Entrevista com Luis Filipe Lages Martins

“(...) a FCUL proporcionou-me uma boa integração e um contacto transversal com disciplinas, professores e colegas de vários departamentos (...)”


Instrumentação da fundação da torre sul da Ponte 25 de Abril, no âmbito do trabalho académico
Fonte LNEC

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Como foi estudar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa?

Luís Filipe Lages Martins (LM) – Estudar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi um desafio muito interessante e enriquecedor. Devido ao meu percurso profissional estava afastado do meio académico há algum tempo e a FCUL proporcionou-me uma boa integração e um contacto transversal com disciplinas, professores e colegas de vários departamentos (Física, Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, Estatística e Investigação Operacional), dos quais recebi contribuições de conhecimento em áreas científicas distintas que, numa perspetiva global, se revelaram decisivas para o sucesso da minha tese de doutoramento.

A Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet) atribuiu-lhe o Prémio Inovação em Metrologia. O que representa para si esta distinção?

LM - Esta distinção é motivo de satisfação pessoal pelo reconhecimento do trabalho realizado, sobretudo, pelo facto de ser atribuído pela SPMet a qual reúne, a nível nacional, os principais intervenientes no estudo, desenvolvimento e promoção da Metrologia, atividade à qual me tenho dedicado durante os últimos dez anos do meu percurso científico.

Concluiu em 2015 o doutoramento em Engenharia Física. “Metrologia Ótica Aplicada à Observação Dimensional Terrestre de Infraestruturas em Regime Dinâmico” valeu-lhe o título de primeiro doutor em Engenharia Física da FCUL. Porque escolheu este tema?

LM - A escolha deste tema foi essencialmente motivada pela necessidade de continuidade e evolução de uma linha estratégica de I&D do LNEC no que respeita à aplicação de meios óticos na instrumentação e observação de infraestruturas dinâmicas, área na qual o LNEC foi pioneiro e que remonta aos anos 60 do século XX, e que se procurou desenvolver e atualizar face à evolução do conhecimento entretanto ocorrida. Como metrologista, motivou-me a introdução de conhecimentos e ferramentas recentes da Metrologia no processo de conceção, projeto e produção instrumental e a avaliação da qualidade da medição efetuada por esta via, dado o seu impacto na nossa sociedade, sobretudo, no que se refere à segurança estrutural das infraestruturas observadas.

Atualmente é bolseiro de pós-doutoramento no Centro de Instrumentação Científica do LNEC. Como é o seu dia-a-dia?

LM - O meu dia-a-dia é dividido entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC. Ao nível da investigação o meu estudo está centrado na Metrologia Ótica, ou seja, no desenvolvimento de técnicas de medição óticas e dos meios necessários para garantir a qualidade das medições efetuadas, por via da calibração e de ensaios de caracterização metrológica com rastreabilidade ao Sistema Internacional de Unidades. Ao nível da gestão laboratorial dou apoio às calibrações e ensaios metrológicos realizados pelo LNEC no contexto das suas atividades de investigação e experimentação, bem como a entidades externas que o solicitem.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Alunos no Campus de Ciências

"É necessário um equilíbrio entre aquilo que eu e o outro precisamos", explica a psicóloga Andreia Santos, na sua rubrica habitual.

CAP

A 8.ª conferência Communicating Astronomy with the Public, ocorrida em março, no Japão, juntou mais de 450 comunicadores de ciência, de 53 países. João Retrê, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço foi um deles.

relógio solar

“O que é o Planeta Terra?” foi a questão que marcou o início dos workshops “Relógio Solar” e “Robot/Pintor” que decorreram no passado dia 9 de abril na Faculdade de Ciências e que contaram com a participação de 15 alunos do Colégio da Beloura em Sintra com idades entre os 4 e os 5 anos.

Rosto do investigador

O prémio é concedido pelos editores do Journal of Coordination Chemistry a um jovem químico, autor do melhor artigo do ano. Pela primeira vez é atribuído a um português, no âmbito de um trabalho realizado por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, nomeadamente no Centro de Química e Bioquímica e no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas .

Célia Lee

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Célia Lee, que trabalha no suporte à investigação e à prestação de serviços no Instituto Dom Luiz.

