Dictum et factum

Assunção Bispo

Assunção Bispo

Dictum et factum com Assunção Bispo

ACI Ciências ULisboa

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências (DHFC).

Quando era criança já sabia que profissão gostaria de ter no futuro?

Assunção Bispo (AB) - Enquanto criança, na escola primária, só pensava em brincadeiras como o lencinho vai na mão, “às apanhadas”, andar de patins, jogar com berlindes, com as “saquinhas” ou “piorras”, além de outras coisas que inventava. Como quase todas as crianças, gostava de animais e lembro-me de ter lá em casa um ou dois animais, primeiro um cão e, mais tarde, também um gato, com os quais brincava muito. Esta foi uma fase muito boa da minha vida que relembro com alguma nostalgia.
Já mais crescida, pensei então em profissões tais como professora de Ginástica, de Desenho, de Lavores, de Trabalhos Manuais…

Como surgiu a hipótese de trabalhar em Ciências?

AB - Tinha regressado dos EUA, havia pouco tempo, e estava à procura de trabalho quando alguém me informou que o Departamento de Química e Bioquímica (DQB) da FCUL, necessitava de uma pessoa para realizar vários trabalhos na secretaria e no laboratório de computadores.

Foi o 1.º emprego?

AB - O meu primeiro emprego, a partir dos 16 anos, foi com o meu pai, cuja principal profissão era a de fotógrafo e que complementava, também, com o negócio de papelaria e livraria. Aprendi a profissão de fotógrafo com muito gosto e também trabalhei com o meu pai na nossa papelaria/livraria. Entretanto o meu pai emigrou para os EUA e eu acompanhei-o, tendo aí residido seis meses, período durante o qual trabalhei numa fábrica de componentes eletrónicos. Contudo, considero que, em Portugal, foi na FCUL que tive o meu primeiro emprego fora de “casa”.

Há quantos anos trabalha em Ciências?

AB - Comecei a trabalhar na Faculdade a 28 de fevereiro de 1989, ou seja há 28 anos.

O que começou por fazer quando aqui chegou?

AB - Auxiliava os professores do DQB. Ajudava na manutenção e organização do Laboratório de Computadores, onde durante alguns anos fui responsável pela instalação de software para as aulas (sistemas operativos DOS e Windows e outros programas), recebia os trabalhos dos alunos e mantinha o laboratório aberto aos alunos em horários extra aulas. Na Secretaria do departamento, realizava trabalho administrativo inerente a uma secretária.

E agora como é o seu dia-a-dia?

AB - Neste momento estou no DHFC, faço o trabalho que diz respeito ao secretariado, trabalhos relacionados com os alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento, os planos de doutoramento, as pautas, os programas, a distribuição de serviço docente, etc..Continuo a gostar do que faço.

O que é que mais gosta de fazer na unidade onde está inserida?

AB - Tudo o que faço é com satisfação, mesmo aquilo que possa não me agradar tanto. Ao longo dos anos, a trabalhar aqui, tenho aprendido muito. Gosto do trabalho administrativo e tenho um fraquinho especial por trabalhar com computadores. Agrada-me, fundamentalmente, aprender coisas novas e a ausência de monotonia, pois cada dia é diferente do anterior. Gosto do contacto com os alunos, aprende-se e ensina-se, e além do mais se tenho trabalho a eles devo. Também aprecio o relacionamento franco e aberto quer com os professores quer com os colegas.

Há alguma coisa que não aprecia na sua rotina profissional?

AB - De um modo geral, como referi, gosto de tudo o que faço, claro que há tarefas que gosto mais do que outras. A única coisa que poderia não apreciar seria estar sem nada para fazer, mas isso felizmente não acontece nem nunca aconteceu.

Na sua opinião o melhor da Faculdade é…?

AB - A existência de um bom ambiente, há espírito de colaboração entre todas as pessoas. É como pertencer a uma grande família - alunos, professores e colegas -, em que cada um tem funções a desempenhar, mas se alguém necessita de ajuda há sempre alguém que vem em auxílio.

