Investigadores de CIÊNCIAS asseguram financiamento para campanha de contenção da perca-europeia na Reserva Natural da Malcata

O projeto, financiado em cerca de 74 000 euros, será liderado pelo MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, contando ainda com o apoio do CE3C - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais

Filipe Ribeiro e Rui Rivaes, investigadores do MARE, asseguraram um financiamento de cerca de 74 000 euros para a contenção da perca-europeia na Reserva Natural da Malcata

Filipe Ribeiro e Rui Rivaes, investigadores do MARE, asseguraram um financiamento de cerca de 74 000 euros para a contenção da perca-europeia na Reserva Natural da Malcata

Equipa do Fish Invasions Lab | DCI CIÊNCIAS

Filipe Ribeiro e Rui Rivaes, investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente de CIÊNCIAS, asseguraram um financiamento do Fundo Ambiental no valor de 73 848 euros para a realização de uma campanha de contenção da perca-europeia na Reserva Natural da Malcata e posterior prevenção da sua dispersão em Portugal Continental. A campanha, que será liderada pela equipa do Fish Invasions Lab, do MARE, contará ainda com o apoio de investigadores do CE3C - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, outro importante centro de investigação alojado em CIÊNCIAS.

Este projeto tem como objetivo realizar um controlo populacional da perca-europeia na Reserva Natural da Malcata, mitigando os impactos negativos desta espécie invasora. Para tal, será utilizada a pesca elétrica, uma técnica científica reconhecida pela eficácia na captura de peixes. Esta estratégia, pela sua natureza, irá permitir a remoção dos indivíduos de perca europeia do rio sem serem causados danos significativos a outras espécies nativas do local ou ao meio ambiente circundante.

 

“A importância deste projeto reside na urgência para conter a expansão da perca-europeia, que preda as espécies nativas, a uma região mais restrita espacialmente, sendo ainda possível a sua contenção e, portanto, gerível do ponto de vista ambiental”, afirma Rui Rivaes, coordenador do projeto.

 

A perca-europeia (Perca fluviatilis) é uma espécie exótica na região sul e ocidental da europa, estando legalmente classificada como uma espécie invasora em Portugal. Foi confirmada pela primeira vez em 2013, numa pequena albufeira em Proença-a-Nova, e desde então tem-se dispersado rapidamente por várias albufeiras nos distritos da Guarda e de Castelo Branco. Para tão rápida dispersão, contribuiu o fator humano, especialmente a pesca para fins recreativos, motivo que primeiramente levou à sua introdução em Portugal.

Ciente desta prática, a campanha de contenção da perca-europeia conta ainda com uma segunda fase, que passa pela restrição da expansão da espécie na Reserva Natural da Malcata. Tal objetivo será alcançado a partir da identificação da existência de barreiras naturais ou artificiais e de um esforço de consciencialização para os impactos negativos da espécie na biodiversidade e ambiente, a partir da partilha de folhetos e cartazes e da criação de uma campanha digital dirigida à comunidade dos pescadores.

A perca-europeia é uma espécie invasora que coloca em risco a sobrevivência de variadas espécies nativas
A perca-europeia é uma espécie invasora que coloca em risco a sobrevivência de variadas espécies nativas
Fonte: Equipa do Fish Invasions Lab

 

A equipa do MARE tem vindo a acompanhar a expansão desta espécie nesta região, estando muito ciente da forma como tem vindo a predar várias espécies nativas, endémicas e ameaçadas, como a boga-de-boca-reta (Pseudochondrostoma polylepis) e o bordalo (Squalius alburnoides). Este comportamento levanta sérias preocupações sobre os impactos ecológicos, que serão estudados pelo aluno de CIENCIAS Diogo Dias, no âmbito da sua tese de doutoramento. Vem também demonstrar a necessidade de se avançar com várias medidas para o seu controlo populacional e gestão ambiental. Este projeto pretende dar um importante contributo para esse objetivo.

Marco Matos, Gabinete de Imagem e Conteúdos Digitais da DCI CIÊNCIAS
mmomatos@ciencias.ulisboa.pt
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Grupo de investigadores e responsáveis de instituições de investigação escreveram uma carta aberta de protesto sobre decisão do Tribunal de Justiça Europeu sobre genoma.

Prémio Doutoramento em Ecologia

Francisco Pina Martins, Adrià López-Baucells e Inês Gomes Teixeira são os vencedores do Prémio de Doutoramento em Ecologia 2019. Os trabalhos galardoados serão apresentados durante o 18.º Encontro Nacional de Ecologia, que se realiza em simultâneo com o 15.º Congresso Europeu de Ecologia, entre 29 de julho e 2 de agosto em Ciências ULisboa.

Complexidade da diversidade

"É um erro pensarmos que uma boa equipa de I&DE só deve ser construída com os mais espertos: de facto, é o coletivo, constituído com pessoas que trazem uma gama variável de perspetivas (pontos de vista) para um problema, que obtém os melhores resultados", in no Campus com Helder Coelho.

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O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e o Museu da Presidência da República celebram os 50 anos da chegada à Lua.

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Professores de todo o país vão estar reunidos no maior evento de formação acreditada na área do ensino das ciências realizado em Portugal. O VI Encontro Internacional da Casa das Ciências acontece entre os dias 10 e 12 de julho, no campus de Ciências ULisboa.

