society of Vertebrate Paleontology e que ocorrerá em outubro na cidade de Salt Lake City, nos Estados Unidos da América.

“A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” da autoria de Elisabete Malafaia, Pedro Mocho, Fernando Escaso e Francisco Ortega descreve um exemplar ainda juvenil de um dos grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico, com cerca de 150-145 milhões de anos, e foi publicado este mês na revista “Historical Biology”.

"É curioso, constatar que todas as teorias da ciência não são sobre a forma, mas sim sobre a função. Isto é, são sobre como as coisas se desenvolvem e mudam. São acerca de processos."

A primeira entrega dos dados (data release) da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) ocorreu esta quarta-feira, 14 de setembro, quase três anos depois do seu lançamento e foi transmitida online pela ESA. De acordo com o comunicado de imprensa emitido por Ciências, o consórcio internacional inclui investigadores e engenheiros de quatro universidades portuguesas.

O Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências foi distinguido com o 2.º Prémio Nacional na Categoria de Promoção do Espírito de Empreendedorismo dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma iniciativa da Comissão Europeia gerida em Portugal por IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, e cuja cerimónia de entrega dos prémios ocorreu no Museu do Oriente, em Lisboa, a 8 de setembro.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O nono Dictum et factum é com Carla Romero, técnica superior do Gabinete de Estudos Pós-graduados da Unidade Académica de Ciências.

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

"Comunicar significa tornar comum. E o que queremos tornar comum? Ciência. Esse é o objetivo", escreve em artigo de opinião Manuel Leite Valença.

César Garcia, curador convidado do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c e antigo aluno de Ciências, é o autor de uma das fotografias premiadas, escolha do editor, no âmbito da 4.ª edição do BMC Ecology Image Competition, uma iniciativa da BioMed Central.

A equipa da UNDAC (United Nations Disaster Assessment and Coordination)/ERCC (European Response Coordination Centre) da Comissão Europeia (CE) tem feito avaliação dos planos de emergência existentes e suas lacunas ou melhoramentos necessários, bem como reuniões com os principais agentes intervenientes a nível local em caso de catástrofe ou emergência.

Cerca de 60 alunos da EB1 S. João de Brito,  Agrupamento de Escolas de Alvalade, visitaram em julho passado o Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Desde a chegada da equipa UNDAC/ERCC a sismicidade tem-se mantido em níveis estáveis após dois dias iniciais em que se tinha tornado progressivamente mais superficial (1 km abaixo do nível do mar).

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O oitavo Dictum et factum é com Vera Lopes, técnica superior do Departamento de Geologia de Ciências.

Os vencedores do galardão desenvolveram o melhor projeto de Net Zero Energy House.

Há espírito empreendedor nos corredores de Ciências e a prová-lo esteve a prestação dos alunos de Ciências e do ISCTE-IUL na Sessão Final da Disciplina de Projeto Empresarial.

Cerca de 14 alunos do ensino secundário decidiram passar uma semana das suas férias a frequentar a Escola de Verão de Energia, organizada pelos professores e alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente, e que já vai na sua segunda edição.

Pedro Veiga, Luís Correia e Teresa Chambel, professores do Departamento de Informática (DI) de Ciências, participaram no primeiro E-Tech Portugal, ocorrido no início de junho de 2016, em Setúbal.

A racionalidade (homem racional) é inalcançável, porque a escolha ótima (identificada a maior parte das vezes com a utilidade máxima individual) é demasiado perfeita.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela faculdade esta segunda-feira, para os investigadores a identificação de novos alvos moleculares é essencial para definir estratégias terapêuticas cada vez mais robustas nos doentes com fibrose quística. Entrevista com Carlos Farinha.

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