E o melhor da Administração Pública, o que é?

AB - É o de nos permitir colaborar com o Estado, de modo a que todos possam beneficiar, de igual modo, de diferentes serviços fundamentais (Educação, Saúde, etc.), independentemente da condição social de cada um.

Se tivesse que escolher um adjetivo para se descrever, qual seria a palavra escolhida?

AB - Otimista.

Porquê?

AB - Porque na vida não nos podemos deixar levar pelo pessimismo, pois desse modo não conseguimos nada. Perante algo menos positivo, nomeadamente no que ao trabalho diz respeito, temos sempre de continuar e completar o que nos propusemos fazer. Tenho aprendido muito ao longo da vida, mesmo com as situações menos agradáveis. Devemos sempre procurar tirar lições do que fazemos, até mesmo nessas situações, pois só assim podemos evoluir e estar bem connosco e com os outros.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências

“Aceitar que por vezes se falha, que podemos não ter a aprovação dos outros e aceitar as consequências das tomadas de decisão, pode inicialmente ser mais desconfortável, mas acarreta consigo uma maior sensação de responsabilidade e liberdade na vida”, escreve na rubrica habitual a psicóloga do GAPsi, Andreia Santos.

Vista aérea da zona de cultivo no PermaLab, no campus de Ciências ULisboa

O primeiro estudo científico desenvolvido no PermaLab – um laboratório vivo de permacultura, situado no campus de Ciências ULisboa, será publicado no volume 212 da edição de março de 2019 do Journal of Cleaner Production, reforçando dessa forma a importância dos laboratórios vivos no contexto universitário.

“O desenvolvimento de uma missão astronómica espacial é uma aventura demorada, que, nos casos mais complexos, pode demorar mais de duas décadas. Com o Athena estamos envolvidos neste processo desde os primeiros passos, tendo ajudado a construir a proposta ‘vencedora’”, conta José Afonso, que lidera a participação portuguesa na missão Athena, prevista para 2031.

Projeto de Sismologia nas Escolas do Instituto Dom Luiz

Guilherme Weishar apresenta-nos o projeto de Sismologia nas Escolas do Instituto Dom Luiz e que tem uma componente de citizen science.

Wani na Indonésia

Objetivo da missão dos investigadores do IDL Ciências ULisboa e do IPMA?! Melhorar a caracterização do tsunami de 28 de setembro de 2018, de modo a desenvolver técnicas e programas de mitigação destes fenómenos naturais.

Ricardo Honório

Cernorium é o canal YouTube de Ricardo Honório, aluno do mestrado integrado em Engenharia Física de Ciências ULisboa. O projeto tem já disponível o primeiro episódio e é a “concretização de uma ideia antiga que procura aliar a paixão pela Física com algum humor.

Galeria da fauna marinha (maioria tropical), anos 1950/1960

Evocações sobre Entomologia no Museu Bocage e na Faculdade, pelo professor, cientista José Alberto Quartau. Versão abreviada da alocução proferida aquando do 35.º aniversário do Departamento de Biologia Animal de Ciências ULisboa, em 5 de junho de 2018.

Francisco Saldanha da Gama

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com Francisco Saldanha da Gama, professor do Departamento de Estatística e Investigação Operacional e investigador do Centro de Matemática, Aplicações Fundamentais e Investigação Operacional de Ciências ULisboa, e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia do site da Faculdade.

Lisboa

Ciências é uma das cinco instituições da ULisboa que integra o projeto ALHTOUR.

 Conselho Diretivo da ELRA

António Branco, professor do DI Ciências ULisboa, é o novo presidente da ELRA-European Language Resources Association, a principal associação científica europeia para o processamento da linguagem natural e uma das mais importantes associações a nível mundial nesta subárea da Inteligência Artificial.

Robô e criança

"Revendo as discussões nos últimos anos sobre a Inteligência Artificial (IA), a ideia da superinteligência (super-homem) e da frieza dos comportamentos dos agentes artificiais, quando comparados com os seres humanos, concluímos que o medo à IA só será ultrapassado com uma nova postura da IA, virada para a enfâse nos benefícios", escreve Helder Coelho, professor do DI Ciências ULisboa.