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Mara Gomes, aluna do 2.º ano do mestrado em Ciências do Mar participou no cruzeiro oceanográfico RV Polarstern em junho passado, sob o lema “Changing Oceans – Changing Future”. “Mara Gomes teve a dupla experiência de participar como cientista e de ensinar os alunos do programa POGO”, conta Vanda Brotas, professora do Departamento de Biologia Vegetal e investigadora do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE).

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As classificações excelente e muito bom destacaram-se na avaliação feita aos centros de investigação afetos a Ciências ULisboa. Para os próximos quatro anos, Ciências ULisboa pretende continuar a sua aposta na investigação de excelência, agora com um pouco mais de fundos (um acréscimo de mais de quatro milhões de euros).

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Laboratórío em Ciências ULisboa

Leonor Côrte-Real, investigadora do polo de Ciências ULisboa CQE, irá representar Portugal no 6th Young Medicinal Chemist Symposium. A jovem doutorada em Química, especialidade em Química Inorgânica por Ciências ULisboa, foi escolhida pela SPQ para representar Portugal neste simpósio e irá apresentar o trabalho desenvolvido durante a sua tese.

Alunos durante um exercício do FCUL Rally Pro

O evento de Ciências ULisboa que convida os estudantes do ensino secundário a programar já vai na 7.ª edição.

Um estudo publicado na revista "Nature" revela novas evidências sobre a ocupação humana da Sibéria desde há 31 mil anos. Vítor Sousa, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c em Ciências ULisboa, é um dos 54 cientistas envolvidos na investigação.

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Maria João Verdasca iniciou em fevereiro de 2017 o programa doutoral em Biodiversidade, Genética e Evolução. A sua investigação foca-se na modelação espacial de espécies invasoras e no estudo dos seus impactos ecológicos e socioeconómicos. Recentemente foi nomeada ao GBIF Young Researchers Award 2019.

Síndrome do impostor

Uma das formas mais eficazes de lidar com o síndrome do impostor é mesmo falar sobre ele, partilhando entre colegas ou amigos com quem sinta um espaço seguro, os desafios que vai sentindo profissionalmente e perceber que não está sozinho naquilo que sente. Estima-se que 70% das pessoas sofrem deste fenómeno psicológico.

Sala de aula

"Todo e qualquer avanço do saber produz uma nova e profunda ignorância, mais mistérios, o que não é surpreendente, pois o progresso, com os avanços sistemáticos, tende para o desconhecido", in no Campus com Helder Coelho.

Vanézia Rocha

Vanézia Rocha iniciou em setembro de 2018 o mestrado em Biologia dos Recursos Vegetais. Recentemente a jovem cabo-verdiana foi nomeada ao GBIF Young Researchers Award 2019, pelo Conselho Científico das Ciências Naturais e do Ambiente da FCT. Os vencedores serão anunciados antes da 26ª Assembleia Geral do GBIF, que decorrerá na Holanda em outubro de 2019.

Exposição E3

A exposição E3 acompanha os astrónomos britânicos A.S. Eddington, C.R. Davidson e A.C.C. Cromelin e o especialista em relojoaria E.T. Cottingham na sua longa viagem e observações. A 29 de maio de 2019 celebra-se o centenário do eclipse solar total de 1919, observado na ilha do Príncipe e na cidade do Sobral,no Brasil.

João Sousa, investigador no Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, foi distinguido com o prémio DSN 2019 William C. Carter, no âmbito do trabalho desenvolvido na tese de doutoramento "Byzantine state machine replication for the masses", realizada enquanto aluno do Departamento de Informática de Ciências ULisboa.

Pedro Mocho

Pedro Mocho lidera o estudo que identificou uma nova espécie de dinossáurio - Oceanotitan dantasi. Geologia sempre foi a sua paixão. Nos próximos seis anos continuará a estudar a história evolutiva dos dinossáurios saurópodes do Mesozóico Ibérico.

Esqueleto de <i>Oceanotitan dantasi</i> à escala

Uma equipa de paleontólogos identificou uma nova espécie de dinossáurio - Oceanotitan dantasi -, descoberto na Praia de Valmitão, na Lourinhã, em 1996. A identificação da nova espécie confirma a presença de uma grande diversidade de saurópodes no Jurássico Superior de Portugal rivalizando a diversidade já reconhecida nas faunas do Jurássico Superior da América do Norte e de África.

Estudantes a trabalhar

Nuno Silva termina a bolsa Erasmus+ em julho. O programa de mobilidade tem sido na sua opinião uma ótima experiência. Recentemente o aluno de Engenharia Biomédica e Biofísica foi um dos vencedores do Innovation Award da Explore Competition.

Martin O'Halloran, Eoghan Dunne, Nuno Silva e Laura Farina

Nuno Silva, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica de Ciências ULisboa a estudar no Translational Medical Device Lab, da National University of Ireland,em Galway, no âmbito de uma bolsa Erasmus+, venceu juntamente com o colega Eoghan Dunne, o Innovation Award da Explore Competition.

João Duarte

Investigadores de Ciências ULisboa propõem um novo mecanismo que permite explicar a existência de uma anomalia tectónica a SW do Cabo de São Vicente.

O neurocientista português Fernando Lopes da Silva nascido em Lisboa a 24 de Janeiro de 1935, faleceu no passado dia 7 de maio, na Holanda, onde vivia há mais de 50 anos. Ciências ULisboa lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas de Fernando Lopes da Silva.

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