 BARCOSOLAR.EU

Sara Freitas, doutoranda de Sistemas Sustentáveis de Energia, colabora no Festival Solar Lisboa, que acontece em maio e inclui muitas atividades gratuitas, tais como passeios num catamarã solar, semelhantes aos que ocorreram em abril no Parque das Nações e que contaram com a presença do grupo Energy Transition do Instituto Dom Luiz.

Erica Sá, bióloga, bolseira e membro da equipa do MARE, faleceu dia 11 de abril, aos 36 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Centro de Dados da FCUL

"Wittgenstein coloca (em 1934) a pergunta “Pode uma máquina pensar?”, 16 anos antes de Alan Turing (no artigo “Computing Machinery and Intelligence” da revista Mind, novembro, 1950). E, essa especulação feita no campo da Filosofia tem um significado interessante nos dias de hoje, aparecendo como uma previsão significativa (Oliveira, 2017)", escreve Helder Coelho em mais um ensaio.

Imagem da Orion A

A missão Gaia dedica-se a observar estrelas. A sua finalidade é mapear a Via Láctea em 3D. O primeiro lançamento de dados ocorreu em 2016. O próximo acontece a 25 de abril e corresponde à primeira entrega com distâncias, velocidades e vários outros parâmetros astrofísicos para a maioria das estrelas.

Trabalho em Bio Hacking

Ciências colabora com o módulo Bio Hacking na iniciativa Young Creators 2018. Esta é a segunda vez que a Faculdade integra o projeto.

Equipa de trabalho CEAUL

O Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa realizou o seu primeiro workshop no dia 17 de março.

Homem a espreguiçar

Sabendo que no nosso dia-a-dia, por motivos laborais ou outros, ficamos sentados muito tempo, que medidas deveremos tomar para minimizar os seus efeitos?

Pormenor da Lua

Martin Schilller e Martin Bizzarro, investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca e Vera Assis Fernandes, investigadora do Museu de História Natural de Berlim, na Alemanha e colaboradora do Instituto Dom Luiz, desafiam a teoria dominante sobre a formação dos corpos planetários do sistema solar e a própria origem do sistema Terra - Lua.

Conceção artística de um exoplaneta a passar (transitar) em frente da sua estrela

A missão Ariel tem como objetivo descrever as atmosferas dos exoplanetas. A equipa de investigação é composta por 12 investigadores, sete deles têm ligação a Ciências.

Imagem de motivação

Uma das formas de lidar com a ansiedade e o medo é ganhar perspetiva.

Rosto de Henrique Cabral

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o biólogo Henrique Cabral e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Edifício C2

A primeira reunião do projeto PROSEU “PROSumers for the Energy Union: mainstreaming active participation of citizens in the energy transition”, financiado pelo Horizonte 2020 e com a duração de três anos, realiza-se no campus de Ciências, nos dias 22 e 23 de março.

Carrinho

Dez empresas discutem os últimos avanços no sector da mobilidade sustentável.

Sala de aulas

Parece razoável inferir que queremos ter estudantes que saibam como aprender e que conheçam como descobrir a informação que precisam a partir de uma variedade de fontes.

Papel ardido

Saí da FCUL ao fim da tarde rumo ao meu fim de semana. Para trás ficou um edifício imponente a fervilhar de vida, e ao mesmo tempo já a minha casa! A casa que nos ampara, nos ensina e, a mim, permitia uma entrada num mundo tão fortemente diferente do vivido por mim noutro lugar.

Pessoas na Politécnica recuperam objetos no rescaldo do incêndio

Ainda durante o rescaldo do incêndio iniciaram-se as operações de salvamento e recuperação do que ainda fosse possível salvar e recuperar.

Imagem abstrata

Dez países juntam-se para o estudo do património dos materiais plásticos.

Edifício da Escola Politécnica

Politénica (FCUL)... escrever e ou pensar sobre “ELA”, hoje, ainda me emociona...

Pormenor de uma palmeira

Agora era diferente. No fim da Ferreira Borges surgia sempre a mesma dúvida que me tolhia o passo: onde são as aulas hoje? E eu, traído pela minha própria desorganização, fazia todos os dias o mesmo esforço para encontrar uma qualquer lógica que me ajudasse a decidir para onde ir naquele dia. Politécnica? 24 de Julho? É claro que ter um horário comigo ajudaria...

Rosto de Marta Antunes

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de março é com Marta Antunes, técnico superior do Departamento de Geologia de Ciências.

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