Raúl Ferreira

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa? O Dictum et factum de dezembro é com Raúl Ferreira, assistente operacional da Oficina Gráfica da Área de Serviços Técnicos de Ciências ULisboa.

Às vezes é mesmo preciso “sair da cabeça e dar ouvidos ao corpo”

“Às vezes é mesmo preciso 'sair da cabeça e dar ouvidos ao corpo'. Dar atenção aos sinais físicos e às sensações”, escreve na rubrica habitual a psicóloga do GAPsi, Andreia Santos.

Soraia Pereira

Leia a entrevista com Soraia Pereira, vencedora do Prémio SPE2018 e que descobriu o interesse pela Estatística no último ano da licenciatura em Matemática.

Matemática

O novo livro de Jorge Buescu, professor do Departamento de Matemática de Ciências ULisboa é apresentado ao público em dezembro. Leia a entrevista com o matemático e escritor que através da Matemática "rasga horizontes e abre novos mundos a mentes sequiosas".

Logotipo

"Até agora, os cientistas cidadãos das comunidades GROW implementaram/instalaram 2.000 sensores com o intuito de avaliar a humidade, temperatura e radiação solar do solo nos diferentes GROW Places. No próximo ano deverão ser implementados cerca de 10.000 sensores. Este é considerado o maior levantamento de dados de diversas propriedades do solo na Europa, realizado por cidadãos", escreve em artigo de opinião Gil Penha-Lopes, investigador do DBV Ciências ULisboa e cE3c.

Livros

O projeto “NitroPortugal -Strengthening Portuguese research and innovation capacities in the field of excess reactive nitroge” promove livro infantil “A história do azoto, bom em pequenino e mau em grande”.

Adrià López Baucells

A British Ecological Society anunciou esta sexta-feira, dia 30 de novembro, os vencedores do concurso anual de fotografia Capturing Ecology. Entre as várias fotografias premiadas encontram-se as de Adrià López Baucells, estudante do programa doutoral Biodiversidade, Genética e Evolução e investigador do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ilustração de um buraco negro ativo no centro de uma galáxia

Cientistas portugueses estiveram envolvidos na primeira medição espacial do redemoinho de massa que orbita um buraco negro de centenas de milhões de massas solares.

C6

Soraia Pereira, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa e antiga aluna de Ciências ULisboa, vence Prémio Sociedade Portuguesa de Estatística 2018.

Representação esquemática da bicamada fosfolipídica da membrana e da sua alteração, após ação do antibiótico (à esquerda) e visualização da membrana danificada por ação de uma dose inferior à concentração mínima letal (à direita)

Uma equipa liderada por Ciências ULisboa descobriu antibióticos derivados de açúcares, que matam células de espécies de Bacillus spp, incluindo Bacillus anthracis, um micróbio causador da doença antrax, que ataca animais e seres humanos e é um agente de bioterrorismo.

Mar

No Dia Nacional do Mar trazemos à memória os 20 anos da EXPO’98 e da Ponte Vasco da Gama e a reabilitação daquela área, na qual participaram vários professores de Ciências ULisboa e investigadores do extinto Instituto de Oceanografia, atual MARE.

Talhões SUSBEAUTY

Estudo coordenado por Ana Duarte Rodrigues, investigadora do DHFC e do CIUHCT, demonstra que plantas autóctones do Algarve são mais sustentáveis do que as espécies exóticas introduzidas na paisagem e que esgotam os recursos hídricos da região.

Cristina Máguas

“A Federação Europeia de Ecologia (FEE) tem objetivos muito claros – um deles é o de alargar o conhecimento ecológico à Europa”, diz Cristina Máguas, primeira portuguesa a ser eleita presidente da rede europeia de ecólogos. A tomada de posse ocorre em janeiro de 2019.

Ana Subtil Simões

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa? O Dictum et factum de novembro é com Ana Subtil Simões, técnica superior da Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa.

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